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     Como deve ser morrer queimado? Agonizante, doloroso, desesperador

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     Como deve ser morrer queimado? Agonizante, doloroso, desesperador... Quente? Seria a sensação de derreter, de ser devorado pelas labaredas?

     Será que o fogo que queima a pele é o mesmo que atinge meu corpo toda vez que acesso meu poder? Será que, como o fogo, meu poder pode expandir e queimar mais do que toca? 

     A morte e o fogo são lindos, com significados mal interpretados. Sorrio e sinto quando meus olhos escurecem, como se fosse possível sentir o poder através deles, ver de modo diferente, queimar tudo o que toco.

     É... Incrível.

     Posso sentir nos meus dedos o fio de magia, é tão bom quanto sentir o vento em meio ao calor. Manipulo o fio como um simples tear, como se pudesse criar e destruir tudo.

     Inclusive um feitiço fatal.

     Toco o braço de Damien, a pele gelada do vampiro é oposta a minha fervente. Seguro seu pulso mordido, os traços negros de magia já estão sobre seu peito e garganta, o sufocando. Seus olhos estão um pouco abertos por incrível que pareça, ainda "vivo". 

     — Você é forte — sussurro e uma névoa começa a se formar. — Mas não pode lutar sozinho, porque mesmo o forte... — O ar a nossa volta muda, um vento sopra forte dentro do quarto, a cortina voa mostrando pela janela a lua sendo coberta por nuvens escuras. Meu cabelo voa para meu rosto e abaixo a cabeça deixando os fios caírem sobre meus olhos que mantenho fixados no ferimento de Damien. — Ainda tem suas fraquezas — murmuro e observo seu rosto, as presas crescendo, a pressão da magia aumentando.

     Os traços pretos começam a sumir lentamente, indo do corpo de Damien para o meu, começando pelo braço e subindo pela minha garganta e chegando aos meus olhos. Sinto minha pele queimar. O corpo do vampiro relaxa e a mordida some aos poucos. Os traços pretos somem do meu corpo como se nunca tivessem estado ali.

     — Pensei que iria me matar — a voz rouca soa no quarto e arqueio uma sobrancelha. 

     — Não seria divertido sem uma luta — digo de volta.

     Encaro os olhos cinzas que escondem um turbilhão de sentimentos. Ouço a porta ser aberta e vejo Nickolas e Dominic entrarem, seguidos de Elisa. Damien senta na cama revirando os olhos.

     — Tudo isso para o meu enterro? Que amáveis. — Sorri de lado e eles arregalam os olhos. 

     Talvez eles devessem estar encarando Damien por ainda estar "vivo", mas estão me encarando.

     — Isso é... Impossível — Elisa diz e franzo a testa.

 Impossível — Elisa diz e franzo a testa

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