90. De volta.

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- Merci monsieur Gérard!

- Je n'ai pas besoin de vous remercier, ma fille, si vous en avez besoin, appelez. Transmettez vos salutations à votre père ! (Não preciso agradecer menina, se precisar é só interfonar. Mande lembranças ao seu pai!)

Sr. Gérard que tinha acabado de deixar as compras na cozinha, se despede e saí. Depois que os rapazes foram embora resolvi ir ao mercado, mas na verdade eu precisa de uma distração, algo que me fizesse pensar em outra coisa que não fosse o Bucky e na conversa que tive com o Iki, será que ele está certo, será que seria o caso de perdoar o James, e tentar novamente?

Vejo os dias passando, e não conseguia pensar em outra coisa que não fosse a minha situação com o James, como chegamos nesse ponto, nunca poderia imaginar ele me traindo, por outro lado, apesar da raiva que tenho dele, não posso negar que sua falta dói muito as vezes.

Mas eu sei que se voltassemos eu não teria a mesma confiança nele, não seria mais como antes. Eu acho que estou vivendo o pior conflito que uma pessoa pode ter, o de lutar contra o próprio coração. Ainda mais depois da conversa que tive com a minha tia, ela disse para eu pensar bem, que ela não costuma se enganar, e que viu o amor mais puro e forte, nos olhares do James para mim.

Durante esses dias a saudade apertou tanto que eu precisava ao menos ouvir a voz dele, eu liguei algumas vezes, mas ele não atendeu, as ligações caiam direto na caixa postal, ele me bloqueou, porque até o fixo aqui de casa também caiu na caixa postal, talvez ele realmente acredite que desisti de nós por orgulho ferido.

Então vou respeitar sua vontade, já que não quer mais falar comigo, se está me evitando, não vou mais procura-lo, esse assunto está encerrado para mim, mesmo me doendo ainda o amor que infelizmente insiste em existir por ele dentro de mim. Tenho que seguir minha vida e meu próximo passo vai ser pedir o divórcio.

Nesse meio tempo em Nova York, Sam procura pelo amigo, que se mantém incomunicável a dias, Sam teve a idéia de procurar o amigo, nos lugares que ele costumava frequentar com Kamili, mas as buscas não deram em nada até agora.

Em Paris...

Era cedo quando acordo com celular tocando.

- oii, me acordando a essa hora, se aqui não são nem oito da manhã, aí ainda é madrugada! (rs)

- desculpa Kam... o Morrison, ele tá no hospital!

- o quê? como assim Iki?! (levanto num pulo da cama)

- ele foi baleado, no final da tarde, quando saía do Departamento de Polícia.

- e como ele está?!

- passou por uma cirurgia, e tá em coma induzido por enquanto.

- isso é coisa do Dimitri?!

- pode ser.

- tô voltando para Nova York, vou encontrar esse cara!

- não Kam, fica aí!

- não mesmo Maliki, no máximo amanhã estou aí, e você toma cuidado, por favor!

- tô ligado desde que voltei. Me avisa, que vou te buscar no aeroporto.

Depois de desligar o celular, a primeira coisa que faço é comprar minha passagem de volta para Nova York, por sorte encontro para hoje ainda, tenho que correr, porque o vôo saí em três horas.

Sete horas depois estou saindo do aeroporto com Maliki.

- nossa preciso de um café expresso urgente!

- tá com sono ainda?

- também, mas esse fuso-horário, de 6h horas a menos, de Paris para cá, me deixa tonta às vezes, saio às onze da manhã de lá, e chego às aqui não é nem hora do almoço ainda.

Olhos do Amanhecer Onde histórias criam vida. Descubra agora