C A R O L I N A
nove horas de viagem e já rolou briga. coringa e babi discutiram. tudo por causa batalha. o que já era esperado. bárbara achou machista o coringa falar que o lugar dela era na fotografia, e o victor ficou com raiva dela por achar que ele foi machista.
conclusão final: os dois cortaram o clima da viagem e todos estamos nos nossos devidos lugares mexendo no celular, dormindou ou comendo.
— vida? — chamei o arthur que estava com os fones de ouvidos. ele não me ouviu.
cutuquei ele que se assustou.
— ai que susto. o que foi? — ele perguntou.
— será que vai demorar pra parar? — perguntei e ele me encarou confuso.
— QUE? — ele gritou.
o inteligente não tinha tirado o fone. apontei para os ouvidos e ele soltou um "a, verdade" e tirou o bendito dos fones.
— difícil ein — falei e ele continuou me encarando — será que vai demorar pra parar? quero fazer xixi.
— calma ai. eu vou lá ver pra você — ele falou, levantando e indo até o motorista.
arthur deixou o celular desbloqueado e eu olhei o visor. estava nas notas dele e tinha um texto enorme. provavelmente era para o meu aniversário, por isso, eu me atentei a não olhar uma palavra. desviei o rosto até pra janela pra evitar.
— amor, meia horinha — ele falou, sentando e pegando o celular de volta.
— porra, que demora — falei, pegando o meu celular.
eram quatro da tarde e tudo que eu mais queria era chegar logo em jurerê. por mais que no começo estava meio insegura de estarem gastando dinheiro por minha causa, eu estava muito feliz. muito mesmo!
quando arthur disse que seria meia hora, não pensei que fosse o mínimo. estávamos a quarente e cinco minutos comigo segurando o xixi. eu ia explodir, tenho certeza!
— amor, eu não vou aguentar não. pede pra parar, que eu vou no mato mesmo! — falei rápido e arthur gargalhou, mas foi até o motorista. a van parou e eu desci correndo, arthur veio atrás de mim.
escolhi o canto mais escondido possível, e abaixei as calças com o arthur fazendo cobertura pra mim.
— até mijando tu é gata ein — arthur disse, me fazendo gargalhar e perder totalmente o controle do líquido que saia de mim.
— amor, pelo amor de deus — segurei na perna dele, pra me dar equilíbrio — tu nem trouxe papel pra mim, né?
— eu achei que você tinha pegado — ele disse.
— não deu tempo, sai correndo de lá.
ele me olhou malicioso.
— se quiser, eu te seco.
bati nele que gemeu de dor.
— ai, amor, que nojo — repreendi ele, que gargalhou.
— pô, então se seca com alguma folha ai. ofereço minha humilde língua e ela vem com sete pedras na mão.
levantei, me vestindo.
— arthur, você brinca mais que a brincadeira!
seguimos de novo até a van e todos estavam olhando pra minha cara.
— ah pronto, ninguém mija no mato, não é? — perguntei, fazendo todo mundo rir e abrir em rendição.
eu e o arthur voltamos pro final da van e eu aproveitei a visão pra ver o sol se pondo. arthur dormiu pesado.
agora mais aliviada, conseguia curtir mais, apesar de estar cansada, ter eles ali comigo era dádiva!
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beijocas • 1/3
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.