Capítulo 20

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Gatilho mental/ Cena de abuso sexual

Amélia Brown

S

emanas depois...

Acordei mais uma vez naquele quarto de cortinas azuis e carpete de madeira. Eu sabia que era apenas mais um sonho, eu só precisava acordar e tudo estaria terminado.

Sentei no meio da cama em alerta.

– Tentar fugir não vai adiantar nada! – Falou a voz dele ecoando pelo quarto escuro.

Tentei controlar as lágrimas.

– Sempre tão assustada.... tão indefesa...

Houve um breve silêncio.

– Isso me excita! – Falou ele ao pé do meu ouvido.

Tentei correr pra longe com o susto, mas já era tarde demais, meus tornozelos e pulsos já estavam presos naquela cama. Olhei pra mim e eu estava nua. Totalmente exposta pra ele fazer o que quisesse comigo.

Ninguém poderia me ajudar agora!

– Não, não, não! – Chorei perdendo o controle.

– Eu quero que você me queira da mesma forma que eu anseio e desejo estar dentro de você... – Falou ele se colocando em cima de mim.

Eu sabia perfeitamente o que aconteceria agora.

– Por favor, por favor, por favor.... – Implorei esgotada emocionalmente.

– Ah, baby girl... – Falou ele. – Isso não funciona comigo, só me excita mais!

Ele me penetrou violentamente arrancando um grito desesperado meu.

– NÃOOO! – Gritei. – POR FAVOR! – Implorei.

– Grita, Amélia! – Falou ele me preenchendo com mais força. – Eu quero ouvir você gritar! Grita! GRITA!

– NÃOOOOOOO!

A dor era insuportável.

– Amélia? – Ouvi uma voz lá no fundo. – Vamos! Acorde! Amélia???

E como se aquela voz fosse a minha salvação, despertei pra realidade, ou pelo menos eu assim pensava.

–Não! – Falei sentindo ainda todos aquelas dores no meu corpo. – Não me machuque! Por favor, por favor, por favor! – Chorei descontroladamente.

– Amy's, sou eu! – Falou Owen. – Você está bem! Eu estou aqui! Sou eu!

– Você é real? – Perguntei ainda tremendo. – Está aqui mesmo?

– Sou eu Amy's! – Garantiu ele tocando meu braço.

Me lancei pra cima dele o abraçando.

– Não me solta! – Falei no ápice do meu desespero. – Não me solta!

– Eu estou aqui! – Falou ele me apertando forte. – Sempre estarei! Você está segura comigo.

Passamos um bom tempo abraçados até que minha respiração voltou ao normal. Nunca me senti tão segura como eu estava me sentindo agora nos braços desse homem. Não dissemos nada. Apenas ficamos na companhia um do outro. Até que fui me acalmando aos poucos. Olhei no relógio e ainda era 2 da manhã. Eu não iria conseguir dormir de novo.

– Está melhor? – Perguntou ele me soltando e encarando meu rosto. – Você quer alguma coisa?

– Desculpa, eu te acordei! – Falei limpando minhas lágrimas.

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