A R T H U R
tinha acabado de ter uma noite incrível com a carol. superou todas as minhas expectativas. e com ela, é sempre assim. agora ela estava dormindo relaxada.
coberta apenas por um lençol branco que moldava maravilhosamente seu corpo perfeito. eu ainda estava morrendo de sede, matava o resto da garrafa de água que eu tinha pegado pra nós dois.
deitei totalmente relaxado, prestes a dormir novamente. até meu celular começar a tocar. cinco da manhã. quem liga para os outros às cinco da manhã?
eu peguei o meu celular no criado mudo, prestes a desligar, mas assim que eu vi o nome da minha mãe na tela, me desesperei o suficiente para atender rapidamente.
arthur
mãe?
amor da minha vida 💞oi filho. me perdoa te ligar essa hora,
mas seu avô passou mal e estamos aqui no hospitalarthur
tô indo ai!levantei da cama, colocando a bermuda do jeito que dava.
amor da minha vida 💞
não! mesmo se você viesse, não teria como.
o horário de vista é oito horas, aqui só acompanhante.arthur
eu não posso ficar esse tempo todo
sem fazer nada pelo careca, mãe!amor da minha vida 💞
pode manter a calma, filho. tá tudo bem agora.
e eu só liguei também pra te pedir pra ficar em
casa com seus irmãos.arthur
fico. daqui a pouco tô em casaamor da minha vida 💞
obrigado meu filho. desculpe por interromper.arthur
nada mae, interrompeu nadaamor da minha vida 💞
beijo. fica com deus meu filhodesliguei o celular e olhei para a carolina, que dormia serena, fiquei até com pena de acordar ela. mas era necessário, eu estava pilhado com esse negócio do careca.
— carol? — chamei ela que se mexeu até acordar — infelizmente a gente vai precisar ir agora!
pelo sono, ela só concordou e demorou um pouco para processar as coisas, até que levantou indo atrás das suas roupas. enquanto ela fazia isso, eu organizava a nossa bagunça.
deu meia hora e já estávamos no carro em um silêncio perturbador.
— o que aconteceu? — ela perguntou, com a voz rouca.
— preciso resolver uma urgência com a minha família. sinto muito por não conseguirmos passar esse fim de semana juntos — lamentei.
— fica tranquila. vão ter mais pela frente!
ela foi compreensiva.
o caminho todo, eu fui pensativo e carolina em silêncio. deixei ela na casa dela que me deu um beijo e disse que eu podia contar com ela. agradeci por isso.
quando eu cheguei em casa, meus irmãos ainda estavam dormindo. aproveitei pra me informar mais sobre o que aconteceu e pelo que pareceu, foi indício de um infarto.
senti meu peito doer por isso. varei o dia e assim como eu, fran e lucas estavam inquietos e ao mesmo tempo, calados. a gente estava preocupado com aquele velho careca!
quando deu o horário de visita, peguei as crianças e fomos pro hospital, não tinha com quem deixar elas. apesar de que, poderia pedir pra carolina, mas já incomodei demais depois de cancelar nosso fim de semana.
— você não pode fazer isso com a gente não, coroa — falei, apertando as mãos dele.
— vaso ruim não quebra nunca, meu filho!
— homem pare de falar isso — minha avó falou irritada e eu dei uma risada.
— conversei com meu pai e minha mãe. a gente acha melhor é vocês dois se mudarem lá pra casa — eu disse, fazendo minha avó fazer careta e ele sorrir.
— a gente não quer incomodar, meu filho — minha avó me abraçou de lado.
— incômodo mesmo vai ser deixar vocês dois sozinhos. o velho aqui pode dar outro susto! — falei, encarando ela, que me olhava carinhosamente.
— ih vai começar a me tratar como bebê. pode continuar que eu adoro — meu avô disse com humor. fazendo a gente rir e a minha vó dar uma toalhada nele, com sua toalhinha.
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pequenininho!!
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.