prólogo

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carolinavoltan das lentes da @bapassos 💓

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bapassos oh minha fã ai ❤️

   C A R O L I N A

bloqueei a tela do celular e voltei a minha atenção a minha irmã que tirava algumas fotos do horizonte. Ela amava o que fazia e eu tinha orgulho da mulher que se tornou.

— água de coco ou nem? — falei alto e ela me olhou, sorrindo.

— você ainda tem dúvidas? — ela voltou a atenção para a câmera profissional em suas mãos.

peguei o dinheiro na bolsa e fui caminhando até o quiosque pela qual, eu ia todos os dias.

— oi Paulinho! Duas águas de coco daquele jeito que só você sabe fazer? — pedi, sorrindo

— pra já, VV!

sentei enquanto via o senhor preparar o coco. Eu sou dessas pessoas que admiram muito o trabalho dos outros, mesmo que seja uma coisa simples.

Paulinho me estendeu os dois cocos e eu o dinheiro, voltei até onde estava nossas coisas e não vi minha irmã. Nem liguei por estar acostumada com ela fazendo esse tipo de coisa toda hora.

coloco o dela na canga e começo a beber o meu, sentindo o líquido gelado descer pela minha garganta, matando a minha sede e um pouco do calor. Observo o movimento da praia e como eu amava esse lugar era indescritível dizer.

sei que por ser carioca e, por isso sou muito suspeita em falar, mas eu não sei o que seria de mim sem essa imensidão de água salgada e um pouco de areia.

— tu já chegou? — Bárbara diz voltando correndo para a minha direção. Era a minha favorita por ter algumas tulipas e begônias. Minhas duas flores favoritas.

— a senhora quer sumir também, né? — falei, ajeitando o boné que estava em minha cabeça.

— precisei tirar foto de um casal de idosos que estavam ali — ela apontou para um pouco depois de onde estávamos — eles eram fofos e me deixaram fazer alguns cliques.

— ficou boa a foto? — perguntei

— ficou, pô — virou a tela da câmera para me mostra e, realmente. Ficaram lindas!

— já falei que tu tem o dom — enalteci minha irmã, e eu sou assim desde muito pequena. Não é querendo puxar o saco, mas fomos criadas assim, uma apoiando a outra.

— é muito trabalho duro também — ela completou.

[...]

— vou dar um mergulho no mar — falei, já me levantando.

— fica mais tempo na água do que os próprios peixes — bárbara brincou e eu fiz careta.

corri para o mar e, só me senti satisfeita quando senti as águas na minha cintura. Mergulhei e deixei a onda comandar minhas vibrações, fiquei alí por um bom tempo, até ver meus dedos enrrugados.

  quando estava voltando para o nosso lugar de sempre, vi Babi conversando com um carinha e pareciam tão entretidos que eu não quis incomodar. Mudei a minha rota para um grupo de homens que jogavam altinha bem perto do calçadão. Já tinha os observado outras vezes por alí, sempre ficavam na mesma posição

— opa? Será que eu posso jogar com vocês? — pedi chamando a atenção deles.

— claro

— pode sim, lógico

— opa, claro pô!

sorri gentil e começaram de novo os toques. Por experiência, eu deixei cair umas duas vezes ou três, mas nada demais. Devo confessar que, eu nasci para o esporte. Seja lá qual for!

por estarmos perto do calção era óbvio que pessoas diversas iriam transitar por ali, mas um olhar em si me tirou o foco. Não era um homem fora do normal, mas seu olhar era curioso e também me deixou curiosa. Ele usava boné, mas dava para ver que tinha cabelos curtos e provavelmente lisos. Era um homem bonito, mas o olhar. Que olhar! 

voltei a prestar atenção no jogo, mas já estavam encerrando a partida. Decidi dar um mergulho para tirar o suor é um pouco da areia espalhada pelo meu corpo.

depois disso, vi que bárbara estava sozinho novamente e fui rapidamente para lá.

— achei que não ia parar de flertar nunca — brinquei, me sentando ao seu lado na imensa canga

— não era um flerte — se fez de desintendida.

— eu te conheço, esqueceu? fala ai, quem era? — parei os olhos na morena ao meu lado, que sorriu boba, enquanto brincava com as pulseiras em seu pulso

— o nome dele é victor, acredita que ele é cantor? — ela parecia surpresa.

— nunca ouvi nenhum cantor com esse nome, diferenciado — busquei na memória, enquanto fazia caretas

— ele não usa victor. O vulgo dele é coringa — ela disse desviando o olhar de mim para o mar.

— nunca ouvi nenhum cantor com esse nome, diferenciado — busquei na memória, enquanto fazia caretas

ah, era TÃO óbvio! como não reconheci o Coringa? Provavelmente pelo chapéu que ele estava usando ou minha visão astigmática não me deixou o reconhecer.

— porra, o Coringa! Como eu não o reconheci? — falei mais para mim mesma, do que para a morena ao meu lado, que ainda estava entretida com suas pulseiras.

— tava aqui tranquila, ai ele passou uma vez e me olhou, eu meio que sorri para ele. Ai ele passou outra vez e pediu para sentar aqui — ela explicou, enquanto pegava seu livro clássico dentro de sua bolsa. Psicologia Humana.

— tem bom papo? — estava curiosa. Não é todo dia que um cantor famoso da em cima da sua irmã.

— ah, ele é legal!

percebi que ela não queria falar muito sobre isso e eu entendo. Bárbara sempre foi mais fechada em contar detalhes, sobre qualquer coisa, enquanto eu, conto tudo minimamente detalhado, sabendo a hora, o local, a razão e mil e duzentos motivos.

— tava jogando bola com os carinhas lá. Passou um homem e pode parecer loucura, Bárbara, mas teve uma troca de olhares. Achei que ele ia ler minha alma — exagerei, porém mais ou menos. Eu realmente senti que havíamos tido uma troca alí.

— fanfiqueira que fala, né?!

começando! 🥳

essa história é uma adaptação, todos os créditos são destinados a autora do livro | kalhama.

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora