CAPÍTULO 54

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                            Baruk

Fico mais um tempo ali e a minha mente tá a milhão, não sei que porra eu devo fazer esses bagulho me deixa louco.

Cresci odiando ela, meu pai foi um vacilão, deveria ter aberto a porra das cartas e eu também nunca fui atrás pra saber.

Chamei a mãe do Mauro pra conversar e ela me disse sobre essa história dos militar e que foi por Deus, Joca não ter ido naquela época, os cara invadiu e foi direto lá em casa, não machucaram ninguém, tava até estranho a parada.

Depois de anos ter ela de volta me deixou todo coisado, ainda mais agora sabendo da porra toda da verdade.

Não sei nada dela, se é casada, se tenho irmãos, se o filha da puta do pai dela ainda tá vivo. Marjorie tá querendo chamar ela pra um almoço, mas não gosto dessas intimidade não.

DIAS DEPOIS...

Hoje seria o tal almoço, mulher é bicho doido Memo, Marjorie entrou tanto na minha mente que me fez até lugar e convidar a mulher e ela vem com o tal marido e tenho até um irmão, era só oque me faltava ter um irmão playba.

Me troco e escuto uns barulhos la de baixo, respiro fundo pego a porra da moleta, não posso exagerar ainda e vou descendo as escadas, assim que chego no final encontro um menor de braços cruzados me encarando, falar pra tu o menor é a minha cara.

Ele me olha de cima a baixo e estende a mão, aperto a mão dele, ele cruza os braços e sai andando na frente, dou uma risada, deve ser filho dela também.

Marjorie arrumou a mesa na parte da piscina, vejo a Solange lá com um cara ela me olha e fica sem saber oque fazer, dou boa tarde e sento, o menor continua me olhando

- Tu tem uma arma? - acabo rindo da pergunta dele

- Benjamin. - ela fala repreendendo

- Tenho sim

- Tenho uma também. - ele levanta a blusa e me mostra uma arma de brinquedo, espero que o Rael seja assim

- Benjamin curte essas coisas de armas. - ele fala tentando puxar assunto

- Esse daí é irmão do Baruk mesmo, até na personalidade. - percebo que a Solange solta um sorriso de lado

- Tenho arma de água também

- Quando tu fizer 18 anos, te dou uma de verdade. - Marjorie me dar um beliscão e o moleque abre o sorriso

- Até que você não é chatão

Marjorie começa a por as comida na mesa, nois vai comendo e fico esquisito ali, não tenho intimidade com ela e vou falar pra tu, não sei nem como agir.

Depois do almoço entro pra cozinha, vejo que ela está lá, ela me olha e respira fundo

- Não consigo esquecer tudo não. Passou muito tempo pô

- Eu entendo... Prometo não ficar invadindo seu espaço

- As coisas tem que ser com calma pô. E o menor ali sou todinho. - ela dar uma risada

- Ele tá doido pra ver sua arma. - dou uma risada

Deixo ela lá e vou lá pra fora, vejo o menor se aproximando, ele tá com duas latinha de coca na mão, me entrega uma, abre a sua dar um gole e me olha, esse menino sou eu todo porra

- Eu sempre quis ter um irmão

- Eu nunca quis

- Mas agora tu tem mané. - até me engasgo com a ousadia dele

- Sou exemplo pra você não menor

- Então você não quer ser meu amigo? - ele me olha e parece tá triste

- Se eu for teu amigo, serei o amigo que te ensina coisa errada

- Pode ser. - solto um sorriso

Ele fica Ali do meu lado tomando sua coca e eu também fico na minha paz.

Depois de um tempo eles vão embora, me sento na beira da piscina e eu vejo a Marjorie se aproximando

- Até que não foi tão ruim

- Foi de boa até

- O menino é a tua cara e tem seu jeito todo. - ela dar risada

- Ele me chamou de mané

- Será que o Rael será assim?

- Eu espero que sim. - coloco a mão na barriga dela e o Rael chuta, esse daí vai ser jogador de futebol.

Escuto um chorinho e vejo a Isis entrar, ela ficou um tempo em uma tia dela com a mãe

- Em nome de Jesus, alguém segura essa menina. - me levanto e pego ela no colo

Ivy é a cópia do Mauro e tem o choro dele também, quando menor qualquer coisa ele abria a boca pra chorar, solto um sorriso lembrando das paradas.

Fico balançando ela e começo a contar a história do dia que eu e o pai dela robamo manga e meu tio fez a gente devolver e ainda levamos uma surra daquelas. Percebo que ela tá me encarando, parece até que tá entendendo tudo.

Vou pra sala, me deito no sofá e coloco ela no meu peito, fico pensando em umas paradas, Mauro ficaria doidinho com a Ivy, ele seria um pai foda demais.

Benjamin, 05 anos

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