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     Tem uma frase que me veio à mente, lembro vagamente de escutá-la: "Nossas ações são como espelhos, sempre refletindo"

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     Tem uma frase que me veio à mente, lembro vagamente de escutá-la: "Nossas ações são como espelhos, sempre refletindo".

     Há aqueles que não entendem o significado de primeira, mas eu entendi, e agora entendo ainda mais. Nossas ações geram consequências, que uma hora ou outra são reveladas. 

     Nickolas luta contra a raiva e a tristeza, ajudando-me a retirar as balas do corpo. Quatro tiros. Um no braço, dois na barriga e o último um pouco abaixo do peito.

     O vampiro morde os lábios como se quisesse falar, mas não conseguisse achar palavras.

     Foi assim desde quando chegamos. Elisa, Dominic e Nickolas nos esperavam na porta. A bruxa estava temerosa, com medo da incerteza. Dominic tinha a postura relaxada, porém seus olhos revelavam alívio ao ver o irmão. Nickolas correu até mim e me abraçou, como se naquele momento nada mais importasse.

     Depois que entramos Damien subiu para um banho, Elisa brigou com o vampiro por causa dos ferimentos afirmando que o curaria antes. Julios, Clark e Hunter subiram para falar com a irmã de Irias e também para se limparem. Nickolas ficou em silêncio e me puxou para ajudar com as balas. 

     E continua assim até agora. 

     Em silêncio, mesmo querendo falar.

     — Maeve eu... — Ele para quando retira a última bala. — Vocês mataram todos eles e... 

     — Eu não me arrependo disso — o corto, direta.

     Sua expressão é de amargura e revolta. Sua mão aperta o pano úmido que estava usando para limpar as feridas que já estavam fechando.

     — E não se arrepende nem de mentir para mim?! — Seu olhar é suplicante.

     — Eu nunca disse que não iria — murmuro. — Seus olhos buscam palavras que não irá ouvir da minha boca. Não vou pedir perdão por algo que não me arrependo. Faria de novo se tivesse que escolher. 

     — Irias está morto! 

     — E mais mortes aconteceriam no futuro se não os detivéssemos agora. — Ele levanta alterado, talvez indignado. — Eles estavam usando magia das trevas, estavam prontos para matar. Apenas fizemos o necessário para sobreviver. 

     — Maeve, o conselho virá atrás de todos nós!

     — Eu sei. Mas vão demorar mais. Os retardamos — digo calma e consigo sua atenção. — Os caçadores eram os peões, os que realizavam o trabalho sujo, e eles estão fora do jogo. O conselho está sem recursos agora, desestabilizados. Assim que um infiltrado entrar, teremos controle total. Liguei o gás para causar a explosão, mesmo podendo fazer isso com meus poderes. Se o conselho descobrir que isso foi uma retaliação não fará diferença, eles não querem que as pessoas saibam dos seres sobrenaturais para não gerar pânico, então com certeza falarão que foi uma explosão pelo vazamento de gás. Não é uma mentira. — Sorrio sentindo meu corpo quase totalmente curado.

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