capítulo trinta e oito

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A R T H U R

tinha acabado de ter uma noite incrível com a carol. superou todas as minhas expectativas. e com ela, é sempre assim. agora ela estava dormindo relaxada.

coberta apenas por um lençol branco que moldava maravilhosamente seu corpo perfeito. eu ainda estava morrendo de sede, matava o resto da garrafa de água que eu tinha pegado pra nós dois.

deitei totalmente relaxado, prestes a dormir novamente. até meu celular começar a tocar. cinco da manhã. quem liga para os outros às cinco da manhã?

eu peguei o meu celular no criado mudo, prestes a desligar, mas assim que eu vi o nome da minha mãe na tela, me desesperei o suficiente para atender rapidamente.

arthur
mãe?


amor da minha vida 💞

oi filho. me perdoa te ligar essa hora,
mas seu avô passou mal e estamos aqui no hospital

arthur
tô indo ai!

levantei da cama, colocando a bermuda do jeito que dava.

amor da minha vida 💞
não! mesmo se você viesse, não teria como.
o horário de vista é oito horas, aqui só acompanhante.

arthur
eu não posso ficar esse tempo todo
sem fazer nada pelo careca, mãe!

amor da minha vida 💞
pode manter a calma, filho. tá tudo bem agora.
e eu só liguei também pra te pedir pra ficar em
casa com seus irmãos.

arthur
fico. daqui a pouco tô em casa

amor da minha vida 💞
obrigado meu filho. desculpe por interromper.

arthur
nada mae, interrompeu nada

amor da minha vida 💞
beijo. fica com deus meu filho

desliguei o celular e olhei para a carolina, que dormia serena, fiquei até com pena de acordar ela. mas era necessário, eu estava pilhado com esse negócio do careca.

— carol? — chamei ela que se mexeu até acordar — infelizmente a gente vai precisar ir agora!

pelo sono, ela só concordou e demorou um pouco para processar as coisas, até que levantou indo atrás das suas roupas. enquanto ela fazia isso, eu organizava a nossa bagunça.

deu meia hora e já estávamos no carro em um silêncio perturbador.

— o que aconteceu? — ela perguntou, com a voz rouca.

— preciso resolver uma urgência com a minha família. sinto muito por não conseguirmos passar esse fim de semana juntos — lamentei.

— fica tranquila. vão ter mais pela frente!

ela foi compreensiva.

o caminho todo, eu fui pensativo e carolina em silêncio. deixei ela na casa dela que me deu um beijo e disse que eu podia contar com ela. agradeci por isso.

quando eu cheguei em casa, meus irmãos ainda estavam dormindo. aproveitei pra me informar mais sobre o que aconteceu e pelo que pareceu, foi indício de um infarto.

senti meu peito doer por isso. varei o dia e assim como eu, fran e lucas estavam inquietos e ao mesmo tempo, calados. a gente estava preocupado com aquele velho careca!

quando deu o horário de visita, peguei as crianças e fomos pro hospital, não tinha com quem deixar elas. apesar de que, poderia pedir pra carolina, mas já incomodei demais depois de cancelar nosso fim de semana.

— você não pode fazer isso com a gente não, coroa — falei, apertando as mãos dele.

— vaso ruim não quebra nunca, meu filho!

— homem pare de falar isso — minha avó falou irritada e eu dei uma risada.

— conversei com meu pai e minha mãe. a gente acha melhor é vocês dois se mudarem lá pra casa — eu disse, fazendo minha avó fazer careta e ele sorrir.

— a gente não quer incomodar, meu filho — minha avó me abraçou de lado.

— incômodo mesmo vai ser deixar vocês dois sozinhos. o velho aqui pode dar outro susto! — falei, encarando ela, que me olhava carinhosamente.

— ih vai começar a me tratar como bebê. pode continuar que eu adoro — meu avô disse com humor. fazendo a gente rir e a minha vó dar uma toalhada nele, com sua toalhinha.


pequenininho!!

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora