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     Millen respira fundo pela nona vez e reviro os olhos impaciente

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     Millen respira fundo pela nona vez e reviro os olhos impaciente.

     — Você vai falar logo ou quer continuar fazendo uma cena de mistério? — pergunto com raiva. 

     A feiticeira me olha torto e estreita os olhos. Arqueio uma sobrancelha e a mulher bufa. 

     — Você tem um feitiço de bloqueio, sendo mais clara, alguém o colocou em você, ou alguma magia mal executada ocasionou isso. Ele não permite que outros tenham acesso a sua mente, é um feitiço muito poderoso, nem sei como conseguiu lembrar das coisas já que esse feitiço pelo visto está bloqueando também suas memórias — explica e agora sou eu quem respiro fundo.

     — Isso significa que nenhum outro feitiço pode me ajudar, não tenho como lembrar do passado? — Aperto os punhos e mordo os lábios que ainda tem gosto de sangue. 

     — Bem, até agora você disse que lembrou de várias coisas, você deve ser poderosa — fala e a encaro. — Pelo visto, só você consegue quebrar o bloqueio. Desculpe, mas agora não posso ajudar em mais nada — fala e reviro os olhos.

     Nickolas assente e caminho até a porta ao seu lado.

     — Ah, Nickolas — ela chama, o vampiro vira e Millen sorri. — Sua memória irá voltar, dessa vez mais dolorosa, já que a troca não foi feita. — Sorri e ele aperta os punhos saindo rápido. — O que foi, Maeve? — questiona quando continuo a olhando.

     — Eu não confio em você — digo e ela sorri de lado. 

     — Você faz o certo. 

     Saio fechando a porta e entro no carro.

     — Desculpe por não conseguirmos respostas — Nickolas fala e sorrio.

     — Mas nós conseguimos respostas, Nick — digo e o homem franze a testa me encarando confuso — Sabe, vamos chegar ainda mais tarde se não formos logo. — Vejo pela janela a imagem da casa da feiticeira se afastar.

     O tempo passa rápido, o sol se põe e a noite surge, dando um ar gélido e sombrio aos arredores. Estreito os olhos, uma sensação de alerta se apodera do meu corpo e viro para Nickolas rapidamente. 

     — Acelera — digo autoritária e ele franze a testa. — Agora! — quase grito e Nick aumenta a velocidade. 

     É como ter algo me guiando, como se eu soubesse exatamente o que fazer. Vejo pelo retrovisor quando uma esfera de magia atinge o local que estávamos a segundos atrás. Nickolas arregala os olhos e acelera ainda mais. 

     Um raio atinge o retrovisor direito e estilhaça a janela, protejo os olhos com o braço e sinto o vidro perfurar minha pele. O vampiro me olha de lado e faço um sinal dispensando sua preocupação. 

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