Marjorie
Acordo no outro dia super cansada, não conseguir dormir nada essa noite.
Fiquei um bom tempo acordada pensativa, relendo a mensagem várias vezes e quando finalmente peguei no sono, Rael começou a chorar, normalmente o Baruk me ajuda na madruga, mas como amanhã ele tem uma missão, preferi que ele descansasse para que nada dê errado.Levantei, escovei meus dentes e fui pra cozinha preparar o café da manhã, fiz café, esquentei o leite e pedir para os meninos comprar pão, presunto e queijo pra mim, ajeitei a mesa, esquentei o Tetê do Rael e fui lá ver se meus homens já estavam acordado.
Vejo o Baruk com o Rael deitado no seu peito, assistindo algo no celular, ele jura que o menino está entendendo tudo sobre o jogo do flamengo.
- Bom dia
- Bom dia, costelinha. - ele insiste em me chamar assim
- O café já está pronto. - ele me entrega o Rael e vai para o banheiro, depois de um tempo ele volta e a gente desce pra cozinha.
Tomamos o nosso café, ajeitei a cozinha e subi para dar um banho no Rael, depois levei ele na Isis, ela iria ficar com ele pra eu ir até a Natana e entender essa história direito.
Baruk fez questão de ir comigo, justamente por isso tô indo logo cedo, hoje ele tem "trabalho" fora do morro.
Assim que chego em frente a casa, sinto um arrepio muito grande, vou entrando e olho na direção do chão onde eu ficava, a corrente e coleira ainda estão ali, Baruk me olha e passa as mãos nas minhas costas fazendo um carinho, respiro fundo e abro a porta que dá entrada para a sala
Assim que entro percebo que está tudo desarrumado, vejo que tem uma foto da Natieli na mesinha da sala e outra em cima do sofá velho que tem ali, vou até o quarto e encontro a Natana abraçada com uma blusa da filha.
Ela percebe nossa presença e olha assustada, percebo que está mais magra, sua vaidade foi embora, está com cabelos brancos aparecendo, com olheiras, ela levanta e em seguida pede espaço para passar e vai até a sala
- Tá fazendo oque aqui? - ela pergunta me olhando e senta no sofá.
- Quando ia me contar que tenho uma herança para receber? - ela me olha surpresa
- Tua tia faleceu e deixou uma grana boa pra ti e tu só pode pegar quando fizer 21 anos. - ela responde sem demonstrar reação nenhuma
- E por que nunca me contou?
- Pra ser sincera? Meu intuito era pegar tua grana e colocar você pra pastar. - nessa hora sinto meu sangue ferver
- Você é uma vagabunda mesmo. O dinheiro já foi liberado e graças a Deus estou livre de você. - ela solta uma risada sem humor
- O burro do teu pai sabia da grana e me colocou como tua tutora até pra assinar lá como testemunha.
- Tenho certeza que qualquer advogado quando souber da minha história vai fazer questão em te por na cadeia.
- Como se eu tivesse algo a perder. - ela se levanta e me olha
- Eu nunca gostei de você, só fiquei te aguentando todo esse tempo por conta do dinheiro. Tu é burra igual teu pai. - quando ela toca no nome dele, eu viro um soco que acaba quebrando seu nariz na mesma hora.
- Você é uma vadia, garota. - ela coloca a mão no nariz que começa a sangrar
- Eu deveria dar a ordem para te matar sabia?
- Eu já disse não tenho nada a perder.
- Mas tudo isso seria muito fácil não acha?! Você vai sentir na pele tudo que eu sentir, vai dormir na coleira, vai comer vômito, vai apanhar todos os dias e ainda por cima vai limpar 5 casas por dia de cada morador, até eu decidir te matar e detalhe só vai comer as migalhas. - ela me olha sem acreditar
- Me mata logo Marjorie, se vinga de uma só vez. - solto um sorriso
- Até a morte pra você é pouco. - quando eu ia sair volto e dou mais 2 socos na cara dela, isso é só o começo.
Olho pro Baruk que entende na mesma hora, ele chama um vapor que a leva até a salinha, mas de um jeitinho diferente, ela foi na coleira e engatinhando igual a um cachorrinho
Eu nunca fui uma pessoa vingativa, muito pelo contrário eu ia deixar ela em paz, só que essa mulher me fez muito mal e merece sofrer um pouco.
HORAS DEPOIS...
Mauro e Baruk foram pra uma missão com o formiga e eu fiquei na casa da Isis com ela e Antonella, estávamos na sala quando meu celular começa a tocar
LIGAÇÃO ON:
- Alô Senhora Marjorie?
- Sim, é ela!
- Sou a Maria, era advogada da sua tia e preciso conversar com você pessoalmente sobre sua herança. - ela me passa o endereço do seu consultório e eu fico de ir lá amanhã às 10h da manhã confesso que estou bem ansiosa.
Fico a tarde inteira com as meninas ali até os 3 bandidos chegar, vou pra casa tomo apenas um banho e capoto com os dois homens da minha vida.
DIA SEGUINTE
vou com a Antonella até o endereço combinado e é um edifício bem chique, sou guiada até a uma sala de espera e depois de alguns minutos sou chamada por uma mulher que aparentar ter uns 50 anos.
- Bom dia, sou a Maria. - ela estende a mão
- Bom dia. - me sento junto com a Antonella
- Bom, eu vou ser bem breve. Sua tia não tinha filhos e acabou deixando todo seu dinheiro, casas e empresa em seu nome. - olho pra ela assustada
- Empresa?
- Sim, ela era Dona de uma empresa voltada a arquitetura e engenharia, uma empresa bem famosa. - ela pega um papel e me mostra uma quantia, eu faço um O com a boca
- Miga, tu tá milionária. - ela fala sem acreditar.
Resolvo toda a papelada e graças a Deus eu não precisei da Natana, volto pra casa e conto tudo pro pessoal que fica sem acreditar
Da pra acreditar que eu passei fome todos esses anos e hoje eu descubro que sou podre de rica?!
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VENDIDA NO MORRO DO AMOR
Roman d'amourMarjorie e Baruk dois caminhos são laçados com a ironia do destino.