CAPÍTULO 52

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                           Formiga

Sou o Brayan mais não é qualquer um que sabe meu nome não tá ligado?! Matei esse mané  a 10 anos atrás e me transformei no formiga, quando vi meu pai matar minha mãe e minha irmã na minha frente.

Esse filha da puta era um desgraçado da porra, nois só passava fome, morava num barraco que quando chuvia molhava mais dentro do que fora.

Vivia vendo minha veia se matar limpando a casa dos outros pra entregar a grana toda na mão dele.

Com 15 anos virei aviãozinho e assim fui crescendo tá ligado?! Meu dinheiro, o desgraçado pegava tudo e ainda me batia pra porra.

Certa vez cheguei e vi o desgraçado matando minha mãe e irmã na facada, tava doidão. Na hora minha mente não pensou em nada não pô, o ódio me consumiu por completo.

Quando voltei pra realidade tinha matado meu próprio pai com umas pá de  facadas, a primeira pessoa que eu matei foi do meu sangue.

Joca junto com teu irmão me ajudaram pra porra, tinha um apego do caralho nós dois. Mas Memo assim sempre fui sozinho no mundão.

Conheci a Antonella em um baile aqui, a mina veio com as amigas e caiu na lábia do vagabundo, teu pai não curtiu não e expulsou ela, agora moramo juntos, gosto dela.

Nessa vida do crime tamo sujeito a tudo, peguei cadeia pela primeira vez com 19 anos, passei 2 anos só e foi foda, de lá pra cá nunca mais cai lá dentro.

Meu sonho desde menor sempre foi conquistar meu morro e ajudar os menor tudo sem caô. Infelizmente pra isso precisei passar por cima de um, mais fazer oque na melhor hora alguém faria a mema coisa comigo.

Tava na laje de casa fumando um baseado, quando escuto um passo olho e vejo o mané do dodô, essa porra acha que é meu chefe.

- O que foi dessa vez parça?

- A invasão vai ser quando?

- Não sei não! Baruk tá inseguro das perna ainda

- Tem que armar pra dessa vez ele morrer em.

- Fica na paz, que já tá tudo no esquema.

- Tô confiando em tu irmão. - ele fez um toque comigo e desceu

Não confio 100% em ninguém hoje em dia, em quem era pra me trazer segurança matou minha mãe.

Fiquei bolando mais um baseado e pensando numas fita que tenho que resolver, sei lá se tô indo pro caminho certo, mas tô ligado que meu morro eu terei, custe oque custar.

Fico mais um tempo ali sentindo a brisa na cara, quando sinto alguém me abraçando por trás, pelo cheiro é a minha cheirosa

Antonella é a única pessoa que por um momento me faz trazer o Brayan de volta, mas seguro ele pô, esse lado é minha fraqueza.

Me viro pra ela dou um  abraço apertado, dou um cheiro no teu pescoço e ela de arrepia toda, fica na ponta do pé e me dar um selinho

- Sentir tu falta. - ela passou 3 dias na mãe dela, seus pai se separou depois que ele expulsou ela

- Sentir também pô. Mas tu vai ter que passar um tempo na tua mãe. - ela me olha sem entender

- Por que isso agora Brayan? - já fecho a cara, ela sabe que não curto que me chama assim e só me chama quando tá bolada

- Tá bolada fia? Vamo desenbolar. - ela fecha a cara

- Vai acontecer umas paradas pô, não posso te por em risco. - faço carinho na sua bochecha e ela empurra minha mão

- Que bagulho?

- Não é assunto pro teu bico. Só faz oque tô mandando e logo mais estaremos de volta.

- As meninas vão ficar?

- Eu tenho que proteger você Antonella, caralho. Difícil entender?

- Não precisa ser grosso. - ela cruza os braços e faz um bico

- Pô, morena! É por teu bem. Não posso correr o risco de algo acontecer com você

- Tá formiga, já entendi. - ela se afasta mais

- Para com isso pô. - abracei ela e a danada continua de braços cruzados

- Sai, cara! Tô de graça não. Não é pra eu ir? Vou agora. - ela se afasta e desce as escadas

Antonella as vezes é bem infantil, quer tudo do jeito dela. Acostumada a ser mimada, faço de tudo por ela também pô. Mas certas coisas não posso fazer não.

Preciso levar ela sem ninguém saber, vou correr o risco nessa porra não. Desço e vou até o quarto, ela tá colocando as coisas dela em uma mala, me encosto na parede e fico observando ela calado

- Você se cansou de mim né? - ela fala e vejo que tá chorando

- Para com essas noias mulher. Tô fazendo isso pro teu bem e já te falei na melhor hora nois volta pra cá.

- Então por que isso agora?

- Para de ser teimosa, agora não é o momento. Só agiliza tudo e não espalha pra ninguém que tu vai embora. - ela me olha desconfiada

- Oque você aprontou?

- Nao aprontei nada. - ela fecha a mala e põe no chão, vai em direção a porta e me olha

- Não precisa vim atrás, vou sozinha. - ela sai e tentar fechar a porta e eu seguro

- Vou contigo até lá. - pego a mala da mão dela e vou descendo na frente, mulher tinhosa da porra.

Olho movimento e desfarço colocando a mala no carro, ela entra e eu também, ela coloca o cinto e cruza os braços, começou a tocar uma música e falar pra tu essa música mexe comigo pra um caralho.

" Eu falei que era uma questão de tempo e tudo ia mudar, e eu lutei
Vários me disseram que eu nunca ia chegar, duvidei, Lembra da ladeira, meu? Toda Sexta-feira meu melhor amigo é Deus e o segundo melhor sou eu."

Cheguei até o condomínio de luxo que a mãe dela mora, ela tira o cinto e me olha, fico olhando pra frente por um tempo e em seguida a encaro

- Eu te amo pô e se algo der errado curte tua vida. - ela me olha e percebo que está preocupada

- Eu tô com medo. - ela se ajeita e senta no meu colo

- Fica não pô. Tô fazendo tudo que tenho que fazer pro nosso futuro. - ela concorda com a cabeça

- Eu te amo e seja oque for, pensa em mim se for alguma doideira. - o foda que isso não posso prometer,  tudo é uma doideira.

Dou um beijo nela, abro a porta e ela sai, pego sua mala, ela me dar um abraço e entra. Volto pro morro e faço um sinal com a cabeça prós menor liberar minha entrada.

Volto pra casa, pego uma cerveja e fico sentado no sofá bolando uns planos.

Boa noite ♥️

Sei que muitas estão me odiando hahahhahah. Mas confiem na mãe e PRESTEM bastante ATENÇÃO nos detalhes.

VENDIDA NO MORRO DO AMOR Onde histórias criam vida. Descubra agora