Elliott Grum
Nem me dei o trabalho de estacionar meu carro no lugar certo...
Eu sabia exatamente onde ele iria estar. O carro de Kevin ou melhor Denis, já estava estacionado na entrada da casa grande. Eu sabia que tinha pouco tempo com ele, a essa hora, Nicolas e meu pai já estariam vindo pra cá me impedir. Nada do que eles fizessem iria me fazer parar, eu vim com um único propósito e era isso que eu iria fazer.
Desfigurar a cara daquele filha da puta!
– DEENIIISSSSSS SEU DESGRAÇADO! – Gritei fora de mim ao entrar na enorme mansão vazia. – FIILHOO DAA PUTA, APARECE!!!
– Vejo que aquela idiota não conseguiu se manter de bico calado! – Ouvi a voz dele ecoar pelo enorme salão. – Eu sabia que mais cedo ou mais tarde você descobriria.
Subi os degraus puto da vida.
– Olá, irmãozinho! – Falou ele cruzando os braços e sorrindo assim que ficamos de frente um pro outro.
– Você não é meu irmão! – Falei com sangue nos olhos.
– Tem razão! – Falou ele bebendo um gole da bebida que segurava. – Eu não sou! Estou vendo que meu plano de ir atrás da sua amiguinha no Brasil deu certo.
– O quê? – Falei não entendendo suas palavras.
– Você achou mesmo que Kevin esteve no controle todos esses anos? – Perguntou ele.
Eu não respondi.
Ele soltou uma gargalhada alta.
– Desde que voltamos pra aquele inferno do Smith Groove, Kevin nunca esteve no controle, eu tive que fingir ser ele pra conseguir minha liberdade, foi um completo tédio, mas era o único jeito.
– Eu não entendo! – Falei confuso. – Pra quê tudo isso?
– Não é óbvio? – Perguntou ele com o cinismo estampado em seu rosto. – Eu fui atrás de Amélia porque eu sabia que ela é o seu ponto fraco, se eu tivesse domínio sobre ela, eu teria controle sobre você, falei muito sério quando eu disse que faria da sua vida um inferno.
Ele sorriu mais satisfeito do que nunca.
– Ela nunca significou nada pra mim, mas confesso maninho que ela tem um corpo delicioso! – Falou ele esnobe, travei meus punhos. – Você não sabe o quanto foi bom ouvir ela gemer meu nome enquanto estrem...
– DESGRAÇADO! – Gritei avançando pra cima dele acertando-lhe um soco no maxilar com toda a força que eu tinha.
– Patético! – Falou ele limpando o sangue que estava saindo da sua boca. – Patético!
Ele avançou pra cima de mim também e começamos uma luta violenta. Acertei o rosto dele algumas vezes assim como ele acertou o meu. Entre murros, cotoveladas e joelhadas, e insultos, ele falou...
– Não importa o que você faça! – Falou ele acertando meu estômago e me fazendo se desiquilibrar um pouco. – Ela já foi marcada por mim.
Revidei com uma joelhada em suas costelas. Tanto ele quanto eu já estávamos machucados. Nos separamos um pouco recuperando o ar.
– Ah, irmãozinho! – Falou ele enquanto nos encarávamos. – Você não tem ideia do quanto foi prazeroso ouvi-la implorar para que eu parasse enquanto eu a fodia com todas as minh....
Fui tomado pela fúria mais uma vez e avancei pra cima dele. Com a força do baque dos nossos corpos ele se desequilibrou me puxando junto com ele enquanto caímos os dois rolando pela escada abaixo. Minha adrenalina estava tão alta, que não me importei com nada e nem com a dor. Só com o homem caído a poucos centímetros de mim.
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Não Foi Por Acaso
Romantizm• Amélia Brown sempre viu seu melhor amigo como um irmão, até que no último ano da faculdade a venda em seus olhos caiu e ela se viu completamente apaixonado por ele. A única coisa que a impediu de se declarar, foi o medo de perder o melhor amigo. _...