capítulo três

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crushert 🎞️

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coringafp naquela máxima

C R U S H E R

  não tinha muito o que fazer hoje, fui dar umas pedaladas para variar um pouco e vi ela em cima das pedras. A única coisa que acompanhava era um cachorro. Pensei em ir falar com ela, mas para se isolar assim deve estar querendo um tempo, melhor não arriscar. Segui meu caminho e torci para encontrar com ela de novo.

[...]

sim, ela estava lá de novo. Chamei os caras para ficar fazendo onda na praia e vi ela com mais uma mulher. As duas pararam algumas horas no mar surfando e eu podia pagar para assistir aquilo. Apesar de errarem muito sempre sorriam como se estivessem se divertindo. Elas eram contagiantes!

— caô teu. Tava mesmo com os caras. É ou num é Crusher?

Me despertei ao escutar a voz do Gilson.

— qual foi mano? — olhei na direção do grupo.

— Dainara surtando aqui, falando que ontem eu tava traindo ela — Gilson falava irritado.

— relaxa Dai, ele tava com nós sim, se não estivesse eu falaria. Cê me conhece! — fui sincero e ela apenas assentiu ainda de cara feia.

Dainara e o Gilson são meus amigos, mas sendo sincero o relacionamento dos dois é fora dos limites. Muita desconfiança e pouca paixão.

— qual foi cara? tá quietão hoje — Thaiga perguntou do meu lado.

— só admirando à vista — não menti.

— você não tem jeito mesmo! — ela falou rindo.

— se liga, ele tá de olho na surfista ali faz uns dias — Lzzin me entregou e eu não desmenti, fiquei quieto. Errado ele não estava

— qual das duas? — Thaiga perguntou e não era óbvia a beleza destacada dessa mulher?

— de biquíni preto — respondi e sorri involuntariamente.

— muito gata. Tava de olho nela, mas não tem como competir contigo — Thaiga comentou e eu gargalhei alto.

— e sabe o que é foda? É que a gente vive se encontrando, tá ligado? É engraçadão

— qual é o nome dela? — Thaiga perguntou maliciosa, mas sei que sem intenção.

— ai, isso que é a parada. O cara não chega na mina nunca. Sabe nem o nome — Lucas me entregou, novamente.

— cadê o Crusher atacante? — Mob questionou e eu mandei o dedo pra ele.

— é que sei lá, tô esperando o momento certo. Não acho que precisa ser muito sede ao pote. Por exemplo, a gente vive se encontrando por aí. Não precisa de pressa, uma hora vai rolar! 

  eu fui sincero. Eu não queria ter pressa de ir falar com ela. Por mais que minha vontade seja, está bom admirar ela de longe.

manezão mesmo. O destino toda hora fazendo vocês se encontrarem pra você não tomar atitude. Decepcionante, Crusher. Decepcionante! — Thaiga fez o drama clássico dela e eu dei de ombros.

— vou quando eu sentir clima pra ir! — falei em um tom suave.

a conversa continuou, mas as vezes eu desviava o olhar para o de ela estava e quase sempre ela estava sorrindo. Impressionante, essa mina deve ser muito feliz. o tempo passou rápido demais e quando vimos o sol já estava se

vi que a mulher que estava com ela se levantou e foi caminhando até a saída da praia, mas ela continuou sentada na canga só que com uma câmera na mão enquanto fotografava provavelmente o horizonte. Todas as vezes que eu a vejo, descubro algo novo, não posso nem imaginar como é verdadeiramente conhecê-la. a brisa era leve e muita das vezes que o ar soprava em seu rosto, ela fechava os olhos para sentir é isso era. Na verdade, não tem nem palavra de definição.

quem essa mina era?

que saber de uma? Eu vou lá! Seja o que Deus quiser.

— tô indo lá!

  avisei sem me importar se alguém ouviu o que eu disse, ou não. Levantei e com toda minha coragem caminhei firme até ela. Abaixei um pouco para poder falar com ela.

— tudo bem? posso sentar aqui? — perguntei chamando a atenção dela. Ela era ainda mais linda de perto!

— claro que pode, pode sim!

simpática também é! E a voz...Que voz!

— tenho te visto ultimamente por aqui. Cê mora perto? — puxei assunto me sentando na canga.

— na verdade, moro atravessando a rua. Você é novo por aqui? — ela era doce e ao mesmo tempo, tinha personalidade no jeito.

— me mudei faz uns dois meses, mas que eu venho a praia mesmo a uns dias mesmo. Correria — fui sincero e ela sorriu.

— vem sempre aqui? — perguntei algo que era óbvio.

— como dizia o Chorão meu escritório é na praia e eu tô sempre na área — ela brincou e eu dei risada assim como ela.— gostei da referência. Mas, o que você faz realmente?

  estava curioso para desvendar mais dela.
 
— eu sou empreendedora. Tenho minha mini empresa onde conta com exatamente um funcionário que, no caso sou eu. — ela brincou mais uma vez e era fantástico o senso de humor dela

— isso é interessante. Versátil então?

— eu sou bem agitada, não funciono muito bem parada. Por isso, eu sempre tô aqui ou as vezes fabricando meus biquínis. Nunca parada! Mas e você, faz o que? — ela parecia interessada assim como eu em saber mais sobre ela. Mas me surpreendeu ela não saber quem eu sou.

eu sei, um puta egocentrismo.

— eu sou artista, tá ligado? Antes eu era corretor, fazia até faculdade. Mas, ai minha vida sempre foi o skate, dai comecei a entrar nisso, mas agora atualmente eu sou músico — fiz um resumo e ela sorriu como se realmente estivesse interessada.

— que legal. Quero ouvir uma música sua, um dia!

ela ficou em silêncio e eu demorei a entender que ela queria saber meu nome, aliás, não tinha nem me tocado que não nos apresentamos. Criamos uma intimidade que parecíamos conhecidos já.

— Arthur! — estiquei a mão cordialmente para ela, que sorriu.

— Carolina — ela disse e apertou minha mão.

— seu nome é tão lindo quanto o seu sorriso.

a elogiei pela primeira vez, e vi ela corada.

eu diria, fofos.

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora