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{Maeve}

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{Maeve}

     Gritos estão por toda a parte, estou amarrada e o rosto de Jaul aparece em minha frente, o sorriso sádico e o sangue escorrendo. Suas garras pressionam meu peito e ele ri.

     — Foi como matei a Nolly. — diz, e repete, várias vezes, rasga minha pele e a deixa curar e depois repete.

     Observo enquanto meu sangue respinga no chão e não consigo lutar, não consigo me mexer.

     — Fraca.

     Sou eu quem falo, é minha voz que grita, e não é mais Jaul a me torturar, sou eu. É meu rosto que vejo com o sorriso sádico e o rosto ensanguentado. Sou eu a culpada.

     E estou morrendo, estou sem ar, ele escapa de meus pulmões aos poucos, e não consigo mais respirar.

     Eu morro.

     Meu corpo é impulsionado para frente em um reflexo e puxo o ar, ele não passa por minha garganta e sinto que vou sufocar.

     Vou morrer.

     Os gritos estavam lá, eu estava me matando.

     Apoio-me na parede e arrasto-me até a porta, ainda procurando acalmar-me. Jaul está morto, mas Nolly também. Ela está passando por um inferno eterno, e eu não pude salvá-la.

     Ela não quis ser salva.

     Ela não poderia ser salva.

     Conforme ando pelos corredores, tento focar nas paredes de pedra, no chão, e em qualquer outra coisa que não sejam as lembranças das torturas. Porque estou marcada demais, mesmo que não haja cicatrizes. Estou marcada em minha mente, porque Jaul conseguiu mexer comigo, da pior forma possível.

     — Maeve?

     Paro. Viro-me e encaro os olhos cinzas, pela sua expressão de confusão ele já deveria estar me chamando há tempos. Olho para o corredor e para a única porta por perto, a que Damien está parado na frente. A outra parede está sendo reconstruída.

     — Anjo sombrio. — o vampiro agora está em minha frente, e algo em mim deve estar muito ruim, porque seu olhar mudou, os olhos mais claros e as sobrancelhas juntas revelam sua preocupação, ou um sentimento que se parece com isso.

     — Deixe-me Damien. — o encaro fria, afastando-me, puxo o ar com força. Sinto que estou suando frio.

     Damien não se move enquanto me encara, procurando algo em meu rosto e depois sorri de lado.

     — Está com medo de quase me beijar novamente? — sua pergunta me leva até a beira do rio de sangue e fecho as mãos em punhos, sentindo-me quente novamente, a sensação da raiva borbulhante sendo bem-vinda.

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