CAPÍTULO 82

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                             Isis

A angústia está tomando conta de mim, me apeguei bastante a pequena Mada, pra falar a verdade depois de tudo que ela passou, a minha vontade mesmo é guardar ela dentro de um potinho e sempre proteger. Eu e o Mauro estamos atrás para pegar a aguarda dela e adotar, mas agora com essa mulher que diz ser avó dela, tá sendo impossível. Já pensei até em fugir com as duas, mas sei que só iria
Piorar ainda mais a situação.

Lembrei de uma tal conhecida que a Juliana tinha, deixei as duas pequenas com a minha mãe que veio passar um tempo conosco e fui até lá. Assim que cheguei, chamei a Antonella pra ir comigo, a menina já sabia da nossa visita e estava bem desconfiada.

- Eu vou ser bem objetiva, apareceu uma tal de Joséfa dizendo que é avó da Madalena e  quer levar a menina embora. - ela me olha e faz uma careta.

- Ju nunca se deu bem com a mãe, ela sempre foi alcoólatra e nunca tratou bem a filha e muito menos a neta. Mada nunca teve tanto contato com ela, por que sempre ela era bastante agressiva.

- E por que essa desgraçada tá querendo a menina agora?

- Por dinheiro, certeza. - olho pra ela respirando fundo.

- Mas se fosse isso ela já teria pedido. Até por que dinheiro é o que não falta.- Antonella fala me olhando.

- Bom, a única coisa que sei, que ela não vai cuidar bem da menina. - tudo isso me deixa cada vez mais sem chão.

Agradeço a menina pela ajuda, dou tchau para a Antonella e vou seguindo meu caminho, estou de carro então cheguei rápido. Vejo que a Mada está no canto da sala, abraçando sua próprias pernas.

- Oque aconteceu meu amor? - me aproximo dela e vejo que ela se afasta.

- Eu não quero ficar você... - olho pra ela sem entender

- Veio uma senhora dizendo que é avó da garota. Ela pediu pra conversar com a neta e eu deixei e assim que ela foi embora a Mada ficou assim. - respiro fundo e olho pra minha pequena Mada

- Vocês vão me matar também? - ela dar uma fungada

- Claro que não meu amor...

- vovó disse que vão fazer igual fizeram com a minha mãe. - sinto um nó na garganta.

Tento me aproximar dela e dessa vez Madalena não se afasta. Seguro na sua mãozinha e ela me olha, seu olhar está confuso... Ela é tão pequena e tá passando por tanta coisa.

- Eu nunca faria nada com você e nem deixaria ninguém encostar um dedo em você... Oque aconteceu com a sua mãe foi um descuido por algo ruim que ela fez... Mas você é uma princesa e aqui só terá amor e carinho. - ela faz um biquinho e pula no meu colo pra um abraço, não consigo me controlar e deixo as lágrimas rolarem.

Mauro entra e fica olhando pra nós duas, deixo ela brincando com a Ivy que está apaixonada pela nova irmã e eu vou conversar com ele.

- A vagabunda da vó dela tá tentando entrar na mente da menina contra a gente. - sinto ele me olhar sério.

- Vou acabar com essa velha desgraçada. - ele me responde em um tom rude

- Primeiro precisamos saber quem é o pai dela. - ele me olha balançando a cabeça

Mauro pega seu celular e vai pra um canto, vejo que está ligando pra alguém. Olho em direção as meninas e vejo a Madá deitada com a Ivy encostada na sua barriga, tá acena mais fofa do mundo. Vejo o Mauro voltando pra minha direção.

- Estão trazendo a tal avó. É hoje que desenrolo esse bagulho. - ele me dar um selinho rápido e saí de casa.

                        Mauro

Esse bagulho sobre a Madalena já tava me deixando irritado. Essa cria já é nossa e já era. Essa Senhora acha que sou besta, vou logo tirar ela do nosso caminho, minha vontade já era logo meter bala na testa. Mas Baruk disse que a Madá sentiria falta e seria mais uma perca na vida dela. Então decidir oferecer uma grana pra ela assinar um contrato que um advogado fez e já era. Assim que entro na salinha, vejo ela sentada de braços cruzados, ela me olha de cima a baixo e solta um sorriso.

- Então é você que não me deixa ficar com a minha netinha? - essa desgraçada é traiçoeira.

- Sua netinha agora é minha filha. - ela solta um sorriso de lado.

- Só não sei qual juiz deixaria um bandido ficar com a guarda dela. Já tô vendo tudo na justiça. - nessa mema hora perco meu controle e tento ir pra cima dela, Baruk segura em meu braço tentando me acalmar. Dou uma respirada funda, olhando pra cima.

- Quanto tu quer? - ela abre um sorriso na mesma hora.

- Ah, isso depende muito. Até por que o problema não sou eu e sim o papai dela que quer a filha dele de volta.

- Quem é a porra desse homem?

- Mas aí é arriscado demais falar, ele pode até me matar. - olho pra ela em negação

- Quanto tu quer pelo nome? - Baruk responde olhando firme pra ela.

- 300 mil reais. - solto um sorriso sem acreditar. Baruk abre a porta e fala com um menor, que depois de uns 5 minutos volta com o dinheiro.

Baruk entrega o bolinho de dinheiro em sua mão e ela começa a conferir nota por nota. Depois de um tempo, ela me olha séria.

- Eu preciso de uma passagem pra fora do Rio se Janeiro, assim assino tudo e sumo. - concordei com a cabeça. Fiz tudo que ela pediu e percebi que ela começou a ficar tensa.

- A sem noção de minha filha a 6 anos atrás se envolveu com um Dono do morro e a bicha foi tão burra que de primeira engravidou, ele nunca sumiu ela e sempre deixou em segredo sobre ser pai da Madá. Sempre ameaçava bastante a Juliana e acredito que foi até ele que mandou ela roubar o bebê. Quando ele soube que vocês estavam com a filha dele, mandou eu vim atrás pra buscar a menina... Ele pode ser oque for, mas sempre foi louco pela filha.

- Fala a porra do nome logo. - já estava sem paciência dessa baboseira toda.

- Ela é filha do HP. - Baruk responde e ela balança a cabeça concordo. Olho na direção dele sem acreditar.

Era só oque me faltava memo, já matamo a porra da mãe dela, agora se acabarmos com o pai , Madalena nunca vai me perdoar. Solto a desgraçada e como combinado dou uma proteção a ela até o aeroporto, ela assina toda a papelada que preciso finalmente.

- Aquela porra nunca disse nada sobre filha. - falo acendendo um cigarro

- HP nao era burro. Tinha vários inimigos, nunca ia deixar a menina exposta pra ataques.

- Esse filha da puta se tentar chegar perto da Madá.

- A guerra já tá feita, irmão. Vamo acabar com ele. - concordo com a cabeça.

Saio de lá com ele e vamos em direção a minha casa, assim que chego vejo a Marjorie na sala com a Madá olhando pra ela séria. Falar pra tu, Marjorie tá magra pra porra, a bicha tá sofrendo mesmo.

Dou um toque com a cabeça pro Baruk e vamo até o lado de fora onde a Isis está com as crianças, vamo deixar as duas sozinhas aí na sala.

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