*╔═══❖•ೋ° °ೋ•❖═══╗*
Cap. 8 - Tem dias de baixo
e subterrâneos*╚═══❖•ೋ° °ೋ•❖═══╝*
Por Mirai:
O zumbido que ecoava em minha cabeça era terrível, como se um prego fosse arranhado no vidro. Tapei os ouvidos, tentando driblar o barulho, porém nada adiantou. Minha visão estava embaçada, e a dor no meu corpo era a pior parte. Olhei em volta e o carro de mais de um milhão estava batido. Procurei pelo corpo de Sato, mas não vi nada. Tentei me levantar e gritei de dor. Pisquei algumas vezes e senti algo fluir pelo meu braço, como se uma agulha fina penetrasse minha derme.
— O que está acontecendo? — Tentei me concentrar e ativar minha individualidade, mas nada aconteceu. Meus fios foram afagados com doçura antes de algo quente correr pelo meu pescoço.
— Não se preocupe, querida, está em boas mãos... — Meu corpo ressoou com a voz desconhecida. Senti algo em minhas mãos e tentei me apegar a isso. Notei ser um objeto quadrado e torci para que fosse minha bolsa, pois, no momento, eu estava a cargo do pesadelo e havia me tornado uma presa completamente indefesa.
Off
O corpo da garota era sacolejado pelo mais velho. Sato estava a ponto de perder a paciência e sentia as costas arderem em desespero. O vestido dela estava completamente sujo de sangue, enquanto a mesma se mantinha desacordada. Erguendo o corpo dela nos braços, caminhou até o estacionamento, abriu o carro e deitou-a no banco de trás. O olhar de Sato era uma mistura de pena, raiva e frustração. Pressionou o ferimento com os dedos, e as unhas, agora longas, entravam na pele do corpo da garota. Estava frio demais, e sem pensar duas vezes, ele derramou uma lágrima.
— Me perdoe, princesa. — Ainda tremendo pelo que faria, Sato deitou-se sobre o corpo dela, afundando os dentes em seu pescoço. Teria que fluir energia por ambos os corpos de alguma forma. Sua individualidade exigia isso, e, com o tempo e muito treinamento, ele passou a retirar energia de tudo à sua volta. Desde que estivesse vivo, estava bom. A forma mais poderosa de drenagem era através do contato carnal ou do ato sexual, mas ele se recusava a tocá-la dessa forma. Depois de sugar o sangue da garota, refez o mesmo caminho de fluxo, só que dessa vez o devolvendo. Com o tempo, notou a pele estranhamente pálida pela sensação mortal retornar aos poucos ao tom natural. Tirou as unhas do ferimento e se concentrou em fechá-lo, mesmo que por dentro não estivesse cem por cento curado. Colocou uma mão sobre a outra e, com o carpo da mão e o braço estendido, começou a compressão no meio dos seios dela. Repetiu o processo com uma pausa curta entre dez tentativas, até sentir os batimentos da garota retornarem.
— Beleza, vamos te tirar daqui. — Sato fechou a porta e assumiu o lugar do motorista. Ligou o carro e, em uma velocidade absurda, se pôs a dirigir. Sabia que, se a garota morresse, ele provavelmente teria o mesmo fim...
Carregando a garota desmaiada pelo hall da mansão, berrava por Hikai. Uma das meninas que trabalhava na casa correu para chamá-lo, enquanto Sato se apressava em pôr a garota sobre o sofá acolchoado.
— Mas que porra aconteceu?
— O evento foi atacado. Um grupo de vilões chamado Divisão S. Foi tudo muito rápido... e cadê o antídoto pro veneno? — Sato se desesperou, abrindo as gavetas dos móveis no ambiente. O mais velho respirou pesado antes de caminhar para fora da sala. Foi até o escritório e, quando retornou, trazia duas seringas, alguns tubos e mais itens médicos. Destapou uma com a boca e, sem pensar duas vezes, espetou a seringa na direção do coração da garota.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐃𝐞𝐬𝐢𝐧𝐭𝐞𝐠𝐫𝐚-𝐦𝐞 | 𝘚𝘩𝘪𝘨𝘢𝘳𝘢𝘬𝘪 (concluída)
Fiksi Penggemar𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚| 𝗘𝗺 𝗥𝗲𝘃𝗶𝘀ã𝗼 "Sempre farei o que quero, mesmo que eu esteja em suas mãos." "𝖲𝖾𝗋𝗂𝖺 𝗍𝗎𝖽𝗈 𝗍𝖺̃𝗈 𝗌𝗂𝗆𝗉𝗅𝖾𝗌, 𝗌𝖾 𝗇𝖺̃𝗈 𝖾𝗌𝗍𝗂𝗏𝖾́𝗌𝗌𝖾𝗆𝗈𝗌 𝗊𝗎𝖾𝖻𝗋𝖺𝖽𝗈𝗌... 𝖲𝗈𝗎 𝖼𝗈𝗆𝗉𝗅𝖾𝗍𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝖾 𝖿𝗋𝖺𝗀...