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Damien

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Damien

     Não durmo. Eu posso se quiser, mas prefiro ficar acordado, pensando.

     A desconfiança de todos está aguçada, um alvo está marcado na minha costa e o estalar de um cronômetro ecoa dentro da minha mente. O tempo está passando e preciso de controle, preciso achar Maeve e...

     As lembranças assombram minha mente, lembranças de um plano e de olhos vibrantes e sanguinários.

     Tudo está fugindo do meu controle!

     Bato a cabeça na árvore e solto um grunhido.

     Eu realmente preciso de uma bebida. 

     — Eu não achei que você fosse o tipo que precisasse de histórias para dormir. — Ergo o olhar para Drak que tem um sorriso irônico.

     — Eu não preciso de histórias, conto cabeças arrancadas. Uma… essa foi a sua. — Sorrio de volta do mesmo modo. 

     — Acho que entendo porque Maeve gosta de você.

     Rio. Rio muito. Gargalho e posso jurar que essa é a piada mais engraçada que já ouvi.

     — Com certeza. Ela me ama. — Reviro os olhos. — Ama tanto que deseja me matar. Minha beleza é demais para ela suportar.

     — Sabe, Damien — ele senta, as pernas cruzadas e os olhos encarando o nada —, para alguém inteligente, você está sendo muito burro. 

     Arqueio uma sobrancelha.

     — Maeve também não é a pessoa que vai admitir tudo primeiro. Ela é... 

     — Orgulhosa? Teimosa? Convencida? Extremamente irritante? É — afirmo —, ela é tudo isso. 

     — E você também. — Assinto e ele ri. — Maeve é sua versão feminina. — Suspira e depois sorri. — A versão mais linda, óbvio. 

     — Podemos empatar nesta competição — respondo, confiante demais em minha aparência.

     — Que humilde. 

     — E lindo! — Viro-me o encarando. — Não esqueça do humilde e lindo. 

     Mais uma revirada de olhos.

     — Não me surpreende que os dois estavam juntos na floresta. Foram feitos um para o outro. — Sorri pequeno, os olhos fechados. 

     — Pensei que a amasse. — Sua personalidade me confunde, seu jeito irônico-amável é estranho. Drak é um bruxo estranho que parece ter sido criado longe do mundo normal e de pessoas normais. Ele é meio bizarro.

     — A amo. 

     — Pensei que ela te amasse. 

     Ele sorri me encarando.

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