Capítulo 48

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Nicolas Flynn Webber

Horas antes...

Terminei de me arrumar, passei meu perfume favorito e saí do quarto apagando a luz completamente ansioso para ver minha ruivinha. Fazia pouco tempo que nos conhecíamos, mas ela já era tão importante pra mim. De todas que conheci ao longos desses 5 anos, ela foi a única que me fez querer ficar, uma mulher que realmente valia a pena.

Nós preferimos não rotular o que estava rolando entre nós. Apenas estamos deixando rolar.

Mas já são tantas coisas em comum...

Caminhei até a sala e parei pra pegar meu celular desligado que havia colocado pra carregar. Assim que liguei o mesmo, notei que haviam 27 chamadas perdidas do Groove.

- Merda!

O que deve ter acontecido?

- Algum problema doutor? - Perguntou um voz que eu conhecia muito bem, mas que não deveria estar aqui.

Senti os músculos do meu corpo retesarem. Virei de costas e o encontrei a vontade sentado no meu sofá me encarando sério. Eu sabia perfeitamente o que ele tinha vindo fazer aqui. Como eu gostaria de ter mais tempo pra avisar a Elliott ou Giuseppe... Talvez eu tivesse ...

- O que você quer Denis? - Perguntei sério.

- Você não tem me visitado muito! - Falou ele com divertimento na voz. - Se cansou de mim, Webber?

Estreitei os olhos desconfiado, aquele não era o comportamento padrão dele.

- Como conseguiu fugir? - Perguntei tentando ganhar tempo.

- Eu tenho alguns truques guardados na manga. - Falou ele distraído olhando ao redor. - Cadê a Amélia?

- Nós dois sabemos que você sabe muito bem onde encontrá-la, então porque você não para com esse showzinho e faz logo o que tem que fazer? - Perguntei me preparando para o inevitável.

- Está tão ansioso assim pra morrer doutor? - Perguntou ele sorrindo.

O mesmo se colocou de pé e eu consegui ver a faca em sua mão esquerda. Ele era canhoto.

- Quero que faça algo pra mim doutor! - Falou ele dando alguns passos na minha direção.

- Eu passo! - Falei dando alguns passos pra trás.

- Quem disse que você tem escolha?

O mesmo se atirou pra cima de mim. Usei do pouco de defesa pessoal que eu sabia para me defender.

- Pra quê tentar adiar o inevitável, você sabe que eu sempre consigo o que eu quero. - Falou ele usando toda força que tinha para conseguir me acertar.

- Espero que esteja preparado para se decepcionar! - Falei batendo a mão dele na parede com força para que derrubasse a faca.

Assim que a mesma caiu, consegui imobilizar o mesmo que se debatia loucamente tentando se soltar. Ele usou a própria cabeça e me acertou violentamente, me fazendo afrouxar os braços com o impacto forte. Ele conseguiu se soltar e sem me dar tempo de se defender, eu ainda estava tonto, me acertou outra vez na cabeça, dessa vez com meu abajur.

Caí atordoado.

- Eu disse, eu sempre consigo o que eu quero!

Ele me chutou algumas vezes me deixando completamente sem chance.

- Diga ao idiota do meu irmãozinho que esse foi só o começo, estou mais perto do que ele imagina, sempre com um passo a frente dele.

Gritei ao sentir a faca rasgando minha carne.

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