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     Eu não conheço muito da grande casa, não é como se eu ficasse explorando

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     Eu não conheço muito da grande casa, não é como se eu ficasse explorando. Por isso, me surpreendo quando Nickolas me mostra a garagem atrás da casa e seu carro. 

     — É lindo! — digo realmente encantada. 

     Ele sorri e abre a porta para eu entrar. Logo, estamos indo para a cidade. Não é longe, mas Nickolas insistiu em irmos de carro, caso eu tivesse recaídas. Apenas revirei os olhos, sem querer discutir. 

     Presto atenção no caminho, tentando forçar minha mente a achar algo familiar, e mesmo quando passamos pela cidade, não recordo de nada. 

     Nickolas estaciona o carro e descemos, indo para o centro. Observo ao redor, as casas simples quase em um padrão, a maioria de madeira, com o mesmo ar antigo, e outras mais modernas, pintadas de branco ou amarelo claro. Todas me fazem pensar na lenda da vila, pensar no quadro, mas em nada que me é familiar antes de abrir os olhos naquela floresta. 

     As pessoas não andam apressadas, elas estão calmas, a maioria se cumprimentando, talvez pelo fato da cidade ser pequena seja um lugar que todos se conhecem. E é por isso que sinto cada vez menos esperança, Nickolas me disse uma vez que se eu fosse daqui ele saberia, agora entendo o porquê. Mesmo que eu estivesse aqui à viagem, pode ser que não seja para ver alguém, logo, ninguém me conheceria. 

     — Nickolas. — Ele para de andar me encarando. — Eu não acho que eu vá lembrar de algo aqui — falo simples, como se isso não significasse que posso ficar sem minhas memórias.

     O homem anue relutante como se também pensasse assim.

     —Precisávamos tentar — diz, algo em mim ainda pensa que ele não está me contando tudo. — Vamos em um lugar, é um restaurante bar, propriedade de um amigo, digamos que ele sabe de tudo, se alguém perguntou por você, ele vai saber. — Assinto ainda desconfiada e o sigo pela cidade. 

     O lugar não é tão simples como pensei, logo na frente do estabelecimento tem mesas pequenas, as pessoas tomam café e conversam animadas. Dentro as mesas ficam espalhadas, mais cheio do que imaginei, a adega fica atrás do balcão de atendimento, onde um homem com a pele retinta e cabelo raspado cumprimenta Nickolas radiante.

     — Nick! Faz um tempo que não te via! — O homem parece ter seus trinta anos, musculoso, os olhos castanhos param em mim e franze a testa, ainda sorrindo. — Quem é a moça?

     — Freshand, podemos conversar? — Nickolas pergunta sério e o outro tem seu sorriso perdido.

     Ele apenas assente, faz um sinal com a mão e uma garçonete trás bebidas e uma porção de fritas. Ela pisca para Nickolas, seus cabelos loiros amarrados em um rabo, sua pele é marcada pelo sol, e o sorriso contido, ele sorri de volta e ela se retira para o outro lado ao fundo onde há uma divisória, daqui posso ver mesas de sinuca, pessoas reunidas jogando jogos de azar e mesas juntas, onde há alguns homens bebendo e brindando enquanto riem.

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