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{Maeve}

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{Maeve}

     O vento recebe meu rosto em um sussurro suave, meus olhos quase fecham com a sensação de calmaria. Mas meu interior pega fogo. A raiva é palpável. Eu quero a cabeça do meu inimigo, e eu terei. Vou matá-lo. Vou recuperar meu reino e proteger meu povo.

     Eu juro.

     Meu sorriso aparece conforme lembro do plano.

     — Iremos deixar o inimigo cego. — a demônio sorri, os outros esperam sua continuação. — Uma cortina de fumaça é uma nuvem espessa, que encobre a visão do oponente para os despistar, enganar.

     E o plano desembaraça na mente da rainha como um filme, pensando nas possibilidades, visualizando, passando por entre as tentativas e erros, calculando os acertos e pesando na balança o que poderia dar errado. Essa era a melhor opção.

     — Ele tem a vantagem de número, mas não tem a confiança do povo. E esse é seu maior erro. — o sorriso em seus lábios é assustador e astuto, como se visse o momento em que o inimigo caía. — Iremos nos dividir e passar de cidade em cidade, reunindo o povo, formando um exército, enquanto ele acha que está tudo sob seu comando, o derrubamos sem ele ver.

     Todos encaram os lugares apontados no mapa, o dedo da demônio deslizando pelo papel.

     — Estamos lutando pelo Submundo, dois reinos, mas somente um povo. — ela bate na parte do mapa indicando o reino de Atrios — Começaremos reunindo Atrios e partindo para Origin Mors. Quando chegarmos à Contehan, a vantagem de número já não será do inimigo. — passa a língua nos lábios e prende o riso de entusiasmo, pronta para lutar. — Aprendi que a vantagem de número em uma guerra é tão importante como o elemento surpresa, nós temos os dois.

     Encara os rostos determinados na sala e a névoa toma seu rosto, os olhos tão sombrios quanto a noite sem estrelas no mundo humano, o sorriso procurando a morte e sangue.

     — Vamos vencer essa guerra.

     Saio dos meus pensamentos quando vejo Kayle se aproximar.

     — Irei para a floresta encantada com Dominic e reuniremos os elfos e fadas. — Kayle diz sorrindo. — Estou ansiosa para derrotarmos esse idiota que se meteu com a Rainha. — pisca e rio.

     — Tenho certeza que está ansiosa para bater em alguém. — arqueio a sobrancelha — Qualquer um. — a elfa dá de ombros como se não tivesse culpa de ser agressiva.

     — Quando essa guerra acabar, iremos jogar pedras no rio como antes. Eu com certeza vou ganhar, estive melhorando minhas habilidades. — pula para longe enquanto ri.

     — Eu diria para tomar cuidado, mas acho que eles quem devem ter cuidado com você. — Dom me puxa para um abraço e sorrio.

     — Provavelmente — afasto minha cabeça de seu peito, sentindo uma leve pontada. — Tome conta da minha amiga ou mato você. — ele assente rapidamente.

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