Aviso: Violência e uso de drogas
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Cap. 9 - Ruptura
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O dia havia raiado e a garota continuava dormindo com o mesmo vestido da noite anterior. Estava tão exausta que não notou o azulado que andava pelo quarto. Shigaraki deixou comida sobre a cômoda, especialmente morangos, livros e, em uma das poltronas, algumas peças de roupa. Porém, antes de sair, escutou a mesma dizer algo e se aproximou:
— Idiota... Por que eu gosto tanto de você?
Por um minuto, achou que a garota lhe pregava uma peça, até perceber que a mesma ainda estava dormindo, e assim retornou à Liga.
No covil, o azulado se sentava na casual banqueta à espera do homem que o supervisionava. Kurogiri retornou com o notebook em mãos, conectou o pendrive, e ambos assistiram ao que havia ali. Nos arquivos, constavam o início do projeto Fênix, especificando o que e como seria feito, além de prover o resultado de um estudo de 18 anos. Por fim, algo chamou atenção: um pequeno vídeo de um laboratório. O que mais os hipnotizou foi a sequência de produção em cadeia de códigos genéticos enumerados. Apesar de não entenderem bulhufas do que era dito ali, sabiam que os experimentos eram feitos em humanos, claramente recém-nascidos, criados no próprio laboratório.
— Todo esse trabalho para eliminar individualidades, e ainda falta o tal do componente G. Que patético. — Shigaraki revirou os olhos. — Bom, já que faz parte dos planos do mestre, vamos esperar que terminem esse projeto idiota e depois nos apossamos dele.
Enquanto Shigaraki bolava o próprio plano, no quarto afastado, a garota despertava aos poucos, sentindo o corpo doer. Mirai se sentou na cama, sentindo os olhos doerem devido ao inchaço. Levantou-se e correu até o banheiro, onde aproveitou para fazer as higienes, agradecendo mentalmente por ter escovas de dentes fechadas e embaladas, assim como pasta. Por fim, voltou para o quarto enrolada na toalha e olhou para o vestido, incrédula, pois não queria vestir aquela roupa suada. Virou o rosto para o lado e só então se deparou com as roupas dobradas, o que a surpreendeu. Quando desdobrou as peças, notou não só uma lingerie de cor clara, como também o vidro de hidratante que sempre usava. Sua cabeça divagou, enquanto um pensamento persistia:
"Ele realmente presta atenção no que eu gosto." Sorriu boba, mas logo balançou a cabeça. "Não seja boba, Mirai. Ele só quer te comer e te usar. Uma vez babaca, sempre babaca."
Mesmo que não quisesse admitir, sentia o coração doer toda vez que pensava dessa forma. Não que em algum momento, desde que começou a se envolver com o azulado, pensasse que daria em algo, mas agora se sentia estranhamente... Magoada.
Mirai tirou a toalha e vestiu a lingerie. Penteou os cabelos com os dedos e viu a comida sobre a cômoda, além dos livros. Pensou em se vestir, mas o estômago roncou com força, o que a obrigou a mudar os planos. Ao destapar a comida, sentiu a saliva praticamente escorrer, enquanto o cheiro exalava pelo quarto. Tinha pãezinhos, morangos e café, tudo o que ela adorava.
— Aquele idiota está tentando me comprar com comida. Não vai funcionar. — Comeu os morangos um de cada vez, sorrindo. Após isso, tomou o café e se jogou na cama em seguida. Já que estava sozinha, não se preocupou em se vestir e resolveu ler um pouco para passar o tempo.
Na Liga, Shigaraki estava à espera de mais uma conclusão de missão. Sozinho no balcão, jogando cartas com Kurogiri, não pôde deixar de se lembrar dela. Do sorriso tímido, do olhar ferino enquanto o provocava, de como gostava de tocá-la e odiava ver qualquer outra pessoa fazer o mesmo. E, principalmente, do quanto desejou matá-la pelo simples fato de chamá-lo pelo nome. Jamais assumiria, mas havia se apegado ao apelido terrível.
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𝐃𝐞𝐬𝐢𝐧𝐭𝐞𝐠𝐫𝐚-𝐦𝐞 | 𝘚𝘩𝘪𝘨𝘢𝘳𝘢𝘬𝘪 (concluída)
Fanfiction𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚| 𝗘𝗺 𝗥𝗲𝘃𝗶𝘀ã𝗼 "Sempre farei o que quero, mesmo que eu esteja em suas mãos." "𝖲𝖾𝗋𝗂𝖺 𝗍𝗎𝖽𝗈 𝗍𝖺̃𝗈 𝗌𝗂𝗆𝗉𝗅𝖾𝗌, 𝗌𝖾 𝗇𝖺̃𝗈 𝖾𝗌𝗍𝗂𝗏𝖾́𝗌𝗌𝖾𝗆𝗈𝗌 𝗊𝗎𝖾𝖻𝗋𝖺𝖽𝗈𝗌... 𝖲𝗈𝗎 𝖼𝗈𝗆𝗉𝗅𝖾𝗍𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝖾 𝖿𝗋𝖺𝗀...