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{Maeve}

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{Maeve}

     Observo Nolly dormindo após ser trazida de volta de um lugar que me recuso a imaginar qual seja. Ela está encolhida no chão da jaula que está presa. Perdi muito sangue e estou fraca, as vezes tenho sonhos quando fecho os olhos, e tenho a impressão de ainda tê-los, mesmo quando acordo.

     Estou enlouquecendo.

     Estou alucinando. Ouço vozes e vejo pessoas. Mas tudo parece tão familiar. Eu não sei se isso realmente aconteceu ou minha mente está me mostrando sinais que vou morrer.

     Mas lá no fundo sinto que os sonhos fazem parte do meu passado. Desejo que o ser em minha mente volte, desejo ver Lily, mas há muito tempo minha mente não foca em nada. Pensei em voltar para dentro de mim mesma, na caverna, mas acredito que isso era uma manipulação, aquele ser estava manipulando minha mente para lembrar do passado.

     Eu tenho que lembrar.

     Preciso lembrar, porque sei que essa parte faltando está me deixando fraca, e sei que posso lutar contra isso, só preciso lembrar como.

     Eu tenho que lembrar. Tenho que lembrar…

     A lua estava coberta por nuvens, o ar denso, o cheiro de morte pairava no ar. O lado inimigo caiu. A demônio observou enquanto os que restaram se retraíram, sem saber como escapar dos guardas que os rodearam, sabendo que se lutassem morreriam.

     Um a um, ela os observou serem postos nos carros, indo em direção ao castelo de Atrios, para serem deixados em masmorras.

     — Mais uma vitória, Guerreira das Sombras. — Uma reverência exagerada foi feita pelo demônio de roupas brancas, agora manchadas pelo líquido vermelho dos inimigos.

     — Guerreira das Sombras? — Maeve arqueou uma sobrancelha, o cabelo preso em um rabo tinham algumas mechas soltas, a roupa preta colada ao corpo, elástica, permitia mais mobilidade ao manusear a espada, mesmo que esse não fosse o único método usado pela demônio para matar os adversários.

     — É assim que a chamam, boatos correm pelos dois reinos sobre a demônio sem sobrenome que surge das névoas e torna a terra vermelha de sangue. — Riu batendo palmas. — Eu devo lhe parabenizar, em dois anos e já é mais falada que o rei do Reino Origin Mors.

     A mulher, por mais que tentasse esconder, estava feliz por conseguir alcançar um patamar alto como guerreira. Normalmente títulos como esse, apelidos únicos, eram difíceis de conseguir.

     — Vamos majestade, está pronto para admitir que sou espetacular? — Galmor riu novamente com a ousadia da demônio.

     — Jamais.

     — Acho que é por isso que somos tão amigos. Orgulhoso. — Maeve murmurou. E o rei escondeu muito bem o sorriso, mas o brilho nos olhos azuis era perceptível.

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