Baruk
15 DIAS DEPOIS...
já faz 2 semanas que aquela filha da puta pegou o meu muleque, essa desgraçada não tá ligada com quem tá mexendo não. Tive nem tempo de ficar com meu Joca pô. Eu deveria ter ficado na bosta daquele hospital, mas fazer oque Rael precisava de mim também. Se algo acontecer com meu muleque vou me perdoar não. Tô aqui pra proteger os três e nas primeiras horas de vida dele já acontece isso.
Marjorie mal fala comigo, ela deixou escapar que tudo isso de alguma forma é por minha culpa. Mas caralho, oque eu posso fazer, ia adivinhar que aquela desgraçada iria fazer uma coisa dessa.
Tava na boca com o Mauro e um menor tentando de alguma forma rastrear a desgraçada, ela foi esperta deixou a porra do celular no hospital, tava já sem paciência quando a Antonella me liga, dizendo que uma mina falou que a tal da enfermeira estava na casa dela, se for isso memo essa mina é muito burra, de verdade.
Pego minha arma e aviso o Mauro, decido não avisar a Marjorie, ela tá abalada pra caralho e sem falar que tudo isso acabou ferrando as paradas dos pontos dela lá. Assim que chego lá, vou direto na sala do formiga, ele vai comigo até a casa da desgraçada e escuto um chorinho de bebê, certeza que é meu muleque, puxou o jeito chorão da mãe. Vamo entrando e quando ela me olha agarra o Joaquim firme, solto um sorriso sarcástico.
- Tu é burrona memo né fia. - ela parece está olhando ao redor a procura de alguém.
- Achei que seria pelo menos um pouco mais esperta. - tiro a minha arma da cintura e ela olha na direção da cozinha e depois me olha.
- Não me mata aqui por favor. - olho pra ele e miro a arma na sua direção.
- Entrega meu filho agora. - ela tentou dar um passo falso pra correr e eu atirei no seu pé.
Mauro vai até ela e pega o Joaquim, ela se abaixa colocando a mão no pé que levou o tiro, quando eu ia dar a ordem pra levarem ela pra salinha, escuto 3 disparos e a mina caí morta no chão. Olho e vejo a Marjorie, essa porra brotou do chão. Na mema hora escuto uma voz de uma criança vindo da cozinha, ela olha pra mina no chão e começa a chorar indo na sua direção.
- MAMAEE. - ela segura na mão da enfermeira e começa a chorar sem saber oque fazer.
Olho pra Marjorie e ela está paralisada com a cena, pela sua cara deve tá arrependida com o que acabou de fazer. Dou um sinal com a cabeça pro formiga, que vai até a Marjorie e tira ela de lá, minha gata mal consegue se mover. Mauro entrega o Joaquim pra Antonela que tava lá também e se aproxima da garotinha, pega ela no colo, ela gruda no pescoço dele, encosta a cabeça e começa a chorar, ela tá se tremendo toda, deve tá uma confusão que só a sua cabeça.
Vejo o Mauro saindo de lá com ela e dou um sinal pra uns vapor limpar toda a bagunça. Desço até a casa do formiga e vejo a Marjorie sentada no sofá com um copo na mão, ela tá se tremendo dos pés a cabeça, me aproximo e puxo ela pra um abraço.
- Eu... Ma... Matei... A mãe de alguém. - ela começa a chorar e falar pra tu gosta de ver minha costelinha assim não.
- Tu fez oque fez pra proteger seu filho pô. - ela me olha e seu rosto tá inchado de tanto chorar.
- Eu matei ela na frente da sua própria filha, Baruk. - passo a mão em seu rosto secando as lágrimas.
- Pensa nisso não pô. Já tá feito e a menina é nova demais pra entender
- Ela deve ter idade suficiente pra saber que a mãe dela foi morta. - ela encosta a cabeça novamente no meu peito.
Olho ao redor e vejo que o Mauro tá com a garotinha lá do lado de fora sentado com a menininha no colo, Isis chega e vai na direção dos dois.
