Cap. 17 "Bebê chorão"

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Estou conversando com Seokjin na frente do leito onde o indivíduo está momentaneamente sedado de morfina, quando somos abordados por um ser bufante.

― O que foi que aconteceu com ele, hyungs? ― o magrelo do Yeosang aparece do nada no pronto socorro onde estamos, ofegante e todo suado.

― Você veio correndo uma maratona, por um acaso, rapaz? ― Jin pergunta olhando para o estado dele com certo nojo do suor pingando.

O mais novo abre um sorriso ao que se apoia com as mãos nos joelhos flexionados e tenta respirar fundo algumas vezes antes de voltar a falar.

― Meu celular descarregou então não pude pedir um uber e nenhum táxi quis parar para mim. ― diz depois de um tempo se recuperando.

― E por isso veio correndo de Garosu-gil até aqui? ― arqueio a sobrancelha incrédulo.

― Mais ou menos isso. ― se indireta recuperando o fôlego.

― Está em forma, Kang mirim. ― Seokjin dá risada, e se vira para mim ― Eu tenho que atender outros pacientes agora. Quando o bebê ali acordar, pode ir para casa. ― avisa dando dois tapinhas no meu ombro.

― Valeu pela ajuda, hyung. ― agradeço.

― Não foi nada. ― diz, então acrescenta ― Manda o garoto ser menos bebê chorão da próxima vez, por favor. E boa sorte. ― deseja antes de se retirar.

Jin pega a ficha médica do ajudante do Hoseok e entrega a uma outra enfermeira, que concorda com seja lá o que ele diz a ela.

― Onde ele está? ― Yeosang pergunta parecendo preocupado.

― Atrás da cortina azul, esperto. ― aponto para o leito ocupado.

Yeosang abre a cortina encontrando o outro rapaz apagado na maca de emergência do hospital.

― O que foi que houve afinal, Jimin? ― questiona me encarando.

― Ele apenas se cortou com alguns cacos de vidro ao cair com um vaso nas mãos e precisou levar alguns pontos. 

― E por que ele está desmaiado?

― Não está desmaiado, seu bizonho. Ele está sedado.

― Por que o sedaram se ele só precisou de pontos?

― Por que o bebê chorão aí não parava de berrar e se debater cheio de medo de ser costurado. ― explico irritado só de lembrar da cena, tive que segurá-lo para que Jin hyung desse a injeção dele ― Até mesmo com a anestesia ele não parava quieto. Jin precisou seda-lo para conseguir limpar os cortes e dar os pontos.

― Caramba.

― Onde foi que Hoseok arrumou essa figura? ― pergunto.

― Para ser sincero fui eu que o recomendei ao Hoseok. ― comenta, sentando no banco ao lado da maca ― Jongho estudava comigo no ensino fundamental. Ele acabou de se forma no ensino médio e estava precisando de um trabalho temporário. A mãe dele falou comigo, e como o Hoseok, Wooyoung e eu estávamos precisando de alguém para nós ajuda nas entregas, achei perfeito.

― Entendi.

― Valeu mesmo por me substituir hoje na loja sem fazer muita pergunta e por cuidar desse carinha para mim, Jimin. De verdade, valeu. ― me agradece de coração.

Solto um riso anasalado.

― Não a de que, fedelho.

― Você bem que podia parar de me chamar por esse apelido idiota, né? Eu não tenho mais 9 anos, Park. ― resmunga, usando meu sobrenome.

― Olha como você fala comigo, seu fedelho. ― bato em sua cabeça ― Eu ainda sou o mais velho aqui, se esqueceu?

― Aish... Tá, mas não precisa agredir, puxa!― esfrega onde o atingi.

Dou risada, bagunçando os fios loiros de sua cabeça, que ele trata logo de ajeitar.

― Pode ir embora se quiser, hyung. ― diz, usando um tom debochado ao dizer hyung no final.

― Você é um fedelho mesmo, né? ― lhe dou outro tapa.

Dessa vez ele também dá risada.

Não me demoro muito mais para ir embora e voltar para casa.

Namorando por Mensagens 2 {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora