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     Suas íris estão em um azul escuro intenso, as veias negras aparecem abaixo dos olhos tomando parte do seu rosto, a boca se abre e as presas grandes brilham com a luz do sol

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     Suas íris estão em um azul escuro intenso, as veias negras aparecem abaixo dos olhos tomando parte do seu rosto, a boca se abre e as presas grandes brilham com a luz do sol. Seu corpo próximo demais do meu cheio de sangue, dou um passo para trás, mas Nickolas agarra meus braços e me prende entre ele e a mesa.

     — Eu disse para não se aproximar. Se eu quisesse te mataria agora, porque eu sou uma criatura horrível, um monstro. — Encaro seus olhos e ergo a mão machucada, passando o dedo indicador sobre as veias altas, sua boca se abre, as presas ameaçadoras, seu controle não é dos melhores e posso ver em seus olhos o quanto ele quer me atacar. 

     — As presas te deixam sexy, vampiro. — Sorrio de lado e ele aperta mais meus braços.

     Nickolas procura algo em meus olhos e trinca o maxilar. 

     — Desde quando você sabe? — grunhe com raiva e rio alto.

     — Você está com raiva, Nickolas? Você quem mentiu desde o início, você quem escondeu algo dessa magnitude! — falo firme. — Quer saber quando descobri? No início eram só teorias malucas, achava que estava ficando louca, que estava fantasiando, quando li os livros com histórias sanguinárias sobre monstros e criaturas eu só me achei ainda mais louca por acreditar. Ouvi você contando da lenda de Wistic e depois vi o quadro de duas mulheres na sala, apenas mais teorias, mais dúvidas. Mas quando nos encontramos com Nincie, quando ela começou a falar...

     — Você a fez falar e responder suas dúvidas — ele continua o raciocínio e sorrio mais largo. 

     — Desde aquele dia, eu já sabia, já tinha certeza. Mas me recusava a acreditar, tinha...

     — Medo? — cospe e aperto os punhos.

     — Não! Eu não estou com medo. Em nenhum momento tive medo de acreditar que os monstros são reais. Mas tinha algo em mim, que queria que fosse mentira, queria acreditar que você não mentiria, que Elisa não mentiria, que eu não seria uma daquelas que foi enganada! — Meu olhar é de puro ódio, finalmente meus sentimentos sendo revelados. — Eu só queria confiar em alguém! — Suas mãos param de apertar meus braços, seus olhos ficam mais claros, as presas são escondidas. 

     — Me perdoa, eu... Eu não queria que você se afastasse, que tivesse medo de mim. — Ele ergue a mão para passar em meu rosto, porém para e desvia o olhar novamente.

     — Eu não tenho medo, Nickolas. Você me salvou muitas vezes, sei que não quer me machucar. Eu só odeio ser enganada, odeio ser manipulada. 

     Seu rosto vira bruscamente.

     — Não! Essa nunca foi minha intenção. Eu...  Eu não sei — sussurra e seguro seu rosto, a mão ainda escorrendo o sangue, seus olhos voltam a ficar escuros. — Por favor, não...

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