Uma garota desperta na floresta, sem memória, sem nome, sem passado e sem ninguém em quem pode confiar.
Ajudada por Nickolas e Elisa, ela começa a descobrir coisas sobre si mesma e sobre o mundo que até então não lembrava serem reais, como as criatu...
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{Maeve}
O vento balança meus cabelos soltos, os fios dançando no ar quando saio do castelo. O símbolo da coroa gravado em meu pulso, feito com magia de modo rápido, uma homenagem a luta e as pessoas. Minha roupa preta com tiras vermelhas representando o reino, a calça ajustada ao corpo para os movimentos da luta, a blusa tomando os braços com mangas até os cotovelos. O cinto vermelho prende a bainha da espada.
O colar de Drak brilha em meu pescoço e respiro fundo ao pisar firme e andar por entre a cidade, recebendo olhares e chamados, desejando sorte e agradecendo. As pessoas se abrigavam com urgência, enquanto os soldados se colocavam em posições para proteger os habitantes.
Encontro-me com Muriel organizando seus soldados.
— Maeve, como seu irmão e aliado, confio plenamente em você como pessoa e como rainha — Muriel começa vendo todos os soldados empenhados na segurança dos cidadãos —, mas como comandante e pensando em estratégia, não sei se a melhor escolha é não usar seus soldados na luta. — assinto em compreensão.
— Fomos treinados por Killian para vermos todos os lados e possibilidades em uma guerra. Você estaria certo, — arqueio uma sobrancelha e sorrio de lado — se não houvesse um outro lado. Um plano. — meu irmão franze a testa, mas sua pergunta silenciosa é respondida quando o céu é tomado por rugidos há muito esquecidos.
Sombras enormes passam entre nós, escamas reluzentes e da cor da neve brilham no céu vermelho, as figuras dos grandes dragões sobrevoando nossas cabeças é fantástica. Sorrio para Wiliantend e seus companheiros. Muriel arregala os olhos e me encara incrédulo.
— Na primeira guerra eu fui em busca de sua ajuda, porque sabia que nosso inimigo era poderoso, mas... — paro, lembrando-me de minha conversa com o dragão mais velho.
— Não posso participar dessa guerra ao seu lado, Rainha — o dragão fala.
Ergo as sobrancelhas em confusão.
— Eu sei que está confusa, mas é o certo, seu verdadeiro inimigo é muito mais poderoso, você sabe, e quando for a hora nós ficaremos honrados em ajudar na batalha. Quando for a hora, você mandará alguém para nos chamar. E então iremos.
— Não era o momento certo, e agora eu sei, esse é o momento — digo firme, encarando os dragões pousando — Por isso pedi a Galmor para ir buscá-los. Zariel fará de tudo para nos atingir, inclusive machucar o povo, eles precisam de proteção, mas ainda precisamos de lutadores.
— E os dragões lutarão. — Muriel sorri e assente para si mesmo — É por isso que você é a líder, Mae. — ele me olha com orgulho e o abraço aperto.
