CAPÍTULO 11

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                         Baruk

Ela come a comida e vem pra cozinha, lava o prato e fica enrolando na pia, acha que sou trouxa sei que tá querendo ganhar tempo e não bater o papo comigo

- Vem pra sala logo mulher. - vou na frente e ela vem atrás

- Anda, rasga o verbo logo. - ela senta no sofá e eu paro na frente dela com os braços cruzados

- Não tem oque falar. - ela responde de cabeça baixa e como sempre pra dentro

- Então você gosta de ser feita de capacho pelas quengas? - ela me olha e rapidamente baixa o olhar

- E ver se falar pra fora, gosto de sussurro não. - ela solta uma risada nervosa

- Eu morava com a Natieli.. - ela começa a falar a voz embarga

- Tô ouvido

- Quando minha mae morreu, meu pai casou com a mãe dela e aí... Ele faleceu também. - vejo que as lágrimas tá descendo e vou falar pra tu, gosto de ver mulher chorar não

- E lá o tratamento era como?

- Eu tinha que limpar tudo, fazer comida, se não apanhava... - essa história já tá me deixando doidão das idéias

- E por que não comia aqui?

- Por que lá só podia comer o resto e eu achei que aqui também. - solto uma risada nervosa e passo a não no meu cabelo

- Tá doida minha filha, comida não se nega não

- Por que não meteu o pé de lá?

- Tenho 18 anos, meu dinheiro ela pegava tudo, tentei fugir e ela me pegou e me torturou por dias. - ela respondeu bem nervosa querendo chorar

- Por enquanto tá de boa. - pelo visto essas paradas mexe bastante com ela

- Pega tuas coisas. - ela se levanta e vai lá pra fora e volta com uma sacola de mercado

Decido nem questionar, a bicha era sofrida Memo, subo com ela pro quarto, abro a porta e ela olha tudo como se fosse de outro mundo

- Tá de boa? - ela concordou com a cabeça sentando na cama

- Pra quem dormia em um papelão... - ela fala um pouco baixo e eu olho sem acreditar

- Na moral, tu dormia no chão?

- E ao lado de fora. - ela dá uma risada sem graça

- Fica sussa aí e qualquer coisa grita. - Saio e deixo ela lá

Vou pro meu quarto e vou direto pro banheiro, tomo um banho gelado pra clarear as idéia, como essa mina passou por tudo isso e ninguém nunca fez nada pra ajudar

Cê tá doido, saio do banho e coloco apenas um shorts vou pra cozinha e bato um rango, subo novamente e deito na cama.

Fico martelando umas paradas na cabeça que tá me deixando doidão, levanto pego uma blusa e vou no quarto dela

- Vou te falar tua mãe soube escolher nome não. - ela me olha sem entender

- Até agora não sei falar ele. - ela dar uma risada

- mais ae bora ali

- onde?

- Faz pergunta não, só vamo.

Ela vem atrás de mim e eu vou até o postinho que tem lá, chamo a enfermeira e falo que a mina precisa passar por aquelas paradas de conversa

- Não preciso de terapia

- Tu é cheia de trauma, vai fazer essas paradas sim.

A enfermeira marca a consulta e é só daqui 30 dias vou te contar, passamos na frente de uma loja que tem ali na subida e ela fica olhando pras roupas

- Quer comprar? - ela me olha e nega com a cabeça

- To  guardando dinheiro

Baruk: mandei você pagar por acaso? Tô perguntando se quer pô

Vou até a loja e faço ela escolher tudo que quer  e a dona como não é besta nem nada põe várias coisas a mais, pego as paradas pago e voltamos pra casa

- O que teu pai vai fazer comigo amanhã? - ela pergunta nervosa

- Sei não mina. - ela baixa a cabeça e sobe lá pra cima

Tinha até esquecido dessa porra, vou dar um salve no Joca pra saber oque ele vai fazer.

Será que ela vai realmente ser mandada pra outro lugar?

Amanhã teremos mais capítulos e agora o negócio vai começar a esquentar 🔥

30 curtidas e 100 comentários pra me deixar feliz hahaha

Muito obrigada pela ajuda, estão sendo rápidas nas metas.

Amo vocês! ❤️

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