CAPITULO 31

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                        Marjorie

Puxei uma cadeira pra mais perto do leito e encostei minha cabeça na cama, segurei a mão dele e acabei pegando no sono.

Acordo no outro dia sentindo ele se mexer e olho assustada, ele vai abrindo os olhos com bastante dificuldade e eu abro um sorriso.

- Finalmente! - dou um beijo em sua bochecha

Baruk tenta se levantar e me olha  estranho, pois suas pernas não se move.

- Que porra aconteceu, Marjorie? - olho pra ele sem entender

- Não sinto a porra das minhas pernas. - ele fala desesperado

Corro até o corredor chamo o médico e imediatamente ele começa a fazer alguns exames, ele toca no pé, nos dedos, coxas e ele não sente nada.

- A bala atingiu em cheio na função nervosa da medula espinhal, infelizmente em alguns casos leva a morte ou a cadeira de rodas. - sentir um tom um pouco rudi do Dr.

- Eu preferia a morte!- eu olho pra ele repreendendo

- Vou encaminha-lo para um fisioterapeuta, vai precisar fazer algumas sessões para entendermos melhor o seu caso. - o médico assina a ficha dele e sai do quarto

- Hoje de manhã aconteceu o enterro do seu pai... - falo um pouco sem jeito

- Esses vermes vão pagar caro. - ele responde seco, Baruk é difícil de demonstrar o que está sentindo

- Formiga já enviou um advogado pra ver o caso do Mauro. - ele apenas concordou com a cabeça

- Vai dar tudo certo, vamos marcar as sessões com o fisio e você vai melhorar. - ele dar uma risada sem humor

- Qual é o médico que vai querer tratar de um traficante Marjorie? - ele responde irritado

- Vamos achar um Baruk. - estou tentando não perder a cabeça, sei que está sendo difícil pra ele

- Você vai poder ir pra casa, formiga disse que limpo tua ficha. - ele me olha e logo desvia o olhar

- Quer comer algo?

Baruk: quero ficar em silêncio, Marjorie. - respiro fundo e vou para o corredor.

                          Baruk

Ver meu veio estirado morto no seu próprio morro foi foda, ele sempre fez de tudo por aquele lugar e vem esses vagabundos e acaba com ele assim.

Vida do crime é uma montanha  russa do caralho, preciso recuperar meu morro e continuar o meu legado, mas na porra de uma cadeira de rodas vai ser difícil.

Se pelo menos o Mauro estivesse aqui, mas esse bagulho vai ficar assim não vou me vingar de um por um e quando eu pegar esse x9 maldito ele vai se arrepender de ter nascido.

Marjorie sai do quarto e eu sei que tá sendo foda pra ela tudo isso e eu fui um idiota com a mina, ela tá fazendo se tudo pra me ajudar e eu só fodo com tudo.

Ela entra novamente no quarto com um papel na mão.

- Ele te deu alta, você vai poder ser tratado em casa, não vai poder fazer muito esforço, repouso absoluto.

- Vem aqui mina. - ela se aproxima

- Se tu quiser sai fora pode ir, não precisa ficar cuidando de um aleijado não. Vai fazer tua faculdade e curtir tua vida. - ela me olha com os olhos cheios de lágrimas

- Você tá pensando que eu sou o que Baruk? Essas piranhas de morro? Eu nunca iria te abandonar e muito menos assim e não por dó ou caridade e sim por que eu gosto de você. - ela fala nervosa pra caralho

- Segura esse papel. - ela me entrega e sai novamente, volta depois de um tempo segurando uma cadeira de rodas e acompanhada de um enfermeiro

Ele me ajuda a sentar ali e ela vai me guiando, chegamos ao lado de fora e o formiga estava lá com um carro todo preto.

- Bom te ver irmão. - ele me pega e me coloca  no banco de trás.

Sempre foi eu pra tudo e ter que depender dos outros vai ser foda pra um caralho.

Marjorie entra no banco do
passageiro, coloca o cinto de segurança e cruza os braços.

Percebo que ela ficou chateada, mas caralho, não posso ser egoísta em querer que ela pare a vida dela, por um erro meu, quem tá nessa vida do crime sou eu e as consequências são minhas.

Chegamos até o morro do dodô e eu olho sem entender

- O morro foi pacificado, tamo aqui por enquanto. - concordo com a cabeça

- Vou recuperar nosso morro pô. - formiga tá sendo foda, espero não me decepcionar com ele. Se não é bala!

Ele vai seguindo até uma casa e eu vejo o dodô em frente, ele estaciona e pega a cadeira de rodas, me ajuda a sentar nessa porra.
Marjorie pega a bolsa dela e sai na frente e entra.

- Bom te ver irmão. - ele faz um toque comigo

- Valeu pela força aí

- Tamo aqui pra isso. Essa casa é tua e da mina, a mulher do Mauro tá aí também e a do lado é a do formiga

- Valeu aí pô. - formiga vai me levanto até a casa, e me deixa na sala

- Isis tá grávida. - formiga solta na lata

- Do Mauro? - ele concorda com a cabeça

- Bora ver se ela vai ficar com ele Memo ou vai pular do barco. - Isis desce a escada e vem em nossa direção

- É um seguinte mina, se tu quiser te dou uma grana e tu vai embora. - ela me olha e chuta a cadeira de rodas

- Vai tomar no teu cú, Baruk! Tô com o Mauro em qualquer momento e se preciso enfrento tudo pra ir visitar ele. - dou um sorriso de lado, se fosse a Natieli teria escolhido o dinheiro

- Vamo organizar os bagulho pra você ir lá. - ela concorda com a cabeça e vai pra cozinha

- Vou te levar no colinho lá em cima. - Formiga fala achando graça

- Vai te foder irmão. - ele gargalha

- Quando quiser descer me liga. - ele fala me colocando na cama, sem cuidado nenhum essa peste

- Tô aqui do lado com a Antonela. - ele faz um toque e saí

Marjorie sai do banheiro e vai direto pro closet se trocar, ela volta penteando o cabelo e não fala nada, ela sai do quarto e depois de um tempo volta

- Tá na hora dos seus remédios. - ela me entrega um copo com água e vários comprimidos

- Não falei por mal pô. Tu tá começando a viver agora, vai se prender comigo assim. - ela levanta e sai do quarto bravinha.

As coisas só tão lascando pro Baruk em kkk.

Bom final de domingo meninas ♥️

Quero 60 curtidas pra deixar a autora aqui feliz e voltar com tudo amanhã.

Amo vocês! ♥️

VENDIDA NO MORRO DO AMOR Onde histórias criam vida. Descubra agora