Giuseppe Grum
Essa última semana foi de puro estresse. Todos nós estávamos com os nervos a flor da pele. Todas as autoridades de Baltimore estavam atrás do meu filho e até agora não tivemos nenhum notícia do paradeiro deles. Eu tinha que achar Amélia, eu precisava achar.
- Grum, falando! - Falei agitado ao atender meu telefone.
- Oi, Sr. Grum! - Falou a outra voz no outro lado da linha. - Aqui é Harry, Harry Simons.
- Harry? - Tentei achar na minha mente algum motivo plausível pra ele ter me ligado. - Como estão as coisas no novo emprego? Já pensou na minha proposta? Meu hospital precisa de médicos qualificados que nem você!
- Ainda estou analisando, mas não foi por isso que eu liguei! - Falou ele ficando em silêncio. - Eu soube o que aconteceu com Amélia.
- Sim, infelizmente! - Falei. - Já faz uma semana que estamos a procurando que nem loucos e nenhuma pista deles.
- Eu a encontrei! - Falou ele fazendo meu coração acelerar. - Ela deu entrada no hospital daqui hoje de manhã, eu pensava que as coisas haviam se resolvido, mas quando eu vi o estado dela, saquei o que estava acontecendo, vou tentar manter eles presos aqui o máximo de tempo possível.
- Harry, muito obrigado! - Falei pegando a chave do meu carro. - Já estou indo pra aí, cuidado rapaz, se mantenha o máximo possível longe de Denis ele é perigoso e muito agressivo.
- Vou segurar as pontas aqui, até mais!
Desliguei o telefone e logo em seguida liguei pros meus seguranças e depois pro aeroporto para que preparassem o jatinho. Só era 1 hora de viagem até o hospital que eles estavam em Minessota. Se dessemos sorte, talvez conseguiremos acabar com esse pesadelo ainda hoje. Avisei a Marina e praticamente saí correndo de escada abaixo. A única coisa que me fez parar foi a figura pálida que me encarava sério.
- Vai aonde tão apressado assim?
Fiquei perplexo com quem eu vi.
- Você devia estar no hospital! - Falei correndo até ele e o ajudando. - O que está fazendo aqui?
- Desculpe, Giuseppe! - Falou Connor o segurando também. - Eu tentei impedir mas você sabe como ele é.
- Eu não podia ficar parado sabendo que minha mulher está com aquele desgraçado! - Falou Elliott irritado.
- Você é teimoso igual a sua mãe! - O acusei fazendo o mesmo rir.
- Você ainda não me respondeu! - Falou ele.
- Encontramos ela filho! Eles estão em Minessota.
- O que ainda estamos fazendo parados aqui? - Perguntou ele tenso. - Vamos agora!
- Você vai ficar aqui! - O adverti. - Não está em condições de fazer nada, não esqueça que você quase morreu.
- Eu vou com ou sem a sua ajuda! - Me ameaçou ele. - Vamos Connor!
- Teimoso igual a sua mãe! - Resmunguei saindo com eles ao meu lado.
Elliott Grum
Parecia que ainda estávamos no mesmo lugar. Esse maldito avião bem que poderia ir mais rápido. Deixei esse desgraçado ganhar uma vez, eu não iria cometer esse erro de novo. Não me importo que eu estivesse ferido, a dor que eu estava sentido por causa dos meus ferimentos a bala não eram nada comparado a agonia de saber que ela e meus filhos estavam com ele.
- Elliott, se acalme! - Falou meu pai pela terceira vez. - Estamos quase chegando. Já falei com a segurança do hospital e eles não vão deixar ele sair com ela, nós o pegamos filho.
- Eu só vou ficar calmo quando eu estiver com Amélia nos meus braços. - Falei apreensivo.
Meia hora depois o jatinho aterrissou e corremos para o hospital. Meu coração estava saindo pela boca de ansiedade. Mayo Clinic estava na lista dos melhores hospitais dos Estados Unidos ocupando a posição do primeiro lugar. Assim que passamos pelas portas do hospital, senti a mesma tensão de antes, só que agora multiplicada por dez. Só mais alguns passos e eu iria estar com Amélia de novo.
Estou indo te buscar, meu amor!
- Porra, esse elevador não anda? - Perguntei nervoso.
Assim que as portas se abriram, minha esperança se esvaiu do meu corpo. Havia uma trilha de corpos espalhada pelo corredor, parecia até uma carnificina. Identifiquei um dos corpos no chão. O mesmo respirava com dificuldade.
- Harry? - Chamei. - Harry consegue me ouvir?
Me abaixei com muito cuidado ignorando a dor que isso me causou.
- Elliott, eu... eu... - Ele tossiu. - Me desculpe, não consegui evitar!
Pressionei o ferimento da barriga dele.
- Pra onde eles foram? - Perguntei angustiado. - Você viu alguma coisa?
- Eles desceram por aquele elevador faz uns 5 minutos, talvez vocês ainda consigam pegar eles no estacionamento. - Falou ele gemendo de dor.
- Poupe suas forças! - Falei. - Você vai ficar bem! PRECISO DE AJUDA AQUI!! - Gritei.
Uma equipe de enfermeiras veio até mim e começaram a trabalhar em Harry.
- Pai e agora? - Perguntei angustiado. - Nós o perdemos, meu Deus!
Passei as mãos pelos cabelos irritado.
O telefone dele tocou.
- Ok, estamos indo! - Falou meu pai. - Não os perca de vista!
Ele desligou.
-Ainda temos uma chance! - Falou ele.
Em seguida literalmente corremos até o estacionamento e entramos no nosso carro. Giuseppe pisou fundo no acelerador. Segundo ele, Denis e Amélia estavam na auto estrada. O carro deles estavam sendo seguidos por duas viaturas da polícia.
- Mais rápido, pai!
Giuseppe acelerou mais ainda. Agradeci aos céus pelo o carro que estávamos ser rápido. Não foi difícil depois de alguns minutos em alta velocidade ver o carro prateado que eles estavam. Ainda estávamos longe, mas pelo menos conseguíamos ver. Eles praticamente estavam cercados, não tinham mais pra onde fugir.
- Vamos pegá-lo, pai! - Comemorei eufórico.
No segundo seguinte em câmera lenta, vi todas as viaturas da polícia freando bruscamente e o carro que Amélia estava sair da estrada perdendo o controle e capotando várias vezes.
- NÃOOOOOOOO! - Gritei sentindo nosso carro frear também.
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Mano!
Não vou dizer nada!
Continuem acompanhando!
Até o próximo!
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Não Foi Por Acaso
Romance• Amélia Brown sempre viu seu melhor amigo como um irmão, até que no último ano da faculdade a venda em seus olhos caiu e ela se viu completamente apaixonado por ele. A única coisa que a impediu de se declarar, foi o medo de perder o melhor amigo. _...