Uma garota desperta na floresta, sem memória, sem nome, sem passado e sem ninguém em quem pode confiar.
Ajudada por Nickolas e Elisa, ela começa a descobrir coisas sobre si mesma e sobre o mundo que até então não lembrava serem reais, como as criatu...
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Já distantes da mansão dos Villassa, a lua se esconde entre as nuvens grossas carregadas de água. As árvores causam sombras distorcidas que nos engolem.
— Os caçadores estão reunidos em uma casa no fim da floresta, é depois de uma cachoeira, é a casa que a prefeita usava para alguns eventos na primavera — Damien pontua caminhando.
— E como sabe? — Clark, um dos lobos, olha o vampiro, desconfiado.
— Tenho meus modos de conseguir informação. — Olha superior para o lobo que rosna.
— Quieto, chamará atenção. — Hunter cutuca o companheiro e Irias assente em silêncio.
— Qual o número deles exatamente? — Mexo em minhas unhas, Damien ri.
— Está com medo? Não se preocupe, se eles te atacarem eu fico assistindo sua morte. — Sorri e reviro os olhos.
— Se vamos atacá-los, temos que nos certificar que nenhum irá fugir. — Levanto a sobrancelha esquerda, o encarando com a mesma posição superior que o vampiro. Ele mostra as presas e Julios interrompe a briga que se iniciaria.
— Não sabemos o número exato, devem ter mais de vinte, já que os caçadores das sombras estão com os normais. Podemos ter habilidades, mas eles também têm, além de suas armas. Não podemos subestimá-los — calmamente, ele explica. Clark engole em seco, mas retoma a postura de macho alfa em seguida.
Reviro os olhos.
— Poderíamos nos separar em duplas para cobrirmos uma área maior. Menos riscos de sermos pegos antes mesmo de entrarmos. E devem ter vigias. Eles não são tolos — Irias sugere e todos assentem.
— Vou com Clark e Hunter com Irias. Damien e a bruxa vão juntos. — Julios aponta para os lobos que assentem.
Andamos mais alguns metros passando por uma cachoeira, as copas das árvores dando um contraste mais escuro ao local, o vento fica mais forte, frio e cortante.
— Nos separamos aqui. — Julios para, olhando ao redor. Ele cheira o ar e depois rosna baixo. — Estão perto. Vamos logo.
— Matem todos que verem. — Damien sorri, as veias aparecendo abaixo dos olhos agora pretos, as presas grandes passando por seus lábios. Ele ri, como um maníaco sedento por sangue.
Está na hora. Caçadores contra caçadores. Predadores contra predadores. Sangue vai ser derramado e não vamos parar até todos estarem mortos.
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