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{Maeve}

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{Maeve}

     O céu reverência o povo, a lua brilha como quem anuncia nossa chegada, a chegada do caos e da destruição que se seguiria. Encaro a cidade mais ao longe, não levaremos essa batalha para ferir o povo, quero evitar o máximo de mortes.

     — Fiquem preparados — ordeno, abro minhas asas e alço voo, meus chifres refletem a luz do céu vermelho, meus olhos enxergam o sofrimento das pessoas e farejo o medo, sinto que poderia me fortalecer a partir desses sentimentos. Meus braços estão cobertos por veias negras que param em meus dedos, ficando mais escuros.

     Algumas pessoas apontam quando voo por entre as casas, me reconhecendo. Vejo Muriel e Galmor já reunindo mais pessoas e colocando outras para dentro de suas casas, alguns guardas que patrulhavam juntam-se a eles, ajudando. Outros correm para avisar o novo governante.

     Fecho os punhos. Eles fizeram sua escolha.

     Seguro os ombros de uma soldado que corria para o castelo, empurro os pés em sua costa, bato as asas indo para trás. O som dos ossos quebrando me faz sorrir, seu corpo dobra e seu grito morre, caindo junto ao seu corpo. Outro guarda usa as garras para atacar, a arma de fogo mirando em mim, me protejo com as asas, sentindo o raspar das balas em minhas penas. A névoa escorre por entre meus dedos e desliza agarrando seu pescoço e o sufocando.

     Passo pelos corpos, vendo quando Muriel puxa sua espada e corta a cabeça de outros guardas. Mulheres e homens lutando contra o próprio povo. Pessoas correm por entre as casas, escondendo-se e protegendo crianças. Encaro o horizonte observando meu castelo, meu reino. Os arqueiros no muro miram, mas antes que atirem alguns deles percebem quem sou e baixam os arcos, a lealdade que juraram a rainha, e ao reino. Eles sabem que estou aqui para protegê-los.

     — Juntem-se aos outros, levem os inimigos para fora. — minha voz ressoa, firme e decidida. É uma ordem. E eles a seguem.

     A guarda está correndo para fora, matando aqueles que viraram-se contra o reino. A porta principal se abre em um estrondo, os olhos vermelhos que passam por ela fazem meus instintos aguçarem. As presas estão para fora como uma ameaça, as veias no rosto o torna tenebroso, mas tão parecido com eles, tão parecido com os irmãos.

     Nathaniel segura uma espada, que reluz em meio a escuridão do cenário. O cabo dourado e a lâmina tão prateada que é quase transparente, letras estão gravadas no metal. Ele aponta com a espada para mim.

     — Vou acabar com isso de uma vez por todas, vou governar e ter o poder que tanto desejo — diz, alguns guardas se reúnem à ele.

     Pela porta saem mais vampiros, bruxos, elfos, exilados, demônios. Todos ao seu lado. Um exército que está esperando retaliação. Vou ficar feliz em dar a eles o que querem.

     — Venha e lute. Venha e prove quem é o verdadeiro governante do reino. Venha — digo sorrindo enquanto a névoa me rodeia no ar — e perca para mim. — teletransporto-me ouvindo seu grito de fúria.

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