9. Primeira noite no Complexo.

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Era quase meia-noite, quando chegamos no Complexo, Bucky me acordou.

Estava com sono, resolvi estrear minha suíte, iria dormir por lá.

Fui direto para o quarto, liguei o som baixinho, tomei banho e deitei... mas meu celular tocou...

- Bucky:

Não demorei na sala de reuniões, quando cheguei no corredor dos quartos, senti o perfume dela, no mesmo instante silenciei meus passos, como se estivesse a espreita, quanto mais perto da porta de seu quarto, mais o perfume dela se misturando com cheiro do incenso que queimava dentro do quarto, por baixo da porta vi a luz avermelhada saindo e ouvi uma música lenta, envolvente tocando baixinho, parei de frente para porta, e num movimento involuntário minha mão estava pronta para bater na porta, eu nem sabia o porque bateria na porta dela, falar o que para ela???

Eu estava começando a agir de forma irracional, quando ouvi sua voz se aproximando, meu pensamento foi de sair dali, para não ser descoberto, mas meu corpo não me atendia, só consegui me encostar na parede bem junto a porta e escutar o que ela fala... era uma convera por celular, ela falava misturando dois idiomas, wakandano e francês, já estava no final da conversa, mas infelizmente consegui entender o que ela falava, em francês ...

K- Arrête d'être anxieux, on sera bientôt ensemble tu me manques aussi mon amour je t'aime (deixe de ser ancioso, logo vamos estar juntos, também estou com saudades, te amo)

A ligação é encerrada, quem era esse homem com quem ela falava... senti aquelas palavras arderem nos meus ouvidos...

A raiva que senti bater dentro do meu peito, me fez despertar e retormar o controle, entrei no meu quarto, fui direto para o banho, deixei a água fria cair sobre mim, mal me enxuguei e me joguei na cama, não tive paciência nem de me vestir, ali fique por umas duas horas, me revirando na cama, minha mente não parava de revisar tudo que aconteceu, desde a ida ao Brooklyn, com Kamili agarrada em mim, até essa maldita conversa que escutei, tudo formava um labirinto sem fim na minha mente, onde todas as paredes tinham o rosto dela estampado. Ela estava se tornando a minha perdição, e isso me assusta, ela parece a segunda Hydra na minha vida, me tirando o controle sobre mim... o que eu vou fazer...?

Não aguentava mais ficar na cama, que parecia estar em chamas.

Levantei e vesti somente a calça jeans e sai, fui para a cozinha, talvez um copo de água bem gelada me ajude com esse calor. Já na cozinha sem acender a luz, consegui alcançar um copo e o enchi com água bem gelada, mas não cheguei a beber, fiquei encostado entre as duas portas da geladeira, com o copo cheio na mão, olhando para o nada, ainda perdido naquele libirinto de acontecimentos...

-Kamili:

Adormeci, mas não demorou muito acordei com fome, comi pouquíssimo no almoço e não comi mais nada até o momento. Levante e fui para a cozinha, buscar algum lanche e voltar para o quarto. Vesti uma camisa branca, grande o suficiente para cobrir até pouco acima do meio das minhas coxas e sai.

Ao entrar na cozinha Kamili acende a luz e dá um grito, ela se assutou com Bucky, ali parado no escuro, com um copo de água ainda cheio na mão, ele se assutou com o grito dela, e acabou sem perceber derramando um pouco de água no chão.

-kamili:

Me assustei com ele ali parado, e gritei, mas o que fez meu coração disparar e meu corpo se acender, acabando com a minha sonolência, foi a visão que tive.

Ele estava sem blusa, com o peitoral todo exposto, era tão perfeitamente musculoso, definido, másculo, meu olhar desceu um pouco mais e notei que ele estava descalço, vestia apenas a calça jeans que estava abotoada muito abaixo do umbigo, estava sem nada por baixa dela, ele foi denunciado pelo o volume de forma roliça que estava sobre sua coxa esquerda.

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