CAPÍTULO 70

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                         Marjorie

Fico paralisada sem saber oque fazer, sinto minha respiração acelerar, fico olhando fixa para cada movimento dela, Damaris aparenta está decidida, mas ao mesmo tempo sinto suas mãos trêmulas.

Se eu não estivesse grávida, já teria tentado sair correndo ou algo do tipo, mas não posso correr esse risco agora, meu bebê é tão novinho(a) e já está correndo um risco desse.

- Abaixa essa arma. - tento pedir de uma maneira que não a deixe nervosa e decida atirar

- Você acabou com tudo, Marjorie. - olho pra ela sem entender

- Tudo oque? - ela solta um sorriso sem humor.

-  Desde pequena eu sempre fui apaixonada pelo Baruk, ele era pra ser meu! - a voz dela sai com um tom de irritação, ela mira novamente a arma no meio da minha cabeça, fecho os olhos e escuto um disparo.

Abro os olhos novamente, quando sinto alguém tocando nos meus ombros, olho e vejo Solange me olhando assustada.

- Eu atirei em alguém. - A voz dela sai trêmula.

- Você salvou seu neto. - respondo firme e vou para parte de fora, onde a vagabunda está.

Vejo ela caída no chão, gemendo de dor. A bala acertou em seu ombro, dou um chute no ombro onde acertou a bala e ela solta um grito alto.

Pego meu celular e ligo para o Baruk, explico pra ele oque aconteceu e o maluco já chega cheio de ódio, Damaris é levada para a salinha e pelo que entendi ela vai ficar 2 dias em uma casinha super apertada, sem luz, água ou comida, para o começo da sua tortura até a morte.

Depois desse susto subir pra o meu quarto, precisava de um banho. Assim que acabo tudo, lembro que deixei a Solange na sala e decido ir agradecê-la, se ela não tivesse aparecido na hora, a maluca da Damaris teria me matado.

Quando eu ia descer as escadas, escuto vozes lá de baixo e decido para para escutar, é o Baruk e a mãe conversando.

                        SOLANGE

A minha vida inteira eu sempre sonhei em fazer parte da vida do Baruk, infelizmente perdi muita coisa, se eu pudesse voltar ao tempo teria contado tudo para o Joca desdo começo.

Minha vida mudou muito, me formei como fisioterapeuta, conheci o Heleno na qual me apaixonei novamente e depois de alguns anos tive nosso Benjamin.

Quando eu soube da morte do Joca, fiquei completamente mal. Nossa história foi muito conturbada e por culpa dos outros não teve um fim que nós dois desejava.

Uma vez vi uma frase meia bocó em uma página no Facebook e aquilo mexeu bastante comigo, frase dizia assim:

" Na vida existe o amor da sua vida, e o amor pra sua vida. O amor da sua vida sempre será o seu ponto fraco por muito tempo, mesmo nunca dando certo. Mas o amor pra sua vida é aquele que dá certo, que é recíproco, que tem diálogo, e maturidade."

Quando li dei uma risada, essa frase encaixa perfeitamente com a minha história.

Estava saindo da minha clínica, quando lembrei que o hoje era o dia que o Rael iria dormir lá em casa com o Benjamin.

Assim que entrei escutei vozes vindo da cozinha, fiquei observando e vi uma garota apontando uma arma para a Marjorie, na hora meu coração acelerou, até pensei em chamar alguém, mas fiquei com medo de ser tarde.

Lembrei que uma vez que estava aqui e teve invasão, ele mostrou pro Heleno onde guardava uma arma aqui na sala, caso acontecesse algo ele poderia usar.

Fui até o local onde estava guardada e peguei, nunca nem segurei em uma arma, pra ser mais exata uma vez a muitos anos atrás, Joca me ensinou como atirava, respirei fundo e fui tentando lembrar como ele me ensinou.

Fui para a porta da sala que leva pra a saída da piscina, essa casa é um labirinto. Miro na desgraçada e o tiro acerta em cheio, até que levo jeito pra coisa.

Marjorie ficou bastante abalada, subiu para o quarto para tomar um banho, decidir esperar na sala.

Vejo alguém se aproximando e é o Baruk, ele me olha, coloca as duas mãos na cintura e solta um sorriso de lado.

- Até que leva jeito pra coisa. - solto um sorriso nervosa

- Teu pai me ensinou uma vez como atirava.

- Caralho, e depois de anos tu ainda lembrou. - concordei com a cabeça.

- Valeu aí. Se tu não tivesse chegado, a vagabunda tinha matado a Marjorie. - sinto raiva na sua voz

- Não precisa agradecer! Bom, acho que vou indo. Vou pegar o Rael na Isis. - ele me olha sério por um tempo e eu fico sem entender

- me dá um abraço pô. - nesse hora olho pra ele surpresa, Baruk todo esse tempo mal conversava comigo.

Ele se aproxima e do jeito dele, meio tímido me dar um abraço, na hora não consigo segurar a emoção e acabo chorando.

- Para de chorar, doidona. - solto uma risada

- As coisas comigo são assim pô. Sentir vontade, valeu memo pela ajuda. - ele olha pra escada e dar risada

- Mas a bicha é fofoqueira viu. - fecho a Marjorie descendo as escadas com cara de choro. - ela vem na minha direção e me dar um abraço apertado.

Ela vai comigo até a casa da Isis e conta pra ela oque aconteceu, Isis é doidinha, começa a falar que elas que tem que matar a Damaris.

Pego meu neto no colo e decidi levar a Ivy também, hoje vai ser festa do pijama na minha casa.

Assim que chego benjamin já vem todo animado, ele é apaixonado nós dois.

Bom dia 🌻

Hoje vamos ter 5 capítulos e o próximo é a morta da vagabunda da Damaris kkk.

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