capítulo vinte

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A R T H U R

meu dia foi cansativo, me sentia exausto. Mas recebi uma mensagem dela assim que sai do estúdio.

loirinha 💓
passa aqui p pegar tua blusa, se der!

Arthur
pra tu smp da!

loirinha 💓
Arthur sendo o Arthur, mas já vou avisando.
minha irmã tá aq

Arthur
😬😬 conhecer a cunhada

loirinha 💓
tira o cavalinho da chuva. vem logo, tô te esperando. beijos!

Arthur
vou voando!

ela acaba de melhorar o meu dia e me restabeleceu com uma simples mensagem. Animado peguei meu carro e toquei pra casa dela que era uma meia hora dali.

incrível como é que a avenida Francisco Bhering nunca tem trânsito, só agora inventou essas coisas. Meu cansaço voltou de novo, só voltou quando meu celular apitou mostrando notificações dela.

loirinha 💓

ela tira as fotos dela

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ela tira as fotos dela. KKKKK essa foi agora pouco, no exato momento eu estou feia, lide com isso!

Arthur
ô meu novo fundo de tela aí!
pô carolina, cala os dedos, você nunca fica feia!

loirinha 💓
🤨

voltei ao estresse do trânsito, mas meu humor estava melhor para suportar. Depois de quarenta minutos eu consegui chegar na frente do portão dela. Estacionei e liguei para ela, no terceiro toque a voz doce invadiu o carro silencioso.

- fala - ela falou meiga.

- tô aqui no teu portão.

- ...

- tá bom, tô indo

ela desligou na minha cara.

desliguei o carro e desci indo para o portão. Encostei no batente e escutei um farejo de cachorro, provavelmente ela estava próxima.

logo o portão de ferro se abriu e por ela passou uma Carolina com cabelos bagunçados e presos em um coque. Ela vestia um short de malha e uma camiseta qualquer da Tarantino. Perfeita!

nem deixei ela dizer um "a" e já puxei ela pela cintura selando nossas bocas. E quando minha língua tocou o céu da boca dela e ela emaranhou os dedos no meu cabelo, eu senti como se tivesse sido todo o antídoto pro meu dia cansativo e estressante.

eu ficaria ali pra sempre, sem dúvidas.

pela cintura trouxe o corpo dela mais pra mim. Fazia um dia que eu não beijava ela e já era muito!

- que beijinho gostoso - eu disse depois dela encerrar o beijo com alguns selinhos.

- oi né? - ela disse limpando o canto da minha boca.

- senti sua falta - abracei ela sentindo seu cheiro gostoso.

- foi um dia só Arthuzinho - ela sorriu tímida.

- você é linda demais pra ficar longe por tanto tempo - coloquei o rosto na curvatura do pescoço dela e vi estremecer.

- você diz essas coisas e eu fico convencida - ela falou abafado.

- já era pra tá acostumada. Eu não vou aguentar ficar aqui contigo, vamos dar uma volta? Preciso aproveitar!

ela ficou em silêncio como se pensasse.

- tá, vou avisar a Bárbara e já volto - ela se desfez de mim e correu pra dentro de casa.

dei a volta no carro indo pro motorista. Silenciei o meu celular, nada estragaria nosso momento. Não faço ideia de quando vou ver ela de novo com essa agenda lotada.

logo ela apareceu com um sorriso no rosto. Carolina fechou o portão e andou pacientemente até a porta do passageiro. Não demorou pra estar dentro do meu carro.

- aonde vamos senhor? - ela perguntou colocando o cinto.

- vamos parar só quando acharmos um lugar bonito e calmo - comentei e sei que não era difícil.

- ok, ok. como foi seu dia? - ela perguntou atenciosa.

- foi complicado. Algumas paradas pra resolver, mas tudo deu certo graças a Deus. Ainda consegui organizar minha agenda - comentei.

arranquei com o carro.

- isso quer dizer que já sabe o cronograma das viagens e tudo mais, né? - assenti - vai ficar muito tempo fora?

- infelizmente sim. Algumas semanas - olhei de relance sua postura diminuir e logo ouvi um suspiro longo.

- tudo bem, faz parte! - ela disse positiva e eu sorri. procurei rapidamente com os olhos onde estava a mão dela. Segurei com delicadeza e entrelacei, levando até a boca e beijando levemente.

- queria muito ter a sua positividade. Tô bem negativo de saber que eu não faço ideia de quando vamos nos ver de novo - confessei e ela apertou minha mão com delicadeza.

- assim você não enjoa de mim! - ela disse rindo.

- impossível me enjoar de você.

fomos nesse clima até achar um tipo de monte. Quem me mostrou foi a Carolina, pra variar. Ela conhece lugares desconhecidos pela humanidade.

tínhamos a visão da maior parte de Ipanema dali. Mas o melhor era olhar para aquele rostinho angelical com personalidade dela.

- vai ser tanto tempo assim? - ela perguntou, e parecia menos otimista do que antes

- vai sim. Mas vamos curtir o que nos resta! - falei me aproximando delicadamente dela e beijando seus lábios macios com gosto de gloss de morango que ela usava.

Carolina alisou o meu braço até chegar no meu rosto de ali fez um carinho. Senti meu corpo fraquejar.

ela tem poder sobre mim e eu me amarro nisso.


feliz ano novo rapeizi 🥶🥶

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora