C A R O L I N A
dias depois.
alguns dias passaram e eu tentei agir normal, apesar de querer ligar pra ele e perguntar se podíamos nos ver.
agora, eu tô vendo um pouco melhor e entendo que foi uma briga boba. sem motivo direito. e eu entendo que minhas palavras machucaram ele, pra falar a verdade, nem sei o por que disse aquilo.
eu jamais faria algo para machucar o arthur.
— eu já disse pra tirar essa cara de cu, e ir falar com ele — bárbara falou, sentando do meu lado no sofá.
— ele tá magoado, tô dando um tempo pra ele — omiti. eu estava com medo de ser rejeitada.
— victor me disse que ele tinha pego uma gripe do caramba — ela disse e eu fiquei preocupada.
— droga.
— carolina, você é a namorado do arthur. vai ver ele! — bárbara me aconselhou.
olhei minha aliança sob o dedo e pude sentir meu orgulho desmoronar sob os meus ombros.
— vou lá na casa dele — falei indo pegar uma blusa de frio. do nada, o tempo resolveu mudar.
— ele não tá na casa dele não, maluca — bárbara me lembrou. as quartas, ele vai pro estúdio
peguei meu celular que estava na mesinha e entrei na conversa antiga que eu tive com o papatinho.
carolina
thiago? tudo bem?carolina
tô bem! o arthur esta ai?papatinho
tá sim! quer vir p cá?carolina
não vou atrapalhar?papatinho
não!! a gente deu uma pausa aquicarolina
ah, então tô indo p aipapatinho
carol, eu sei que tá vindo p se acertar
com o arthuzinhopapatinho
mas faz um favor p mim?carolina
claro! manda aipapatinho
pega uma marmitex de fritas p mim?papatinho
é aqui do lado da studio mesmocarolina
pego sim, amigocarolina
o crusher tá com fome tbm?papatinho
ele não tá comendo mt por causa da gargantapapatinho
mas compra p ele também. ele não
tem que querercarolina
já é— vou lá — falei, guardando o celular no bolso do meu jeans.
peguei o meu bilhete único e fui rápido pro ponto. o céu tava ameaçando chover, e tudo que eu não queria era uma chuva agora. parei em frente do ponto que ficava a uns seis minutos do estúdio papatunes.
fiz o que o thiago pediu e peguei duas marmitas de fritas. mandei mensagem avisando que estava na porta e ele falou que tinha deixado aberta pra mim. meio confusa, eu consegui achar o estúdio.
— oi thiago — cumprimentei ele, deixando a sacola em sua mesa.
— fala ai, carolzinha!
passei os olhos pela sala vazia e vi meu namorado dormindo no sofá. aproveitei pra tirar uma foto. ajoelhei na frente do sofá e dei um beijo delicado na boca dele. arthur se assustou abrindo os olhos, me afastando.
— que susto! — ele disse, quase sem voz.
— deixa eu sentar ai — pedi e ele levantou meio desajeitado.
sentei e puxei ele pra deitar no meu colo.
— o que aconteceu que, tu tá aqui? — ele perguntou baixinho, e eu quase nem ouvi.
— cansei de ficar brigada contigo. senti sua falta, amor! — disse passando a mão no seu rosto. que saudade eu sentia de passar a mão naquela barba por fazer.
— que bom, porquê eu tava morrendo de saudade — ele disse baixinho e eu selei rápido.
— o que deu, que você tá assim?
ele me explicou que em um desses dias pegou uma chuva braba e acabou resfriando. ele achou que não era nada, então, não cuidou e acabou agravando pra uma meningite.
— amor, você nem tem alguma coisa pra fazer? não tô atrapalhando? — ele perguntou e eu neguei.
— fica tranquilo e não fala nada, meu bem. evita gastar a voz. vou cuidar de você, tá? — falei manhosa e ele assentiu mimado.
fiquei fazendo carinho nele, até pegar no sono e eu acabei dormindo junto.
— carol? — acordei com o thiago me chamando — acorda o crusher e vai pra casa. ele não queria ir não!
assenti e cutuquei meu namorado, que se remexeu um pouco.
— vida? vamos? — perguntei e ele se levantou no mesmo instante.
— só você mesmo pra fazer ele ir embora — papatinho disse e eu ri pegando a marmita que eu comprei pro arthur, mas ele acabou nem comendo.
— amor, comprei pra tu e tu nem comeu — falei, mostrando.
— é o que?
— arroz, feijão, bife empanado e batata — falei e ele sorriu.
— leva pra mim, vou comer depois — falou e foi na direção do papato.
— papato! é nois sempre — arthur disse fazendo um toque com o amigo.
me aproximei também, beijando seu rosto.
— ai carol — ele me estendeu o dinheiro da marmita, pensei que ele não ia dar nunca.
— não precisa amigo! — recusei e ele negou com a cabeça rapidamente.
— claro que precisa, para com essa! — ele falou e colocou o dinheiro na minha mão e eu ri, negando com a cabeça.
— obrigado por cuidar dele! — encarei o meu namorado, que estava encostado no batente da porta do estúdio, me esperando.
me afastei e eu e arthur saímos do estúdio, indo pro carro dele. fomos em um silêncio confortável. eu tava com tanta dó do meu bichinho, mas ainda muito feliz por termos nos acertado de novo. não fico mais sem esse gostoso.
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beijocas da gabi linda pra vocês!!
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.