Mauro
Falar pra tu, nois deveria ter se ligado quando a mina começou a olhar na direção da cozinha. Mas quem iria adivinhar que ela teria uma filha e muito menos que a Marjorie iria aparecer e matar a vagabunda. Assim que vi a criança toda fragilizada e com medo, pensei muito não e peguei ela no colo, lembrei logo da minha Ivy.
Tiro ela de lá e vou indo em direção a casa do formiga, ela ver a Marjorie na sala e sinto que seu corpo inteiro se arrepiou, provavelmente deve tá com medo de porra dela. Levo ela pro lado de fora e sento num sofá que tem ali, ela encosta sua cabeça no meu peito e segura na minha mão, sua mãozinha é tão pequena que a minha dá umas cinco da dela. Vejo a porta de vidro se abrir e a Isis se aproximar. Ela me olha e pelo visto já tá ligada no que aconteceu.
- Oi princesa. - a menininha olha pra ela e faz um bico de choro
- Minha mamãe tava sangrando tia... - ela fala bem baixinho
- Sua mamãe virou uma estrelinha meu amor... - ela olha pra Isis e começa a chorar.
- Mas fica calma, toda vez que você sentir saudades é só olha pro céu que ela vai está lá e no seu coração também. - Isis leva uma das mãos até o seu rosto e faz um carinho com o dedo polegar.
A garotinha estende a mão e pede pra ir pro colo dela. Isis pega e abraça ela. Falar pra tu, a mente dessa criança deve tá a milhão.
- Como é seu nome? - Isis pergunta pra ela depois que a mina se acalma um pouco
- Madalena. - Isis abre um sorriso
- Seu nome é lindo. - a garotinha dar um sorriso sem graça
- Tia, eu vou ficar com quem? Meu papai sumiu também. - Isis me olha sem saber oque responder.
- Você vai ficar com a agente. - a garotinha me olha sem entender
- Vou? - Isis olha concordando com a cabeça. Ela encosta na Isis e percebo que tá sonolenta depois de um tempo ela dorme.
- Vou procurar saber se ela tem algum parente pra ficar com ela. - Isis me olha e balança a cabeça
- Por enquanto ela fica com a gente.
- Pode pá. - pego a menina no colo e vou entrando com ela e a Isis ao meu lado.
Marjorie olha na nossa direção e fica olhando pra menina, sento no sofá e ela tá capotada.
- Eu estraguei o futuro dela.. - Marjorie fala baixo olhando pra ela
- Oque tá feito, tá feito. Ela disse que o pai dela sumiu também. - Baruk me olha
- Vamo saber melhor dessa fita. - concordo com a cabeça olhando pra ele.
2 SEMANAS DEPOIS...
Já faz duas semanas que a Mada tá com nois, Isis já tá apegada pra porra nela e a Ivy então nem se fala. Ela tá passando com uma psicóloga, tudo mexeu bastante com ela começou a ter pesadelos e tá gaguejando pra porra. Marjorie toda vez que se aproxima faz a Mada ter crises de ansiedade. Tá sendo foda pra ela também, tá se sentindo culpada pra caramba e sem falar que tava com começo de depressão. Joaquim e Rael tá sendo a força dela pô.
Tamo tentando achar algum parente, mas pelo visto a enfermeira não tinha família e o pai da menina ninguém sabe quem é, uma conhecida dela avisou que o rapaz é envolvido nas paradas também e que com isso a tal da Juliana não contava pra ninguém quem era e sempre era um mistério pra levar a garotinha até ele.
Chego em casa e vejo a Isis com cara de choro e fico sem entender o por que, ela me olha e se levanta do sofá e vem na minha direção me abraçar.
- A vó dela apareceu Mauro e quer levar ela da gente... - falar pra tu, tava na esperança de adotar a mina, já que não encontrava ninguém, mas com essa veia aí no caminho vai ser foda.
- Ela é mãe de quem? - Isis me olha com aqueles olhos vermelhos de tanto chorar.
- Diz ser mãe da tal enfermeira. Mas não sentir firmeza Mauro e a Mada quando viu ela agarrou na minha perna com força. - olho pra ela sério, vou saber melhor dessa mulher antes de entregar a Madalena.
Bom dia 🌼
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VENDIDA NO MORRO DO AMOR
RomanceMarjorie e Baruk dois caminhos são laçados com a ironia do destino.