capítulo onze

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C A R O L I N A

pulei na piscina natural e estava gelada.

  voltei na superfície e vi o Arthur tirar o chinelo e o boné e correr até onde eu estava.

fechei os olhos e senti os pingos em mim, provavelmente ele tinha pulado do meu lado.
 
voltei a abrir os olhos e ele estava um pouco afastado de mim, sorri para ele. ele era ainda mais lindo assim.

— tá gelada — ele reclamou.

joguei água na cara dele e não deu tempo de pensar em fugir, ele segurou minha cintura e pelo impacto acabou juntando nossos corpos.

encarei os olhos dele que poderiam dizer muitas coisas, mas conclui quando ele se aproximou mais do meu rosto.

fechei os olhos quando ele colocou uma mão no meu rosto. Já sentia a respiração dele no meu rosto e, quando ele tocou minha boca percebi que era bem melhor sentir do que imaginar.

ele pediu passagem e eu cedi. A língua dele era macia, assim como os lábios dele. O homem é perfeito!

sua mão alisava delicadamente minha cintura enquanto minhas mãos subiam para a nuca dele, fiz um carinho ali.

nos afastamos e eu tentava reprimir meu sorriso, mas quando abri os olhos e vi que ele me encarava sorridente não consegui mais esconder.

— tô apaixonado Carolina — ele disse e eu revirei os olhos.

— sei!? — falei desconfiada.

ele selou minha boca algumas vezes, até eu afundar ele.

dessa vez fui mais esperta e antes dele voltar na superfície, nadei rápido até o fundo dali.

vi Arthur perdido e me procurando, e quando me achou tentou nadar até mim, mas eu fui mais rápida e nadei para a beira, saindo da água.

sentei na rocha enquanto esperava ele vir até ali. Arthur ofegante deitou do meu lado e eu gargalhei por ver ele nessa situação.

— pô, que sedentarismo — bati de leve na barriga definida dele.

— aí é fácil. Tu pratica esporte todos os dias, eu as vezes ando de skate — ele sentou perto de mim.

reparei seu cabelo solto e sorri instintivamente.

— nunca tinha visto seu cabelo assim. Muito bonito — peguei em alguns fios e me aproximei mais dele.

— também acho ele bonito, mas vou raspar.

me afastei bruscamente dele, incrédula.

— tá comendo bosta Arthur? — perguntei e ele riu.

— trabalho demais. Preciso mudar um pouco também — ele prendeu o cabelo e eu revirei os olhos, voltando a deitar na pedra.

Arthur deitou do meu lado e me puxou para os seus braços. Encarava o céu e estava extremamente azul.

— você é uma das mulheres mais lindas que eu já tive o prazer de beijar — Arthur disse aleatório.

encarei ele com um sorriso no rosto, mas ele me puxou para outro beijo. Dessa vez era mais lento. Separei minimamente dele. Fiz um carinho em sua bochecha e senti a barba por fazer, arranhar minha mão

— aqui é lindo, né?

— demais — ele disse, enquanto brincava com as pontas do meu cabelo molhado.

— amanhã, a gente pode ir para a praia — sugeri.

— eu vou para qualquer lugar contigo — ele disse mantendo a atenção nos meus cabelos molhados.

— vou realmente começar a acreditar que você está apaixonado — brinquei e ele se manteve sério.

— quero você na minha vida — ele fitou meus olhos profundamente.

  eu me achava intensa até conhecer o Arthur. E era para ser assustador, mas não era.

— muito cedo, pode tirando o cavalinho da chuva! — comentei rindo e observando os lábios grossos e rosados dele.

— não tem que ser algo sério ou um relacionamento, realmente. Te quero na minha vida Carolina! Seja como for.

brinde 🤎

agora eu realmente vou ir descansar. obrigado por estarem acompanhando tudinho! xoxo.

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora