C A R O L I N A
acordei com o sol invadindo o quarto. Forcei um pouco a visão sentindo minha cabeça doer. Me mexi um pouco e senti o meu corpo dolorido, sorri ao lembrar porque.
fechei os olhos sentindo o cheiro dele ainda. Mas estava forte demais, como se ainda estivesse presente. Fechei os olhos sentindo o cheiro dele ainda. Mas estava forte demais, como se ainda estivesse presente.
virei rapidamente para trás vendo ele dormindo pesado. Lindo até assim? deixei um beijo delicado na boca dele e como de costume me espreguicei. Peguei com o pé a minha calcinha que estava jogada no chão. Peguei uma camiseta que também estava ali, pelo tamanho era obviamente dele.
me vesti com facilidade. Caminhei até a minha penteadeira e prendi o cabelo em um coque frouxo. Pelo reflexo do espelho vi que ele ainda dormia pesado, apenas uma perna dele estava coberta o resto estava a mostra. Agradeço por ele não se importar em dormir sem roupa.
sai do quarto indo para a cozinha. Nem demorou para eu estar rodeada dos meus cachorros.
— bom dia meus amores. Mamãe já vai colocar comidinha de vocês, agora preciso servir a nossa visita — falei com a voz de bebê.
apesar deles não terem entendido saíram da cozinha, provavelmente na direção do jardim. Fiz quase as mesmas coisas que todos os dias no café, a diferença é que eu arrumei tudo dentro da bandeja e não na mesa.
coloquei uma camomila dentro de um potinho de mel vazio. Minha mãe sempre diz que o cheiro de camomila pela manhã faz com que tenhamos um dia relaxante.
equilibrando toda aquela comida, eu fui para o quarto e ele estava na mesma posição, graças a deus. Deixei a bandeja em cima da cama e agachei com cuidado até ele.
beijei seu rosto com delicadeza, mas com a intenção de acordar ele. Aariciei seus cabelos e vi ele mexer um pouco.
Arthur abriu os olhos lentamente e sorriu quando me viu.
— bom dia! — cumprimentei ele. Arthur sorriu e assentiu como resposta.
— você é ainda mais bonita quando acorda — ele me elogiou me fazendo sentir o rosto arder.
ele se ajeitou na cama e limpou os olhos me encarando.
— e você acorda galanteador — retruquei virando para pegar a bandeja, mas suas mãos na minha cintura me puxaram para onde ele estava.
— nenhum beijinho de bom dia? — ele fez biquinho e eu sorri me aproximando e deixando três selinhos na boca linda dele
— pô, tu chama isso de beijo?
— eu não vou te beijar com bafo, Art — brinquei e ele ficou sério.
gargalhei voltando a pegar a bandeja.
— papo reto? tô com bafo? — ele perguntou preocupado.
— tô sentindo daqui — continuei brincando e ele ficou sem graça, mas manteve a postura de marrento — brincadeira, você cai na pilha rápido demais — gargalhei e ele revirou o olho, dando risada também.
— acordou com o circo de soleil enfiado no.
— calma. Brincadeira vidinha — peguei uma das torradas. Interrompendo ele.
— só vou relevar porquê a senhora é muito bonita viu? — ele falou com a boca cheia de pão.
— fazer o que hoje? — perguntei.
— o que você quiser, eu topo! — ele disse engolindo o pão na chapa.
— eu tô cansadinha. Bora ficar quietinho? — sugeri.
Arthur sorriu e ergueu a mão pra cima.
— graças a deus. Finalmente estamos de acordo com o programa — ele disse e eu dei risada.
— você é sedentário demais, Deus é mais!
— não é isso, pô. É que eu passo semanas em viagens, shows. Quase não paro em casa. Quando eu tô livre gosto de ficar quietinho — Arthur se justificou e eu achei super válido.
— entendo. Você não fica muito com a tua família não? — perguntei curiosa. Gostaria de saber mais da vida dele.
— demais pô. Passo a maior parte do tempo com eles. Mas esse fim de semana quis abrir uma exceção para você — Arthur me fez me sentir tímida, mas dessa vez foi diferente.
— que bom que eu sou uma exceção — tentava esconder o meu sorriso.
— gosto de ficar contigo — ele deu de ombros — espero que também goste da minha presença.
— tô curtindo também! — omiti. Eu estava adorando a presença dele.
— você sabe que vai ser minha namorada né? — mais uma vez ele insistiu nisso.
— a gente se conhece há uma semana ou até menos. Porque tem tanta certeza disso? — semicerrei os olhos na direção dele.
— sou um cara de amar fácil. E nossa vibe tá batendo, prevejo um namoro — ele disse simples.
— se eu falar que você tá indo muito rápido, você não vai desacelerar né?
— não. Eu tenho minha intensidade, se você não estiver pronta pra ela tudo bem, só me avisa — ele falou sincero.
admiro muito a sinceridade dele.
— eu quero!
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que amor!!
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.