Cap.18 De Mirai a Overhaul

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18. De Mirai a Overhaul

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Por Shigaraki,

Casa vez que me aproximo dessa garota perco o que me resta de sanidade, pois algo dentro de mim palpita fortemente e creio que não seja mais capaz de ir contra esse sentimento. Olhei para a cômoda no canto do quarto e o vídeo game sobre ela, fazia tempo que eu não aderia a tal diversão simplesmente por minhas outras funções exigirem mais atenção ou por simplesmente ter arrumado outra fonte de diversão graças a uma aposta estúpida com Dabi.

Olhei novamente dessa vez para a cama e acabei por imaginar aquela Diaba deitada ali e suspirei, Mirai está jogando comigo e não vai gostar quando eu der o xeque-mate, por hora puxei o cartão de meu bolso esquerdo encarando o endereço daquele maldito.

Estava na hora de agir.

Off

Enquanto isso no laboratório escondido abaixo do hospital central o homem dado como braço direito do all for one começava a se estressar, todo o sangue trazido pela lilás fora minunciosamente testado e nenhum era compatível, algo ecoava dentro de si, algo que o mandava fazer o único teste que armazenou por anos.

Incomodado com a falha e tomado pelo prazer de ver seus experimentos funcionarem foi até a câmara e pegou a ampola única despejando sobre a vidro de teste e inserindo na máquina aguardou os  precisos dez minutos antes do apito o tirar dos pensamentos. 

100% compatível. 

O sorriso se alargou na face senil, havia encontrado a fonte inesgotável para dar continuidade ao projeto fênix idealizado por si e seu grande amigo, com o telefone em mãos resolveu dar a noticia que talvez alavancasse alguns de seus mais tenebrosos projetos.

...

A mansão estava absurdamente silenciosa e por um minuto pensou ter errado o endereço de sua antiga casa, se surpreendeu pelo fácil acesso e mais ainda pela falta de cuidado com o salão principal. Mirai subiu as escadas e ligou para Sato estranhamente sentiu que deveria ativar a individualidade e assim o fez:

— Sato? O que rolou na mansão? Está completamente vazia? — Sussurrou e ouviu a respiração ser intensificada do outro lado da linha.

— Mirai o que você está fazendo aí?

— Eu vim ver vocês e...

— Presta atenção Mirai, sai daí agora. A mansão não é mais segura, Hikai não te avisou nada justamente para deixá-la afastada dos problemas. — O corpo da garota travou e de imediato lembrou de todos os trabalhos que fez nesse último mês que poderiam vir a prejudicar mansão.

— Beleza se está tão perigoso assim, estou no meu antigo quarto fala pro pai... — Antes que encerrasse a ligação sentiu algo cortar a pele, não conseguia enxergar nada devido ao escuro porém se forçou a ficar de pé

— Mirai? — A voz do outro lado da linha parecia cada vez mais distante.

...


A cabeça ainda doía um pouco, sentiu o tecido macio abaixo de si e não pode deixar de suspirar.

— Onde é que estou? — sussurrou se erguendo levemente.

— Se fosse você não faria muito esforço. — A voz apesar de abafada foi reconhecida, era a mesma do homem mascarado no evento em que vendeu os diamantes, apesar da dor de cabeça optou por sorrir e se fazer de intangível.

— Então é você? Realmente não soube lidar com a pequena ignorada que te dei.— Ironizou, o homem pensou em usar a individualidade nela novamente, mas a presença imponente o fez mudar de ideia.

— Não seja grosseiro com a visita. — A voz grave deixou-a em alerta e gentilmente ativou a individualidade. — Acho que ainda não fomos devidamente apresentados. — O homem a olhava de cima a mesma se manteve sentada na cama com os pés para fora a postura completamente reta enquanto arrumava os fios coloridos.

— E nem seremos. Se queria me conhecer que me convidasse para um café e não me sequestrasse. — Respirou calmamente, o braço direito dele no entanto achou a atitude descabida e para piorar o jovem mestre se sentou de frente para a garota analisando cada expressão. Ela não parecia sentir medo, receio ou qualquer outra coisa.

— Interessante. — Coçou o pulso puxando a luva de leve. — Se acha mesmo que foi sequestrada, pode sair...

— Mas Over...

— Silêncio Chronostasis! Ela deixou claro que quer ir embora, então vamos deixá-la sair. — Se levantou dando espaço para a garota. Mirai estava longe de ser estúpida e intensificou a quirk causando o efeito desejado, o líder puxou a luva não tendo efeito algum.

— Será que seu subalterno pode me acompanhar? —Apesar de aturdido pela situação negou.

— Se quiser sair daqui terá que se virar sozinha, mas não aconselho. — A lilás revirou os olhos, não sabia como ativar dois estágios da individualidade ao mesmo tempo e não desativaria a negação já que claramente a intenção dele não era das melhores.

— Essa não é a melhor forma de me convencer a falar ou seja lá o qual for a sua ideia. — Mirai vislumbrou melhor o lugar: o quarto era arejado, bonito e muito bem arrumado nada escuro como os cômodos da liga.

— Começamos com o pé esquerdo garota. Me chame de Overhaul. — Olhou-a intensamente.

— Acredito que queira saber o meu nome. — Sussurrou visivelmente entediada. — Façamos o seguinte me diga por que estou aqui e daí conversamos.

— E se não concordar? — Overhaul pediu que Chronostasis saísse do quarto. Ela estalou a língua no céu da boca.

— Posso ser extremamente irritante. — Jogou. O rosto e o sorriso angelical, mas a mente claramente insana. Overhaul se levantou e respirou satisfeito, se fosse uma garota frágil e covarde que graça teria? Não que estivesse acostumado a agir dessa forma, sempre fora preciso e implacável, mas ela estava a se divertir com o fato de ter uma pequena vantagem.

— Venha comigo, como falei antes começamos da forma errada. Pense nesse "sequestro" como um descanso. Aqui ninguém lhe fará mal. — Ela revirou os olhos, achando a atitude do homem deveras pretensiosa.

— OK. Overhaul vamos fazer do seu jeito, mas se tudo der errado vou te apresentar aos meus termos. — Ficou de pé desamassando o vestido e ele estagnou.

— Isso foi uma ameaça? — Sorriu por debaixo da máscara.

— Pense o que quiser, por acaso minhas singelas palavras soaram como uma ameaça pra você? Não acha que seria estupidez ameaçar um... Possível inimigo dentro de sua própria casa? — Ele deu espaço para que a mesma passasse.

— Inimigo. Já me considera tanto, sem ao menos conhecer minhas intenções? — Ironizou.

— Como comentei antes, sequestrar alguém não é um começo, mas já que estou sem opções o que realmente quer Overhaul... — Trocou o estágio rapidamente sentindo uma leve vertigem, porém manteve a farsa. — Ao melhor, me diga seu verdadeiro nome e dai podemos começar. — Sussurrou sedutoramente.

— Kai Chisaki — Não entendia porque obedeceu e ela novamente mudou o estagio da individualidade, voltando para negação.

— Kai é um nome bonito, prefiro ele a Overhaul. E então onde vamos Kai? — Sussurrou, notando algumas erupções na pele dele.

Overhaul não disse uma palavra apenas andou pelo corredor seguido por ela, quando chegaram a frente de uma porta dupla a mesma ficou curiosa: ali estavam alguns membros importantes para o líder, dois na verdade. 


𝐃𝐞𝐬𝐢𝐧𝐭𝐞𝐠𝐫𝐚-𝐦𝐞 | 𝘚𝘩𝘪𝘨𝘢𝘳𝘢𝘬𝘪 (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora