Capítulo 83

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Amélia Grum

Todas as coisas estavam indo excepcionalmente bem. Pra qualquer lado que eu olhasse todos a minha voltam estavam felizes. Estávamos todos exultantes pois o casamento da minha irmã estava muito próximo. Faltava apenas três dias. Ela e Nicolas decidiram se casar o mais rápido possível.

- Bom... - Falou ela perplexa com a lingerie exótica que segurava nas mãos. - É muito, muito... como se veste isso? Tem muitas alças e bem....

Não consegui me segurar, caí na risada.

Estávamos todas na minha casa, no mini chá de lingerie/ despedida de solteira que Mia insistiu que fizéssemos pra Alisson. A mesma optou pra que fosse algo bem simples, só com nós três mesmo, pois a gravidez não estava dando trégua e na maioria do tempo ela se sentia mal.

- É mais fácil do que você imagina! - Falou Mia pegando o conjunto e explicando pra ela como vestir. - Está vendo, não é tão difícil assim, tenho certeza que o Nicolas vai amar te ver vestida com isso.

Alisson acabou rindo também.

- Bom, obrigada pela dica! - Falou ela tentando parar de rir.

Passamos a maior parte daquela tarde conversando sobre vários assuntos aleatórios.

- Como as crianças estão com tudo isso que está acontecendo? - Perguntou Mia a Alisson.

- Por incrível que pareça, eles reagiram muito bem, principalmente com a ideia do novo irmãozinho - Falou ela rindo. - Na realidade, sempre foram muito receptíveis a Nicolas, são doidos por ele e estão amando a ideia dele fazer parte das nossas vidas permanentemente.

- Estou tão feliz por estarmos vivendo a melhor fase das nossas vidas! - Falou Mia.

- Isso é verdade! - Falei bebendo um gole da minha bebida de frutas cítricas. - Eu também!

- Eu queria dizer o mesmo.... - Comentou Alisson fechando os olhos. - Quem romantiza a gravidez sem sombra de dúvidas não sabe o que fala.

- Enjoada de novo? - Perguntei me colocando ao lado dela.

- Vai passar! - Falou ela respirando fundo.

- Quer que eu vá buscar limão? - Perguntei. - Me ajudava bastante!

- Eu estou bem! - Falou ela. - Dá pra relevar, não se preocupe.

- O que as três mulheres da minha vida estão fazendo? - Chegou Owen perguntando e se aproximando de mim.

Vi os outros dois rapazes entrando e se aproximando das outras meninas.

- Vocês não deveriam estar numa despedida de solteiro também, não? - Perguntou Mia.

- Decidimos que o melhor lugar para estar são com quem amamos! - Falou Owen.

- E aliás, não há nada para comemorar! - Falou Nicolas. - Tudo o que eu quero é que chegue logo a hora de poder me casar com essa ruivinha aqui!

- Viu gente! - Falou Alisson rindo. - Por isso eu amo esse homem!

Todos rimos.

- Que tal animarmos essa festa? - Perguntou Connor.

- Epa! - Falou Nicolas curioso levantando com a mão a lingerie exótica e avaliando. - O que é isso?

- Nada! - Falou Alisson tomando das mãos dele e escondendo atrás da almofada totalmente vermelha de vergonha.

- É pra mim? - Perguntou ele divertido. - Que interessante, ruivinha! Não sabia que você gostava de coisas desse tipo.

- Nicolas! - Repreendeu ela com mais vergonha ainda.

- Viu, eu disse que ele iria gostar! - Falou Mia animadíssima. - Tem várias funcionalidades Nicolas, e vai ajudar bastante se você precisar prender ela na c....

- Já chega! - Levantou Alisson interrompendo. - Vamos, amor?

Mia soltou uma gargalhada alta do nervosismo dela.

- Não precisa ter vergonha, Alisson! - Falou ela descontraída. - Todos nós temos uma vida sexual ativa, fetiche não é problema!

- Sua maluca! - Falei não aguentando de tanto rir.

- Deixando o assunto sobre fetiche de lado, que tal a gente jogar alguma jogo pra animar nossa noite? - Perguntou Owen. - Já que não vamos beber nada em consideração a barriguda, que tal a gente se divertir de outra forma jogando?

- Eu topo! - Eu e Mia falamos ao mesmo tempo.

- Tô dentro! - Falou Connor animado. - Que tal incrementarmos uma aposta pra esquentar o jogo?

- Nada de apostas! - Falou Owen. - Da última vez quase nos ferramos!

- Sem graça! - Falou Connor. - E vocês? Vão jogar com a gente?

- Parece interessante, mas eu e a ruivinha precisamos ir mesmo! - Falou Nicolas. - Vejo vocês amanhã! E aliás eu estou doido pra ver a ruivinha vestida com isso.

- Nicolas! - Repreendeu Alisson batendo pra valer nele.

Depois de nos deixar rindo, eles saíram. Decidimos jogar uno depois de quase dez minutos de bate boca entre Mia e Owen pra escolher qual dos jogos iria ser. As cartas foram distribuídas e o jogo começou.

- Só pode ser brincadeira, Caroline! - Falou Connor irritado depois que eu venci pela terceira vez. - Ela pode ser expulsa?

- Tem que aprender a perder, Eduward's! - Falei rindo.

- Agora você vai ver Caroline! - Falou ele embaralhando as cartas para a próxima jogada e distribuindo em seguida.

Peguei minhas cartas notando que não estavam tão ruins. Como eu tinha ganhado, comecei jogando uma carta vermelha. Prosseguimos com o jogo, cartas iam e vinham, quando me dei conta, só estava com três cartas nas mãos.

- Nem fudendo você vai ganhar, Caroline! - Falou ele com sangue nos olhos jogando três cartas de +4 para mim.

Eu ri da ousadia dele, principalmente quando notei que ele ficou com menos cartas do que eu nas mãos. Pena que eu tinha uma carta de +4 também. Automaticamente quando cartas desse tipo são jogadas para você, e se você tiver como contra atacar acrescentando mais cartas do mesmo tipo, aquela soma de cartas é passada pro oponente seguinte. Na sequência, foi o que eu fiz, passando pra Mia. Ela como não é boba, acrescentou mais duas, passando a bola para Owen. O mesmo estava sorrindo com cara de quem iria aprontar.

- Bebê, você não faria isso comigo, né? - Perguntou Connor fazendo drama. - Lembra que a gente é amigo! Sou seu grandão de tirar o fôlego, como você mesmo disse....

Eu quase não consegui segurar o riso.

Se Owen tivesse como contra atacar e passar a bola da vez para Connor, e ele não tivesse como se defender, o moreno iria ter que puxar o número correspondente que as cartas coringas pediam.

- Você quem começou! - Falou Owen rindo acrescentando três cartas de +2.

Caímos na gargalhada ao ver o desespero no rosto de Connor.

- Nunca pensei que você seria capaz de tal ato, bebê! - Falou ele puxando as 18 cartas. - Seu sem coração!

Quanto mais ele puxava as cartas, mais a gente ria. E assim foi o resto da nossa noite, regadas a muitas risadas.

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Connor sendo Connor!

Até o próximo!

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