8. A primeira missão.

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Duas semanas após minha chegada no Complexo, tive minha primeira missão.

Estava na academia depois do almoço e de mais uma discussão com Bucky, já nem lembrava do motivo,  por Bast, ele parece ter prazer em implicar comigo, fui chamada na sala de reuniões, só pedi um tempo para tomar um banho rápido.

Quando entrei na sala, já estavam, Clint, Sam, Hill e Bucky (como sempre em pé), me sentei e advinha, ele veio e sentou atrás de mim, como já é seu hábito, confesso que tem dias que isso me irrita,  todas as informações foram passadas.

- A missão é em Vancouver/Canadá, uma célula de Apatridas está  criando confusão por lá, e nessa madrugada receberão  um carregamento de armas  de um grande traficante de armas, e a nossa missão é fazer a apreensão de tudo e todos.

- Por isso vamos os quatro, saímos em 1:30, por tanto arrumem suas coisas.

Diz Sam, que estam no comando dessa operação.

Saio da sala falando com a Hill que precisava ir em casa, porque minha lança e boomerang estavam lá, mas que achava que não iria dar tempo porque táxi na área do Complexo demorava muito...

Então ela me olha, vira para trás e chama Bucky, ele vem...

- Bucky, você  está de moto não é?

- Sim... por quê?

- Você pode levar a Kamili em casa, ela precisa das suas armas. Ela mora em Willimsburg, no Brooklyn, você  sabe onde é, você também mora no Brooklyn. Estou certa? Pode levar ela?

- Tá bom, posso sim, vamos embora logo, menina!

Eu fiquei sem reação a Hill foi rápida, e ele tão solicito, eu realmente não tinha como negar, precisava ir em casa.

Seguimos pelo corredor andando lado a lado, entramos no elevador em silêncio, quando chegamos na moto ele estava sem capacete, então tive que prender meu cabelo em um coque.

- É melhor prender firme esse coque, senão ele vai desmanchar com o vento.

Não respondi, ele tinha razão. Ele ligou a moto, me olhou calmamente dos pés a cabeça, parou o olhar na minha boca, depois nos meus olhos, e com a voz sedutoramente rouca, pediu para eu subir.

- Sobe boneca, mas segura firme em mim, porque temos que correr. E não precisa ter medo, eu não vou deixar nada de mau te acontecer.

Foi a primeira vez que ele me chamou de boneca, e estranhei o  tratamento, já que brigamos tanto quanto respiramos.

Voamos com aquela moto, tive que me segurar nele, seu corpo era quente, as costas largas, definidas e rígida me transmitiam segurança.

Ela se agarrou em mim, senti o toque macio das suas mãos deslizando das minhas costas, para minha cintura, até fechar um abraço completo em torno de mim. Sua cabeça ficou encostada nas minhas costa, o vento soltou alguns cachos do seu cabelo, sentir seu cabelo no meu rosto, me trouxe uma sensação boa, calma e ao mesmo tempo tive um enfervecer dentro de mim.

Em menos de uma hora já estavamos de volta ao Complexo. Quando desci da moto já no estacionamento do Complexo, senti a mão dele no meu rosto, tirando e arrumando com tanta delicadeza alguns dos meus cachos que estavam soltos. E esse gesto fez meu olhar ir direto nos olhos dele, ficamos alguns segundos assim em silêncio, nos olhando, era impressionante como aqueles olhos azuis tinham uma beleza profunda. Despertei quando senti sua respiração quente bater na minha boca, estavamos muito próximos, e eu me distrai tanto no seu olhar, que não me dei conta da nossa proximidade. Então ele respirou fundo e falou com aquela voz rouca e calma..

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