capítulo trinta e sete

309 31 4
                                    

C A R O L I N A

arthur pegou a flor branca em que me deu e colocou na minha orelha. apesar da cara de quem não vale nada, ele sabe tratar uma mulher. um dia, eu vou escrever um livro, em homenagem a ele. o título seria: o último romântico do século.

nos tomamos café da manhã com aquele piquinique e ele pediu que eu lesse para ele alguns trechos do livro e eu fiz enquanto estava deitada em seu colo.

— a minha poesia, apesar de pouca e rala, cabe na tua boca. dentro da tua fala — citei e ele apenas escutava.

até que chegou o momento em que eu notei que estávamos falando sobre coisas minhas. então, puxei assunto com ele sobre suas coisas.

era incrível a nossa conexão.

...

— ai carolina! — ele resmungou de dor, enquanto eu puxei um pelinho de sua perna.

— ia te dar outra surpresa, mas você não merece! — ele resmungou e eu o encarei com piedade.

— por favorzinho! — pedi e ele negou, sentando no chão.

— olha aqui pra mim, peste! — arthur disse apontando a câmera na minha direção.

fiz várias poses e ele sorria pro celular, isso me fazia aquecer o coração. depois ele me mostrou no próprio celular que tinha postado no instagram.

 depois ele me mostrou no próprio celular que tinha postado no instagram

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

curtido por bapassos, coringafp e outras 300 mil pessoas.

crushert tão linda, mas so me enrola

ver todos os 34789 mil comentários

bapassos 👀

filiperet namorar é mais gostosin
crushert tô indo nesse ein paizao

gilson.clout pp de soldado perdido 😭

— você não fez isso! — comentei gargalhando e ele riu também — sabe o tanto que as pessoas vão dizer sobre isso, né?

— sim. você se importa? porque eu mesmo não.

dei um sorriso negando.

— por isso que a gente se dá tão bem. apesar de algumas discordâncias, a gente se concorda — comentei e ele assentiu.

ficamos ali, comversando como dois amgos próximos e íntimos. nem percebemos o escurecer do céu. so percebi a diferença, quando senti um arrepio no meu corpo.

— vou pegar sua surpresa no carro! — ele falou e eu corri para o quarto, colocando o meu vestido que eu tinha separado achando que ele ia me levar pra algum lugar.

quando voltei pro quintal, vi que ele também já estava de volta, só que com um violão na mão. minha memória acabou fazendo uma fotografia desse momento. ele estava sentando, com o violão em seu colo, enquanto era possível ver o mar atrás dele. ele é uma obra de arte!

eu acabei dando uma gargalhada e me aproximei dele, me sentando no chão.

— até isso você fez! — eu falei, pegando o violão de sua mão. estava levemente desafinado, mas por prática, eu resolvi isso em um minuto ou dois.

— toco o que? — perguntei e ele ficou pensativo.

— djavan. qualquer uma o pai deita! — ele se gabou e eu ri começando a tocar "amor puro" era bem fácil até.

— te adoro em tudo, tudo, tudo! quero mais que tudo, tudo, tudo! — cantamos juntos.

isso rendeu até uma da manhã, quando os meus dedos já doíam, assim como a minha barriga de tanto rir das gracinhas do arthur. eu estava completamente louca por esse homem.

— vou cantar uma última pra você! — disse e ele se ajeitou na grama.

limpei a garganta e comecei os primeiros acordes.

— e os problemas que eu criei. os lugares que eu passei. as ruas que eu andei. e foram só pra te encontrar — molhei os lábios e subi os meus olhos para os dele, que estavam focados em mim — e os sorriso que eu não dei. os poemas que eu nem sei. os versos que eu cantei. que foram só pra te encontrar — dei um sorriso de lado e ele me acompanhou no gesto — meu grande amor. é o meu grande amor. loucura é estar fora do óbvio. manipula seu celular fora de óbito. é claro que ja conheci paixões. e nesse embasamento coração, deixa lesões. e as rimas que eu rimei. e os sonhos que eu sonhei. e as trilhas que eu trilhei. que foram só pra te encontrar!

— assim meu coração não aguenta — ele disse e eu ri baixinho.

— quero te levar pra onde quer que eu vá. sem vacilar. arthur, cê vem comigo — mudei para o nome dele e vi ele gargalhar — eu te mostro o melhor da vida. que o bem estar é estar ao seu lado. o amor me pegou sem nenhum preparo. e eu vou tentar me encontrar de fato. juro sair do mundo imaginário. eu posso ser a mulher que você sonhou — pisquei e ele mandou beijo — ja pensou. uma casa de frente ao mar, com vista do redentor. sim senhor. o melhor da vida pra nós! morango com chantilli, só nos. a sós. a voz — arthur se aproximou mais de mim, ficando quase cara a cara — lençóis. e tu acende o green e eu pego o destilado. e cê sorri pra mim, eu fico exitada — ele fez cara de malícia e eu gargalhei — pretendo passar vários dias ao seu lado. e vários dias ao seu lado — arthur fez carinho no meu rosto e eu me arrepiei — e os problemas que eu criei. os lugares que eu passei. as ruas que eu andei. e foram só pra te encontrar!

arthur não me deixou terminar o último refrão da música, ele me beijou. coloquei o violão de lado e fui impulsionando ele até que estivesse completamente deitado sob a grama e eu por cima de seu corpo em um beijo delicado. afastei minimamente a boca da dele, para dizer o que eu precisava.

— eu tento ir devagar — voltei a beijar ele com delicadeza, mas durou poucos segundos — mas é impossível com você! — selei ele que abriu os olhos, pra prestar atenção no que eu diria — todo momento você me prova que estou errada na minha tese de que tudo precisa ser demorado pra realmente valer — eu dizia em um sussuro — obrigada por me provar todos os dias sobre esse meu erro. por me fazer feliz nesse pouco tempo. apesar do receio, eu não aguento mais me privar. hoje você conseguiu me provar o quanto é merecedor do meu coração pô! — ele prestava atenção, sem expressar nada.

— quer dizer o que com isso?

nos dois estávamos falando em um sussuro, como se tudo isso fosse um segredo que precisava ser partilhado apenas para nós dois.

— quer dizer que, eu quero viver cada momento com intensidade, sem medo do amanhã. nunca estive no auge da minha felicidade com alguém. preciso de você, ramos!

desabafei e arthur trocou as nossas posições, com um sorriso enorme e lindo em seu rosto. fazendo meu coração se encher de alegria.

— eu preciso de você também, carolina. quero ter o máximo que eu puder de você!

— não me importo em ser brega com você. isso que é foda! — gargalhei e voltamos a nos beijar como loucos.


um dos meus caps fav!!

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora