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{Maeve}

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{Maeve}

     O calor do fogo aquecia a casa, mas isso não fazia com que eu me sentisse segura. A cada momento que fecho os olhos, a cada respiração, a cada batimento mais rápido, tudo o que passei me atormenta. A noite estava sendo longa demais, a voz de Jaul estava em minha cabeça, suas torturas, as risadas, a dor.

     Encolho-me mais, puxo o ar com força.

     Eu disse que voltaria para nos divertirmos.

     Respire. Respire. Respire.

     Está se divertindo?

     O som da risada fica mais alto, aperto os olhos, seu rosto está em minha mente, o sangue, o choque, a agulha, as facas, os bisturis, a furadeira. Meus gritos perfuram meus ouvidos, mas eu não estou gritando agora, são minhas lembranças. Tampo os ouvidos na tentativa de afastar o som.

     Não funciona.

     Não estou respirando. Vou morrer. Vou morrer.

     Vai morrer para parar de se culpar pela morte de Nolly? Ela morreu por sua culpa. Foi por sua culpa.

     — Não — sussurro, puxo o ar.

     Só respire! Respire!

     Você sabe que todos morreram por sua culpa.

     Não é real. Não é real. Estou louca. Fiquei louca. Louca.

     Os que não morreram te deixaram. Você lembra. Você sabe.

     Não…

     — Preciso te contar algo. — Drak quebrou o silêncio no quarto. Maeve o encarou enquanto terminava de arrumar os livros de estratégia que estava lendo.

     O tom sério do bruxo lhe chamou a atenção. Ele nunca tinha falado tão sério antes, a demônio seguiu até a cama e deitou-se ao seu lado, ela ficou confusa e receosa quando ele começou:

     — Lembra-se o que contei sobre eu ser o escolhido pelos quatro mestres primordiais? — ela arqueou uma sobrancelha, tentando lembrar.

     — Você foi escolhido no nascimento, os mestres primordiais, os descendentes diretos dos primeiros bruxos existentes, sentiram que você seria o próximo herdeiro da linhagem Storm.

     Ele assentiu, concordando com o que Maeve falava.

     — Maeve, eu sempre lhe disse que tinha uma missão. Que quando a hora chegasse, eu teria que cumprir o meu destino, para o que fui preparado todos esses anos. — o coração da demônio batia rápido. Ela já sabia o que vinha a seguir. — O momento chegou.

     — Você foi convocado. — as palavras deslizaram de sua boa com rapidez, mas com uma amargura enorme.

     — Os mestres vão deixar este mundo, e eu herdarei seus poderes... — parou e engoliu em seco — Se eu conseguir vencer as provas.

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