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     Elisa pega uma xícara de chá e depois senta no sofá ao lado de Nickolas que tem as mãos na cabeça

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     Elisa pega uma xícara de chá e depois senta no sofá ao lado de Nickolas que tem as mãos na cabeça.

     — Nesse último mês, muitas coisas aconteceram. Coisas que eu não compreendia ao todo, e por mais que odeie admitir, ainda não compreendo. Eu menti para vocês — começo, Elisa parece amargurada e Nickolas ainda continua na mesma posição. — Mas vocês também mentiram, esconderam coisas essenciais, e continuam a esconder muitas outras. Eu também escondo coisas, e por isso não vou exigir que me contem, mas também não vou pedir perdão. — Nickolas finalmente me olha, o azul parece sem brilho, a expressão cansada.

     — Damien chegou no mesmo dia que te encontrei na floresta, o mandei ficar longe, ele é perigoso e não se importa em matar. — Seu maxilar treme de raiva, uma raiva a qual não achei ser possível sentir pelo próprio irmão — Ele sempre sumia por anos, só voltava nessa casa para me irritar. 

     — E parece que ele encontrou um novo meio para isso — Elisa interrompe olhando diretamente para mim. 

     — Damien acompanhou tudo o que aconteceu de longe — constato e agora entendendo o tanto de informações que ele tinha sobre mim. 

     — Eu juro o mantive o mais longe que pude, mas... — Nickolas desvia o olhar. 

     — Essa casa também é dele, imagino. Ele é seu irmão Nickolas, é normal que escolha ele e acho que não pode impedi-lo de entrar aqui. — Dou de ombros e o homem nega.

     — Eu não conseguiria com força bruta, Damien é mais forte e mais preparado. — Fecha os punhos. — Eu não queria que subisse lá hoje porque Elisa estava verificando o quarto do Damien, ele odeia que qualquer outra pessoa entre, e era provável que ele estivesse por perto. Não queria que ele estivesse perto de você, meu irmão é descontrolado. 

     Fico calada, assinto compreendendo, mesmo não gostando de ser protegida e tratada como quem não sabe se defender, Nickolas tem seus motivos. Afinal, uma humana não conseguiria lidar com um vampiro descontrolado e que a vê como uma presa. 

     — Desde que cheguei tenho tido flashes de memórias, Nickolas já sabia, porém não contei que lembrei de mais coisas e muito menos esclareci o que lembrei. — Cruzo os braços e Elisa coloca a xícara de chá, agora vazia, na mesa central. — O começo não é por onde eu posso iniciar, porque nem me lembro dele. Lembro apenas de algumas partes, e tenho poucas certezas, que apenas me trazem mais dúvidas, mas o que eu sei muda muita coisa. — Mordo os lábios, a verdade não é só para eles, mas também para mim. 

 

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