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Damien

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Damien

     O interior do castelo é iluminado por lustres brancos, o hall de entrada é espaçoso e tapeçarias são penduradas nas paredes laterais, o símbolo do reino estampado em cada uma. Seguimos pelo salão principal, um espaço amplo e vazio, uma grande janela dá vista para um pátio, algum tipo de campo de treinamento, a parte de trás do castelo. Duas escadarias estão nas laterais do local, subindo para o segundo andar.

     Uma mulher nos recebe, seu cabelo é verde fosco e a pele acinzentada, dois pequenos chifres saem de sua testa. Ela não sorri quando nos guia para trás de uma das escadas, um corredor se estende pelo local, com várias portas fechadas. Vejo quando um guarda sai de uma delas arrumando o uniforme branco com faixas cinzas no peitoral. Presumo que seja o local dos dormitórios.

     Observo quando a mulher para no fim do corredor, uma parede de pedra assim como o restante do castelo. Ela aperta em um ponto minúsculo e um painel aparece, digita algo rápido e a parede se abre.

     — Galmor teme que os rumores de vocês estarem aqui no castelo se espalhem, ele prefere que o encontrem na sala do trono que é particular e andem pelas passagens — a mulher diz virando-se para nós. — Ele está esperando vocês há um tempo. — Aponta para a passagem aberta.

     Kayle é a primeira a entrar, seguida de Dominic, Drak, Blodie e Nickolas. Observo mais um pouco a mulher que me encara séria.

     — Ele sabe do seu segredo — sussurra e se eu estivesse vivo meu coração com certeza iria começar a bater mais rápido. — Galmor sabe de muitas coisas, e ele me mandou dizer ao homem de olhos cinzas que sabe o que esconde, e mal pode esperar para todos descobrirem. — Finalmente sorri.

     Mas que porra... Como?

     Passo a mão pelo cabelo, observo a mulher entrar na passagem e vou logo atrás. Trinco o maxilar. Não confio nesse demônio. Apenas duas pessoas sabem, eu e o culpado de me fazer ter essa merda de segredo. Então como esse maldito demônio sabe?

     Não presto atenção em quantas vezes subimos degraus e viramos corredores. Minha mente fica nublada de possibilidades de quem é realmente Galmor e como ele sabe de algo que nem meus irmãos suspeitam.

     — Aqui. — Paramos quando a mulher abre uma porta. — Ele está ansioso por vê-los. — E volta por onde viemos.

     Drak é o primeiro a sair, vou logo depois, passando pela porta, saio de trás de uma estátua grande, da lateral da sala do trono.

     Este com certeza é um cômodo melhor do que o castelo todo, com ornamentos e mais detalhes. O chão é de madeira lisa, um tapete se estende até um tipo de pedestal com dois tronos sobre ele, cadeiras de pedra escura como um mármore negro, pequenas rachaduras que os deixam parecendo quebrados.

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