VENDIDA NO MORRO DO AMOR

CAPÍTULO 87

                           Marjorie

Hoje eu tenho uma apresentação super importante na faculdade, falei pro vacilão do Baruk vim pra casa cedo, a menina que cuida deles está doente. Acabei mudando minha faculdade para semi presencial e quando precisa sempre vou no período da tarde. Começo a ligar pro pateta do pai dos meus filhos e só dar caixa postal. Pego os dois e decido ir até a boca, assim que chego lá vejo uma turminha e pelo visto tão fazendo churrasco na frente da boca, vou indo na direção deles, até que um vapor me barra, olho pra ele séria e o mesmo faz uma careta com medo.

- Patrão tá aqui não. - ele finalmente fala, depois de um tempo pensando

- E cade ele? - seguro firme na mão do Rael que tá querendo correr pela rua.

- Sei não, patroa. Ele disse que ia resolver umas coisas e depois voltava

Vejo o rapaz olhando na direção de uma casa e balança a cabeça em negação, olho pra trás e vejo o Baruk saindo de uma casa com uma menina, solto uma risada sem humor, viro o Rael que já tá com um espetinho de carne na mão e vou indo embora, escuto Baruk me gritar e pelo visto tá com uma voz de quem tá achando graça a situação.

- Mulher, me espera. - ele me alcança e pega na mão do Rael, que reclama por ele ter feito sua carne cair, a criança já abre o bocão pra chorar.

- Vou pegar outro menino. - ele saí correndo e volta com outro espetinho e estrega pra ele.

Percebi que a tal menina está parada próximo a nós me encarando, na verdade ela tá meio que com receio de chegar muito perto. Olho pra ela sem acreditar, Baruk me olha e solta uma risada engraçada, chama a menina com a mão e me olha.

- Tu acredita que eu tinha uma irmã perdida? Vagabundo do Joca nunca me contou essa parada. - olho pra ela desconfiada

- Não tô metendo o louco não. Aqui está todos os exames que ele me fez fazer. - pego na mão e começo a conferir e pelas mensagens com o joca, ela realmente é filha dele.

- Bom, prazer Julia. - ela estende a mão e solta um sorriso simpática

- Prazer, Marjorie. - ela começa a brincar com o Joaquim que tá rindo a toa pra ela.

- Você vai morar aqui agora? - ela nega com a cabeça

- Na verdade não... me caso daqui 15 dias e vou embora para Brasília com meu noivo, ele vai a trabalho. Só vim mesmo convidar vocês para o casamento. - solto um sorriso gentil pra ela

- Desculpa por ter pensado besteira. Teu irmão parece que tem mel no meio das pernas. - ela solta uma risada

- Aqui está o convite. - ela me entrega e isso me faz lembrar que nem comecei a planejar o meu... Também, com tanta coisa acontecendo nem parei pra pensar.

Dou um tchau pra ela e convido para ir almoçar amanhã com o noivo lá em casa, Rael e Joaquim ficam com o Baruk lá na rua e eu volto pra casa pra pegar minhas coisas, entro no carro e sigo meu caminho até a faculdade, graças a Deus a apresentação foi rápida e deu tudo certo. Mando uma mensagem para as meninas chamando pra me encontrar em um barzinho aqui perto, as duas cachaceiras toparam na hora.

- Eu precisava tanto de uma cervejinha. - Antonela fala dando um gole na sua cerveja

- Descobrir hoje que tenho uma cunhada. - falo enchendo meu copo

- Eu soube desse babado, mulher. - Isis já tá com uma coxinha na mão

- Ela parece ser legal e bem simples.

- Soube que ela morava no interior e vai casar com um advogado. - Isis é muito fofoqueira.

- Ela veio chamar a gente para o casamento.

- Vocês tem que ir. - concordo com a cabeça

- Isso me fez lembrar que nenhuma de nós três planejamos o nosso casamento. - as duas solta uma risada

- Ah, da muito trabalho planejar casamento, imagina três. - Antonella faz uma careta.

- Estava pensando aqui... Por que não fazermos um casamento só? Poderíamos casar juntas. - olho pra Isis pensando na idéia e até que eu gostei

- Ahhh, eu super topo!!! Igual a série três é demais. As amigas casando juntas. - ela solta um gritinho, Antonella é sempre a mais animada.

- Bom que assim os gastos são divididos para os três patetas. - Isis fala de boca cheia

- Então eu conheço uma mulher que cuida dessas coisas de casamento. - Antonela começou a mostrar o trabalho da organizadora e até que eu gostei.

Passamos umas 5 horas falando sobre nosso casamento, confesso que tô bem feliz com essa idéia, será um máximo casar nós 6 no mesmo dia. Chego em casa e já escuto o choro do Rael, abro a porta e vejo que ele tá de braços cruzados olhando sério pro Baruk

- Cara, o Danoninho era meu. Você comeu o seu mais cedo lembra? - começo a dar risada, Baruk é pior que criança.

- Dar pra ele Baruk. - ele me olha e faz uma careta

- Cada um comprou um, Rael comeu o dele cedo, então agora não adianta chorar. - balanço a cabeça e vou até a cozinha

Pego outro Danone e entrego para o Rael, ele olha pro Baruk e mostra a língua e saí correndo rindo, Baruk chinga ele e eu olho rindo da situação, as vezes sinto que sou mãe de três. Deixo eles lá em baixo e subo pro quarto, tomo um banho rápido, visto uma roupa confortável e vou lá pra baixo, vejo que a casa tá um silêncio, vou até o portão e vejo os Três brincando de bola na rua, Baruk é o pior de todos, perde a linha com uma criança de 2 anos.

Fico ali sentada vendo os três brincar quando vejo uma senhora se aproximando, ela parece está bem nervosa, ela me olha e me puxa pela mão, me levando as pressas até a casa da Natana.

Bom diaaa 💥

Oque será que aconteceu com a Natana em???

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