Capítulo 71

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Amélia Grum

Abri meus olhos asustada.

Olhei pro lado e Owen continuava dormindo. Olhei pro relógio no criado muito e ainda era 3:45 da manhã. Fazia muito tempo que não tinha pesadelos como aquele. Acho que foi por isso que me assustei tanto. Principalmente porque no sonho era a vida do meu bem mais precioso em jogo.

Minha pequena Holly.

Como eu sabia que não iria conseguir dormir de novo, levantei da cama lentamente para não acordar Owen.

- É hora de dar um passeio filha!

Fui no banheiro, fiz xixi, escovei os dentes, fiz um café da manhã rápido e comi, depois fui no quarto de Holly organizar algumas coisas que ainda faltavam na mala da maternidade dela. Eu adorava organizar as coisinhas do quarto dela. O mesmo foi construído no jeitinho que sonhei. Era todo branco com vários bichinhos de pelúcia espalhado pelo o mesmo.

 Era todo branco com vários bichinhos de pelúcia espalhado pelo o mesmo

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Depois que terminei tudo, faltavam poucas horas pro nascer do sol. Fui até a cozinha de novo, fiz uma sala de fruta e depois fui pro meu lugar favorito nesse apartamento.

Elliott Grum

Acordei com o sol batendo na minha cara. Estiquei a mão para Amélia, mas para minha surpresa ela não estava dormindo ao meu lado.

Levantei preocupado.

Para onde uma grávida iria às 6:00 horas da manhã?

Peguei meu celular e não tinha nenhuma mensagem ou recado. Saí do quarto e a procurei por todos os cômodos do apartamento e nenhum sinal dela. Estava quase pegando a chave do carro e indo atrás dela, mas aí lembrei de um cantinho que ela pudesse estar.

A varanda do nosso apartamento com a vista da cidade toda era o local que ela mais gostava. Ela sempre ia para lá, mas com o final da gravidez ela não conseguiu mais subir todos aqueles degraus. Subi o mais rápido possível e graças a Deus eu a encontrei lá sentada no balanço e enrolada com uma manta. Caminhei até ela e sentei ao seu lado.

- Que bom que eu te encontrei! - Falei aliviado. - Quase tive um infarto, agora sei a quem Holly puxou!

Ela riu.

- Desculpe! - Falou ela. - Bom dia, amor!

- Bom dia, sra Grum! - Falei beijando o rosto dela. - O que está fazendo aqui? Não era pra ter se esforçado tanto subindo todos esses degraus.

- Acordei no meio da madrugada, tive um pesadelo mas não quis te acordar, levantei fiz algumas coisas e depois vim pra cá, curtir o pôr-do-sol com a Holly. - Ela explicou.

- Quer falar sobre o pesadelo? - Perguntei a ela.

Ela ficou em silêncio por uns segundos.

- Sonhei com ... Você sabe, ele estava com a nossa filha. - Disse ela agora ficando triste. - Foi horrível!

- Amor, isso nunca vai acontecer! - Falei abraçando ela. - Ele está morto, nunca mais vai tentar nada contra nós, nossa filha vai nascer rodeada de muito amor e em segurança.

Ela não disse nada.

- Quer que eu ligue pro Nicolas? - Perguntei a ela, talvez ele conseguisse tranquilizá-la e afastar esses sentimentos.

- Sim! - Falou ela. - Marque um horário com ele.

- Certo! - Concordei. - Eu estava pensando, acho que vou cancelar minha viagem daqui a duas semanas, não vou deixar você sozinha principalmente porque nossa filha poderá nascer a qualquer momento.

- Nada disso! - Recusou ela séria. - Já faz praticamente um mês que você está se organizando pra essa viagem e essa cirurgia, você vai sim, tenho certeza que Holly vai esperar o papai voltar pra nascer, não é filha?

- Amor, você tem certeza? - Perguntei relutante.

- Tenho sim! - Ela foi firme. - Você vai!

- Sim senhora, Capitão!

Ela riu.

Liguei pra Nicolas e o mesmo concordou em vir até aqui falar com Amélia. Assim que ele chegou, os dois se trancaram no quarto e passaram longos minutos enquanto eu preparava o jantar junto com Carina. As crianças estavam no apartamento também brincando.

- Desde quando ela começou a ter esses sonhos? - Perguntou ela.

- Hoje foi o primeiro! - Falei enquanto refolgava alguns legumes no alho.

- Vai ficar tudo bem! - Me garantiu Carina.

- E você? - Perguntei mudando de assunto. - Quando vai me dar outros sobrinhos?

Ela riu.

-Por enquanto a fábrica está fechada! - Falou ela.

- Ficou sabendo que o Aerosmith vai vir fazer um show aqui? - Perguntou ela animada.

- Sério? - Sorri internamente. - Sua banda preferida não é?

- Sim, Nicolas conseguiu dois ingressos, eu não acredito! - Falou ela empolgada.

- Íamos adorar ir também, mas vamos deixar pra próxima. - Falei olhando pra ela.

Nicolas, Mia, Connor, Amélia e eu, estávamos preparando essa surpresa a quase um mês. Seria nesse show, que Nicolas iria fazer o pedido ao som de i don't want miss a thing, a música dos pais dela. Desenvolvemos um papo descontraído e leve até que Nicolas chegou na cozinha com Amélia ao seu lado. Carina e eu terminamos o jantar e depois todos vinhemos nos sentar na mesa e comer.

- Quem quer conhecer o quarto da Holly? - Perguntou Amélia mais animada depois do jantar.

Carina e as crianças se empolgaram e saíram da sala junto com ela.

- E ai? - Perguntei quando fiquei sozinho com Nicolas.

- Bom, ao que tudo indica, foi só o cansaço e o estresse desse finalzinho de gravidez. - Explicou Nicolas. - É natural ela ser bombardeada com várias emoções diferentes, medo, angustia, insegurança, não podemos esquecer que o corpo dela esta produzindo mais hormônios que o natural, é de se esperar que algumas sensações do passado voltem, principalmente por ela se sentir vulnerável, mas ela vai ficar bem, consegui acalmá-la.

- O que nós faríamos sem você, hein? - Perguntei sorrindo

- Sinceramente, eu não sei...

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E esse sonho?
Rapaz!
Não está me cheirando bem...

Continuem acompanhando!
Até o próximo!

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