capítulo quarenta e sete

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C A R O L I N A

se passaram alguns dias depois do show do luccas e eu ainda me sentia nauseada por todos aqueles momentos. foi uma sensação incrível e indescritível.

arthur me elogiava a cada segundo e eu não reclamo, muito pelo contrário. ele era perfeito. nunca pensei que me entregaria tão rapido assim a alguém que eu mal conheço.

estamos há pouco tempo nesse rolo, mas eu sinto como se fossem anos. é inegável a nossa conexão, mas também não posso negar o meu medo dele simplesmente largar tudo como tem fama.

enfim, vou deixar o tempo levar.

estava fazendo uma trilha com a bárbara e o namorado dela. sim! bárbara já está namorando o curica. e eu de vela. aproveitei a nossa mini pausa para responder o arthur.

arthur 🫀
amor, tô querendo te
mostra um bagulho

carolina
o que seria, vida?

arthur 🫀
na hora você vai ver

arthur 🫀
tá fazendo oq de bom?

carolina
trilha com minha irmã
e o meu atual cunhado

arthur 🫀
coringa tá ai, é?

carolina
no maior love com a
dona bárbara passos

arthur 🫀
queria tá assim com
você agora, papo reto

carolina
esqueci de te falar, meu deus

carolina
vou pra sampa com a babi
acabei prometendo ajudar ela
com umas coisas novas ai

arthur 🫀
por quanto tempo?

carolina
uma semana, talvez duas

carolina
daqui a quatro dias, tô indo

arthur 🫀
tempo demais, não vou aguentar

carolina
vai simm

carolina
qual a próxima previsão
que a gente vai se ver?

arthur 🫀
eu diria daqui a cinco dias

arthur 🫀
mas, como você vai viajar
daqui a, três dias?

carolina
por mim tá otimo, meu bem

eu voltei a atenção no casal vinte e então, decidi ligar a minha lista de músicas no modo vibe leve.

três dias após
rio de janeiro, brasil

malas prontas e preocupada de ficar tanto tempo parada em um lugar que, eu não faço ideia de como ser ativa. os únicos lugares em que eu conheço de são paulo e o masp e o ibirapuera, mas onde iríamos ficar era bem longe desses lugares.

estava me arrumando para ir me encontrar com o arthur. ele nunca me dá uma dica de onde iríamos, não gosto de não ter o controle da situação.

— carol, o arthur chegou, posso deixar ele entrar? — babi perguntou, entrando no meu quarto.

— por favor, babi?! — pedi e ela assentiu, saindo.

suspirei, amarrando o cadarço do meu tênis.

— oi meu bem — arthur disse, entrando pela porta. levantei sorrindo.

— oi minha vida — esperei ele se aproximar de mim pra dar um selinho demorado.

— tá linda — ele falou, se jogando na minha cama.

— pode dizer aonde nós vamos? — perguntei indo passar perfume.

— por que, quer tanto saber? — ele perguntou e eu revirei os olhos.

— preciso saber se estou arrumada demais ou de menos — falei, o óbvio.

— você está perfeita — ele falou e eu sorri boba, revirando os olhos.

fui em direção a cama e pulei em cima dele, fazendo com que ele gemesse de dor. muito dramático.

— ai carolina — ele reclamou. deixei um monte de beijinhos no rosto dele como forma de desculpas — para de fazer isso, se não, eu não vou querer sair do quarto.

— ah você vai querer sim — afirmei — vamos aproveitar o dia, meu bem. o céu tá lindo — falei, me levantando.

estendi a mão pra ele, que segurou. puxei ele pra cima com um pouco de dificuldade. estendi a mão pra ele, que segurou, levantei ele da cama com um pouco de dificuldade, mas o levantei. entrelaçamos nossas mãos.

quando chegamos na frente de casa, eu achei estranho não ver o carro dele.

— cadê seu carro? — eu perguntei, confusa

— tá em casa. eu vim de skate.

— ué. e cadê o skate? — falei ainda mais confusa.

— ta na sua casa meu bem, calma — ele falou engraçado — agora eu posso dizer. a gente vai passar um tempinho na praia, depois a gente vê o que faz

— hm. tá ótimo até agora — fui sincera.

fomos até o quiosque do seu paulinho e pedimos água de coco e ele com o olho que tem, pediu até algumas porções para nós. qualquer coisa com ele era maravilhoso. que droga.


meu amor todinho esses dois!

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora