capítulo trinta e seis

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C A R O L I N A

arthur quis fazer surpresa sobre onde me levaria hoje. e eu estava instigada por saber o que é, mas preferi deixar isso nas mãos dele.

mas eu estava absurdamente ansiosa. não sabia o que me aguardava. mas, eu já sabia que seria mágico. com ele, tudo acaba sendo. até os gestos mais singelos!

...

— meu deus, a gente tá entrando em um estrada a meia hora e nunca tem fim!

com a contagem da minha cabeça, para o começo da estrada já era uma hora, e só de estrada de barro, umas meia hora. eu não fazia ideia de onde iríamos.

— estamos a cinco minutos do lugar. relaxa! — ele disse, fazendo carinho na minha mão, que estava entrelaçada na sua.

e exatamente contando no relógio, foram cinco minutos até chegarmos em frente uma casa rodeada de mato.

— vai me matar e me enterrar no fundo da casa? — perguntei com humor.

— ha ha ha que engraçadinha — ele disse, desligando o carro — vambora que eu vou te mostrar os meus planos pra hoje!

logo descemos do carro e entramos na casa que tinha uma energia incrível. gostei principalmente por lembrar um sítio. o quintal era igual o meu, só mudava o tamanho. esse era enorme!

— aqui é lindo vida, como achou? — perguntei, vendo ele sorrir e colocar as mãos nos bolsos.

— segredos do trabalho, agora só posso te dizer o que vamos fazer nesse momento! — ele disse se aproximando.

— medo. diz aí?!

— agora, você vai para o quarto, vai vestir o biquíni, porque o sol daqui tá de matar. então, você vai precisar ficar lá, até eu pedir que saia — ele disse, me fazendo bufar.

— pra que tanta surpresa? — suspirei ele negou, me selando.

— só vai lá, tranca a porta! to confiando em você.

apenas assenti e fui pra esse tal quarto que eu demorei a achar. a casa nem era tão grande assim, eu que nunca me acho nos lugares.

fiz exatamente o que ele me pediu, mas supus que ele demoraria então, eu nem me preocupei em demorar pra me arrumar. quando já estava pronta, me joguei na cama e respondi umas mensagens, antes de colocar meu celular em modo avião. queria aproveitar ao máximo!

— fala tu, minha princesa — arthur disse da porta e eu levantei, indo destrancar.

— porra, que demora — reclamei e ele tinha um sorriso lindo no rosto. fazendo meu mal humor ir embora.

— fecha os olhos e só abre quando eu pedir! — ele pediu e eu fechei.

arthur veio para trás de mim e tapou meus olhos com suas mãos, me guiando até provavelmente ao quintal em que estávamos a um tempo atrás.

— no três ein! — ele disse, tirando a mão do meu rosto — um. dois. e três!

abri os olhos na procura de alguma coisa que eu não faço ideia, mas quando os meus olhos se colocaram embaixo da árvore. ali tinha um pano cobrindo o chão e em cima uma cesta de piquenique com várias frutas.

não pude deixar de abrir o meu melhor sorriso!

me virei pra trás e vi ele com uma florzinha branca nas mãos. coloquei a mão no rosto, surpresa. peguei a flor da mão dele e selei sua boca com demora. abracei ele, ficando na ponta dos pés.

— não consigo dizer o quanto estou feliz agora — eu fui sincera.

as mãos delicadas dele viajavam por todo o meu corpo.

— vamos aproveitar o quanto podemos! — ele disse e eu me afastei, assentindo.

fomos até onde tinha o piquenique e tinham muitos morangos. como ele sabia que morango é a minha fruta favorita? espera, ali também tinha geleia de goiaba.

claro. isso tinha dedo da bárbara!

— não quer abrir a cesta? — ele perguntou, comendo um morango.

eu abri a cesta receosa do que se tratava e dei um sorriso empolgada, seguido de uma risada.

peguei o livro do sergio vaz de lá e de dentro juro que eu senti o coro vibrar de felicidade. eu disse apenas uma vez pra ele que eu lia e colecionava livros dele, e isso já tem muito tempo. ele se lembrou.

de cada um deles.

— explicando. eu não tinha ideia do que planejar, pedi uma pequena ajuda pra tua irmã. ela me disse que você era apaixonada por morangos e geleia de goiaba. a ideia do livro e piquinique foram minhas. mas eu precisei perguntar para a barbara qual livro da coleção você não tinha, e foi muito difícil, como é possível ter mais de cem livros de um só escritor? alguns até mesmo idênticos, com capas diferentes. eu só espero que não fique chateada por eu ter pedido ajuda pra tua irmã.

não deixei mais nada sair da boca dele. levantei voando em cima dele e o beijando apaixonadamente, era assim que eu me sentia.

apaixonada.

consigo acreditar no amor do arthur agora. por mais que muitas pessoas tenham passado na minha vida, nenhuma delas, me fez tão bem quanto ele. nunca chegaram aos pés do que eu sinto quando estou ao seu lado.

nem mesmo conseguiram demostrar um sentimento tão lindo e vasto, em mínimos detalhes. ele era ele. e eu sentia que não faltava nada para ficar perfeito.


ref singelas que tem meu coração!

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora