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   O vento canta uma melodia suave, passando por entre as folhas e a brisa em meu rosto diz "Abra os olhos", e o faço

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   O vento canta uma melodia suave, passando por entre as folhas e a brisa em meu rosto diz "Abra os olhos", e o faço. Pouco a pouco abro os olhos, piscando lentamente e encarando um céu avermelhado que parece brilhar, as nuvens cinzas escondem um sol laranja com traços vermelhos, os raios refletindo sobre o céu, traçando cores fortes. 

     Sento encarando os arredores, uma floresta onde as árvores têm troncos grandes e as folhas num verde escuro tão intenso que quase parece preto, a terra acinzentada escura, quase posso ver os raios vermelhos do sol queimando a terra para deixá-la nesse estado parecendo morto, mas tão lindo quanto o céu noturno sem estrelas.

     O corpo de Dominic está um pouco adiante e vou até ele. O chamo diversas vezes, até que ele abre os olhos, confuso, ele os fecha devagar e depois abre, a mão esfrega a testa e observa o local com a expressão de incredulidade. Ele senta rapidamente e alterna o olhar entre eu e o céu.

     — Mas o quê?! Onde estamos?!

     — Estamos no Submundo — uma voz responde.

     Viro encarando Drak que me estende a mão e aceito. 

     — A piada é ótima, mas eu sou o engraçado com um humor incomum por aqui — Damien retruca andando até onde estamos, mesmo sem estar transformado suas presas aparecem, como se ele não conseguisse diminuí-las mais do que isso. 

     — Não é uma piada. Bem-vindos ao meu lar sombrio lar. — Sorri de lado, áspero. — E ao lar da Maeve, é claro. — Dessa vez seus olhos se prendem aos meus, e seu sorriso se torna suave. 

     — Como a conhece? — é Nickolas quem pergunta, ajudando Blodie a levantar. Seu olhar grudado ao meu, a testa franzida.

     — Drak? — pronuncio só para não achar que estou alucinando, que não bati a cabeça novamente e minha mente teve um colapso.

     Ele confirma com um gesto.

     — Eu estive procurando por você em tantos lugares! Pensei que estivesse em grande perigo ou presa, ou algo do tipo. Você não voltava, e eu fiquei preocupado. — Os lábios ficam em uma linha fina enquanto fala. 

     — Eu não lembrava de nada. Perdi a memória, e... Como? Como me achou? — Seus olhos bicolores se arregalam em choque.

     — Fiz feitiços de rastreamento, mas nada, fiquei tentando seguir rastros da sua magia, mas demorou até você usá-la. E só depois de um tempo ela foi forte o suficiente para eu segui-la. — Balança a cabeça, passa a mão pela nuca e assente. — Agora tudo faz mais sentido. Você perdeu a memória — sussurra mais para si mesmo e os olhos verde e amarelo brilham para meu rosto, um brilho preocupado e triste. — Mas você lembra de mim — soa mais como uma pergunta e meu coração volta a sentir aquela sensação boa e calma.

     — Uma das primeiras coisas a quais lembrei foi seu nome. — Sorrio pequeno, ele retribui com um sorriso de lado. — Não lembro de tudo, mas de pequenos pedaços da minha infância. — Solto um suspiro surpreso, os outros não existem mais quando seus braços me tomam em um abraço. 

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