Elliott Grum
- Cara, você não tem uma blusa, não? - Perguntei vendo Connor entrar na cozinha sem blusa, com um boné e fones de ouvido.
- Pode admitir, cara! - Falou ele presunçoso arrancando os fones. - Eu sei que eu sou gostoso.
- Vai se fuder! - Falei revirando os olhos.
- Não fala assim comigo, bebê! - Reclamou ele. - Eu posso me magoar. Inclusive, bom dia para você também! E eu sei que eu sou lindo.
Apenas ri.
- Bom dia!
- Onde está Amélia? - Perguntou ele.
- Dormindo! - Falei terminando de fritar alguns ovos pro café da manhã. - Ela só conseguiu dormir de madrugada sentindo dor nas costas.
- 34 semanas, irmão! Os bebês estão ficando sem espaço, estamos quase lá! - Falou ele. - Ela só precisa aguentar mais um pouco.
- Obrigado, Connor! - O agradeci. - Por tudo que você tem feito pela Amélia e os bebês.
- Não precisa agradecer, cara! - Falou ele sorrindo. - Caroline é da família, e eu tenho a certeza absoluta que os gêmeos vão me amar mais do que a você.
- Nem por cima do meu cadáver! - Falei rindo.
- Quer apostar? - Perguntou ele enquanto vestia uma blusa. - Gosto muito da Caroline, mas ainda não superei o fato de você ter me trocado por ela, tenho que dar o troco com os gêmeos.
- Com quem você aprendeu a ser tão dramático assim?
- Não é drama, são fatos!
- Você sempre vai ser meu grandão de tirar o fôlego! - Falei entrando na brincadeira.
- Grandão de tirar o fôlego? - Perguntou ele com o sorriso presunçoso nos lábios. - Eu sabia, você sempre me amou! Te amo bebê!
Caímos na risada.
- Que intimidade toda é essa com o meu noivo, Elliott? - Perguntou Mia se juntando a nós.
- Amor, eu não sei de nada! - Falou Connor levantando as mãos e se rendendo a ela. - É ele que fica me chamando de grandão de tirar o fôlego.
- Nisso ele tem razão! - Ela beijou os lábios dele.
- Eca, gente! - Reclamei. - Assim não vou conseguir comer meu café da manhã.
- Não precisa ficar com ciúme, tem Connor pra todo mundo!
- Cara, você é chato! - Falei.
- Está pronto, ursinho? - Perguntou Mia e eu soltei uma risada baixo.
Nunca vou superar esse apelido.
- Estou, vamos! - Falou Connor. - Voltamos mais tarde.
- Obrigado mais uma vez por terem ficado com a Amélia ontem à noite enquanto estive fora, agora que a Carininha se mudou daqui, não poderia ariscar e deixar ela sozinha, principalmente agora no final da gravidez.
- Sempre que precisar, pode contar com a gente! - Falou Mia vindo até mim e beijando meu rosto. - Até mais tarde, irmãozinho!
- Tchau, irmão!
- Tchau, gente!
Continuei organizando a cozinha.
Olhei a hora e vi que dali alguns minutos iria precisar acordar Amélia. Fui até o quintal e recolhi algumas tangerinas direto do pé. Ultimamente tem sido o suco favorito dela. Coloquei todas dentro da vasilha de alumínio que segurava e voltei pra dentro de casa. Assim que cheguei na cozinha, tomei um susto ao ver quem estava a minha espera.
- Oi, irmãozinho! - Falou ele sério.
Todos os meus pensamentos foram direcionados para a mulher grávida dormindo no quarto ao lado.
- Nos encontramos novamente! - Falou ele com satisfação.
- Infelizmente! - Falei sério.
- Cadê a Amélia? - Perguntou ele comendo um pedaço de bacon.- Eu te aconselho a ir embora, Denis, quase te matei uma vez, não vai ter ninguém pra me parar agora. - O ameacei.
- Hummmm... agora ficou interessante! - Falou ele rindo. - Se bem me lembro, você disse que isso só iria terminar com um de nós dois morto, vamos ver quem ganha.
Ele veio caminhando lentamente na minha direção. Me preparei para a investida dele.
- Uni, duni, tê, a escolhida foi você! - Disse ele puxando a faca do coldre em sua perna, percebi que ele tinha uma arma do outro lado também.
O mesmo veio pra cima de mim com tudo, tentando me acertar com golpes violentos. Consegui desviar de todos, mas Denis me encurralou contra a parede. Ele tentou atingir meu tórax, mas o impedi segurando a mão dele que segurava a faca. Travamos uma batalha de força. Ele tentando me atingir e eu o impedindo. Tentei pensar rápido, eu precisava me solta dele.
- Você vai morrer, irmãozinho! - Falou depositando mais força.
Acertei minha cabeça na dele com força e usei as pernas para o derrubado no chão. Assim que ele caiu, chutei com tudo o rosto dele. O mesmo rolou ficando de bruços com a força do meu chute. A faca tinha caído longe e o mesmo estava desacordado. Agora eu só precisava tirar Amélia daqui. Virei de costas pra ele e fui em direção ao quarto dela. Só tive tempo de ouvir dois disparos, em seguida eu estava no chão. Meu corpo todo entrou em choque com a dor que me atingiu, havia muito sangue.
- Ninguém nunca te ensinou a não dar as costas para o seu inimigo? - Perguntou Denis aparecendo na minha visão periférica.
Senti o líquido quente se espalhar através de mim.
- A propósito!
Ele me devolveu o chute que havia dado nele.
Comecei a sentir meu corpo perdendo as forças e minha visão ficando escura.
Eu só conseguia pensar em Amélia...
- Morra seu desgraçado! Ela é minha!
NÃO!
Foi a última coisa que ouvi.
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Puta que merda! E agora?????
😱😱😱😱😱😱😱😱😱E a Amélia, meu povo???
Vou desmaiar!
Palpites do que ainda está por vir??? Compartilha comigo!!!!
Até o próximo!
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Não Foi Por Acaso
Romantizm• Amélia Brown sempre viu seu melhor amigo como um irmão, até que no último ano da faculdade a venda em seus olhos caiu e ela se viu completamente apaixonado por ele. A única coisa que a impediu de se declarar, foi o medo de perder o melhor amigo. _...